Pedaços de corpos apodrecem em hospital de Fortaleza
Dedos, braços e pernas amputadas apodrecem no necrotério do Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira
Pedaços de pernas, braços e dedos amputados apodrecem após serem deixados no necrotério do Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira (Frotinha da Parangaba), em Fortaleza (CE). Não há geladeira para a preservação dos membros e as partes dos corpos estão em caixas entre cinco a oito dias no local, de acordo com a denúncia feita pelo O Povo. É possível ver larvas de insetos sobre as caixas e no chão do espaço.
De acordo com a denúncia, o necrotério fica próximo a um refeitório e o mau cheiro é sentido até na parada de ônibus, que fica perto da saída.
“Cheiro de ‘tapuru’ onde colocam os corpos. Deixar criar ‘tapurus’ ali é um absurdo. Quando corta o membro de um corpo, deve ter uma geladeira, mas deixa na pedra, e do outro lado é o refeitório do hospital. Da parada de ônibus você sente o fedor que está lá dentro”, relatou uma pessoa que preferiu não se identificar ao O Povo.
A direção do hospital foi comunicada da situação, mas não fez nada, segundo a denúncia, e também não foi providenciada a compra de uma geladeira para preservar o material humano.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), em resposta ao O Povo por e-mail, os membros são oriundos de procedimentos cirúrgicos de amputação. Segundo a pasta, os dedos, pernas e braços são acondicionados na unidade de saúde e ficam em caixas de madeira, embalados e identificados, e permanecem no necrotério da unidade até o envio para cemitérios públicos para sepultamento.
No entanto, após a repercussão do caso, foi confirmado que o material que estava com as larvas foi retirado do local.