Especialistas em clima e um teórico vencem Nobel de Física

Prêmio ficará com o nipo-americano Syukuro Manabe, o alemão Klaus Hasselmann e o italiano Giorgio Parisi

ter, 05/10/2021 - 08:05
Jonathan NACKSTRAND O secretário-geral da Real Academia Sueca de Ciências, Goran K. Hansson (centro), e os membros do Comitê do Novbel de Física Thors Hans Hansson (à esq.) e John Wettlaufer, na mesa à frente do telão com os ganhadores de 2021 (da esq. para dir.): Syukuro Manabe (EUA-Japão), Klaus Hasselmann (Alemanha) e Giorgio Parisi (Itália), em Estocolmo, em 5 out. 2021 Jonathan NACKSTRAND

O Prêmio Nobel de Física de 2021 foi atribuído nesta terça-feira (5) a dois especialistas em modelos climáticos, o nipo-americano Syukuro Manabe e o alemão Klaus Hasselmann, e ao teórico italiano Giorgio Parisi.

Metade do prêmio ficará com Manabe, de 80 anos, e com Hasselmann, 79, "pela modelagem física do clima da Terra e por terem quantificado a variabilidade e previsto de forma confiável a mudança climática", anunciou o júri.

A outra metade foi atribuída a Parisi, de 73 anos, "pela descoberta da interação da desordem e das flutuações nos sistemas físicos: da escala atômica à planetária".

Nos últimos dois anos, a Real Academia Sueca de Ciências premiou descobertas no âmbito da astronomia. Por isso, muitos analistas apostavam em que, este ano, trabalhos desenvolvidos em outros campos de pesquisa seriam agraciados.

"As descobertas reconhecidas este ano mostram que nosso conhecimento do clima se apoia em uma base científica sólida, fundamentada em análises e observações rigorosas", afirmou o presidente do Comitê Nobel de Física, Thors Hans Hansson, em um comunicado.

Em 2019, o Prêmio Nobel de Física foi entregue a três cosmologistas: o canadense-americano James Peebles, que seguiu os passos de Einstein para esclarecer as origens do universo; e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz, que revelaram a existência de um planeta fora do sistema solar.

No ano passado, o prêmio homenageou o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez, pioneiros na pesquisa sobre "buracos negros", as regiões do universo de onde nada pode escapar.

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