Dilma volta a defender parceria com Alckmin
Presidente diz que momento exige que divergências políticas e pessoais sejam superadas
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender hoje a importância da parceria entre o governo federal e o Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. Depois de assinar um convênio para a construção do Trecho Norte do Rodoanel, a presidente disse que o momento pelo qual o Brasil passa hoje exige que divergências políticas e pessoais sejam superadas. A presidente fez questão de citar que esse, na sua visão, é um dos legados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sinalizou que as parcerias vão continuar.
Citando as parcerias do governo federal e estadual no Programa Minha Casa Minha Vida, Brasil Sem Miséria, Porto de Santos e aeroportos de Guarulhos e Viracopos, a presidente elogiou Alckmin, a quem chamou de "excepcional parceiro deste início de governo", e afirmou que essas práticas são uma "exigência" do País. "Não é mais possível que divergências pessoais e políticas sejam obstáculos para investimentos absolutamente imprescindíveis para o desenvolvimento do País", afirmou a presidente, aplaudida em discurso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
COVAS
Um dos maiores ícones da história do PSDB, o ex-governador Mario Covas, morto em 2001, foi citado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ilustrar a parceria entre ele e a presidente Dilma. "Quando falo em seriedade, não falo em honestidade, vou mais longe do que isso. Falo em integridade, na capacidade que cada um tem de se conduzir de forma adequada em cada circunstância, em cada momento, fazendo com que a política seja colocada num plano superior a cada um dos políticos. Ao fazermos isso, nós certamente estamos contribuindo para a ética na política", disse Alckmin, esclarecendo que citava um trecho do discurso de Covas. Em seguida, opinou: "Acredito, presidenta Dilma, que é isso que estamos fazendo hoje aqui", sob aplausos dos presentes.
A aproximação entre Alckmin e Dilma é vista com reservas por setores do PT e do PSDB. Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo José Serra também participou do evento de hoje no Palácio dos Bandeirantes, mas não discursou nem falou com a imprensa. Serra cumprimentou a presidente.