Governo do Estado propõe reajuste de 9,69% nas passagens
Urbana-PE, o sindicato das empresas de ônibus, apresentou proposta de aumento de 22,67% para as tarifas de ônibus
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco (Seduh) definiu que a próxima reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) ocorrerá às 9h do dia 11 de fevereiro. O encontro, que acontecerá de forma virtual, discutirá o reajuste das passagens de ônibus na Região Metropolitana do Recife. O Governo do Estado propõe um reajuste de 9,69%, valor de acordo com o IPCA acumulado entre dezembro/20 a novembro/21, repassando ao usuário somente a inflação do período.
A gestão estadual se responsabilizaria pela diferença percentual, oferecendo aporte em forma de subsídio nos contratos de concessão e adquirindo antecipadamente créditos eletrônicos para as empresas permissionárias. Caso seja aprovada, tal proposta de recomposição reajustará o anel A para R$ 4,1080 e o anel B para R$ 5,6159.
O Grande Recife sugere ainda um desconto de R$ 1,00 para os usuários do Vem Comum que utilizam os anéis A e B entre 9h e 11h e 13h30 e 15h30. O objetivo da medida seria o de diminuir a lotação dos veículos dos horários de pico e estimular o uso da bilhetagem eletrônica.
A Urbana-PE, sindicato das empresas, havia apresentado proposta de aumento de 22,67% para as tarifas. O documento foi analisado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte e os estudos técnicos realizados apontam uma necessidade de recomposição tarifária de 19,28%, em razão do aumento no preço do óleo diesel e dos veículos.
Segundo a Seduh, em novembro do ano passado quase 500 mil usuários foram contemplados pela redução tarifária garantida pelo Governo de Pernambuco nos horários de menor demanda. Assim, nos horários em que a população menos se desloca, o anel A ficará mais barato que o atual, passando para R$ 3,10, enquanto o anel B permanecerá custando R$ 4,60.
“É importante destacar que o valor fixado para a tarifa pública, como ocorre na maioria dos municípios do Brasil, deveria suportar os custos relativos à remuneração das concessionárias e permissionárias, manutenção do equilíbrio econômico e financeiro dos contratos de concessão, despesas com gestão do órgão gestor (Grande Recife Consórcio de Transporte), despesas com a gestão dos terminais de integração do SEI, estações de BRT e paradas, e gratuidades e abatimentos. O Governo do Estado, no sentido de manter a modicidade tarifária, entendeu que deveria suportar grande parte de tais custos, inclusive isentando o ICMS sobre o óleo diesel”, defende Tássia Lins, gerente de Contratos do Grande Recife.