Eduardo Campos prevê repetição de aliança em BH
Marcio Lacerda (PSB), que tem vice do PT, deverá ser candidato à reeleição com o apoio do PSDB
No dia seguinte à decisão do Congresso do PT de permitir aliança com o PSDB nas eleições municipais, desde que não seja como cabeça de chapa, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse que está perto da repetição da aliança entre socialistas, petistas e tucanos na Prefeitura de Belo Horizonte.
O prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tem vice do PT, deverá ser candidato à reeleição com o apoio do PSDB, como ocorreu em 2008. "Esta aliança é aprovada pela população de Belo Horizonte", afirmou o governador. "Esse debate não pode ser dado como uma rinha de galo e na base da torcida", disse Eduardo Campos, contrário ao veto a alianças com partidos que não estão na base do governo Dilma Rousseff.
O governador pernambucano esteve no Rio para um seminário sobre a crise econômica internacional e participou da solenidade de filiação ao PSB do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e do pianista Artur Moreira Lima.
PT
Questionado sobre a retomada da discussão sobre regulação da mídia, proposta no Congresso do PT, Eduardo Campos disse que, nesta questão, "a posição do PSB não é a posição que o PT tomou". "Entendemos que a construção de democracia no Brasil foi feita a muito custo e um dos valores importantes da democracia é a imprensa livre", disse.
"O grande controle da mídia vai ser feito pela cidadania. Se vejo uma mídia defender uma causa em que não acredito, simplesmente não consumo aquela mídia, falo mal dela e passo para outra. O grande controle que podemos fazer é dar consciência à sociedade, melhorar a educação e a inclusão para que o cidadão faça este controle, não consumindo a mídia que trabalha com valores que não são de interesse do País", acrescentou o governador.
Campos evitou comentar a decisão do PT de estimular retomar a proposta de regulação, iniciada no governo Lula. "É muito ruim fazer avaliação do congresso de um partido parceiro. Eles acharam que era hora de fazer o debate. No nosso congresso, que acontecerá em dezembro, esta questão não está em pauta. Estamos preocupados com a economia, com a pauta da exportação da indústria brasileira, com geração de inovação tecnológica, educação, saúde pública", disse Campos.