Médica é levada à justiça por crime de racismo em consulta
Durante consulta, ela teria afirmado que odor nas partes íntimas estaria relacionado à cor da pele
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com uma ação contra a ginecologista Helena Malzac pelo crime de racismo durante uma consulta médica. Na ocasião, ela teria afirmado à paciente que “mulheres pretas têm mais probabilidade de ter cheiro mais forte nas partes íntimas”. O caso veio à tona por uma reportagem do programa Fantástico, que foi ao ar no último domingo (10).
À reportagem, Luana Génot relatou que levou a afilhada de 19 anos ao consultório da médica, por conhecê-la há mais de dez anos, para a colocação de um dispositivo intrauterino (DIU). O diálogo foi gravado por Luana, onde Helena afirma: “Muito forte, aqui, ó. Quando você sua, o cheiro piora. É a mesma coisa no sovaco. É o mesmo cheiro, um cheiro forte, mas é por causa da cor e do pelo. Você vai ser a vida inteira assim.”
Segundo a defesa de Malzac, apresentada pela reportagem, não houve vontade da médica em “discriminar a suposta vítima”.
“O objetivo do comentário da ré foi estrito e visando exclusivamente tratar o mau cheiro com forte odor na região das virilhas”, teria argumentado o advogado.