PF e Funai expulsam invasores de terra indígena
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, invasão de terras da União e desmatamento
A Polícia Federal e a FUNAI realizaram, nesse sábado (27), com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, a Operação Tapunhas, para conter e reprimir a invasão da borda norte da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, no município de Governador Jorge Teixeira, em Rondônia.
Cerca de 26 policiais federais, quatro servidores da FUNAI e 20 policiais alocados na Força Nacional realizaram a ação em dois endereços simultaneamente. Uma equipe foi até a área invadida e constatou a efetiva ocupação ilícita por aproximadamente 50 pessoas.
Foram inutilizados cerca de oito barracões/tendas, além da retirada dos invasores. Outra equipe cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Governador Jorge Teixeira/RO e Theobroma/RO, expedidos em regime de plantão pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Ji-Paraná/RO.
As investigações foram iniciadas no decorrer desta semana após o encaminhamento de ofício pela FUNAI noticiando os fatos.
A Polícia Federal realizou diligências que confirmaram o contexto criminoso da ação e qualificaram uma das lideranças da movimentação delituosa.Diante da constatação, foi representada pela Polícia Federal e autorizada pela Justiça Federal a busca e apreensão contra o suspeito, que foi preso em flagrante pela prática do crime de contrabando de produtos veterinários durante o cumprimento da diligência.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, invasão de terras da União e desmatamento, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.
O nome da operação é referência à pronúncia do termo indígena “tapy’inha”, que significa branco invasor.
A Polícia Federal destaca que eventuais denúncias, que possam colaborar com os trabalhos da instituição, podem ser feitas pelo canal de comunicação online de crimes da Polícia Federal (Comunica PF) e pelo telefone (69) 3411-2300, resguardado o sigilo da fonte em ambos os casos.
Da assessoria da PF