Adoçante de Coca Zero é potencial cancerígeno, alerta OMS

Ingrediente conhecido como 'aspartame' deve ser incluso em lista de aditivos perigosos a partir de 14 de julho

por Vitória Silva qui, 29/06/2023 - 15:21
Waldemar Brand/Unsplash Coca-Cola Zero Waldemar Brand/Unsplash

Um adoçante comum, usado em produtos como a Coca-Cola Zero, deve ser declarado como potencialmente cancerígeno no próximo mês, em uma medida da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). A decisão deve movimentar a indústria e os reguladores a partir de julho, e afetar, inclusive, a maior fabricante de refrigerante do mundo.

A agência é uma unidade de pesquisa do câncer vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) e se responsabiliza por rotular produtos de diversos setores. A informação sobre a rotulagem do ingrediente aspartame foi divulgada pela Reuters. 

O aspartame, um pó branco e inodoro, é um adoçante artificial de baixa caloria, aproximadamente 200 vezes mais doce que o açúcar e classificado como número E, termo dado a aditivos em alimentos e bebidas. A decisão da IARC, finalizada no início deste mês após uma reunião de especialistas externos do grupo, visa avaliar se algo é um perigo potencial ou não, com base em todas as evidências publicadas. 

O conselho surge de um comitê separado de especialistas da OMS em aditivos alimentares, conhecido como Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde e da Agricultura (JECFA), juntamente com as determinações dos reguladores nacionais. 

No entanto, decisões semelhantes da IARC no passado para diferentes substâncias levantaram preocupações entre os consumidores sobre seu uso, levaram a ações judiciais e pressionaram os fabricantes a recriar receitas e trocar por alternativas. Isso ocasionou críticas de que as avaliações da IARC podem ser confusas para o público. 

O JECFA também está revisando o uso do aspartame este ano. A reunião começou no final de junho e deve anunciar suas conclusões no mesmo dia em que a IARC torna pública sua decisão – em 14 de julho. 

 

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