Madrasta pode ter provocado outras mortes com veneno

Ela está sendo investigada por ter provocado a morte do ex-marido e de uma vizinha

sab, 21/05/2022 - 17:23
Reprodução Publicação da madrasta quando a enteada estava internada pelo seu envenenamento Reprodução

A prisão de uma mulher suspeita de envenenar dois enteados, o que resultou na morte da mais velha, gerou questionamentos sobre a morte do ex-marido e de uma vizinha de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, que morreram repentinamente. 

A Polícia vai investigar se Cíntia pode ter relação com a morte das outras duas pessoas que lhe eram próximas. 

Ela foi presa na sexta-feira (21), por determinação da Justiça, suspeita de homicídio qualificado da enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e tentativa do enteado Bruno, de 16 anos, irmão de Fernanda. As informações indicam que ela teria os envenenado com chumbinho, um veneno para matar ratos, na comida que fazia.

Os crimes aconteceram no intervalo de dois meses. Fernanda morreu em março depois de passar 13 dias internada. A suspeita de que a causa da morte teria sido envenenamento só surgiu em maio, quando o irmão apresentou sintomas semelhantes aos que levaram a irmã a ser hospitalizada com o quadro de intoxicação.

Bruno almoçou na casa de Cíntia no dia 15 de maio, e chegou na casa da mãe e relatou que a madrasta teria servido um feijão com gosto amargo e supostas pedrinhas azuis. 

No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo no sangue. Ao associar o caso com o de Fernanda, a mãe deles, Jane Carvalho Cabral, registrou queixa na 33ª Delegacia de Polícia, em Realengo, no Rio de Janeiro. 

“Ele já veio de lá com uma ansiedade, bem preocupado e achando que tinha acontecido algo estranho porque quando reclamou do feijão amargo com pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele, colocando mais feijão e entregando pra ele depois. Quando ele veio para cá, veio perguntando como fazia para vomitar. Mais ou menos uns 40 minutos depois começou o desespero, que foi o que a Fernanda sentiu. Na mesma hora eu imaginei que o gosto amargo do feijão poderia ser o suposto veneno”, contou a mãe. 

Cíntia teria confessado o crime ao seu filho, que relatou em depoimento na Delegacia.

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