Touro de Ouro da Bolsa de Valores é deixado em depósito
Após polêmica em torno da desconexão entre sua opulência e a crise econômica enfrentada pelo país, a escultura não tem previsão para ser novamente exposta
Nesta quarta-feira (24), a Bolsa de Valores brasileira (B3) informou que guardou a escultura Touro de Ouro em um depósito onde é mantido o acervo da instituição. Não há previsão de nova exposição pública da obra.
O Touro, que estava instalado na rua 25 de novembro, na área central da cidade de São Paulo, foi retirado na noite da última terça. A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Secretaria Municipal de Urbanismo, considerou que o Touro de Ouro é uma peça publicitária, que foi instalada em via pública sem autorização. A Subprefeitura da Sé aguarda o processo da CPPU para determinar o valor da multa pela irregularidade.
Membros da CPPU apontaram que o touro representa uma das marcas do seu idealizador, Pablo Spyer, sócio da XP investimentos e presidente da empresa de educação financeira Vai Tourinho. O empresário também apresenta um programa na Jovem Pan, intitulado Minuto Touro de Ouro.
O Touro de Ouro imita o famoso Touro de Wall Street, nos Estados Unidos, um dos grandes símbolos do mercado financeiro do país. Os chifres apontados para cima são uma metáfora com o “bull market” (mercado do touro), conforme os investidores denominam os movimentos de alta nos papéis. No Brasil, a réplica de uma tonelada causou polêmica, em razão da desconexão entre sua opulência e a crise econômica enfrentada pelo país.