Militares são investigados por desvio de material
Cinco militares e dois civis estão sendo investigados pelo desvio de materiais do almoxarifado do Ministério da Defesa. Dois servidores, que exerciam cargos de confiança, já foram exonerados, os militares afastados e os terceirizados que trabalhavam no setor, por precaução, foram devolvidos às suas respectivas empresas.
O desfalque inicial está estimado em R$ 4,5 milhões e corresponde ao desvio de pequenas coisas do estoque da Defesa, que passam por cartuchos de impressoras, copos e guardanapos. Cópia do resultado da sindicância, encerrado no final da semana passada, foi encaminhado hoje à Controladoria Geral da União e à Procuradoria Geral da República pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, que também comunicou o fato ao Palácio do Planalto.
O esquema foi descoberto quando houve troca do chefe do almoxarifado. O novo servidor descobriu uma incompatibilidade entre os estoques que haviam sido lançados no registro e o volume de material que de fato existia ou estava em uso, o que indicava "fortes indícios" de desvios envolvendo empresas, fornecedores e funcionários. Foi aberta, então, uma sindicância, seguida de abertura de processos nas esferas civil e militar.
Amorim encaminhou cópia do processo à CGU para que o órgão verifique se não existem problemas semelhantes em outros contratos das quatro empresas fornecedoras de material e serviços, em outras pastas. A CGU, que recebeu hoje o processo, disse que vai examinar a questão e poderá reavaliar todos os contratos da Copatt Soluções Tecnológicas, C&D Comércio e Serviços Ltda, JEL Comércio e Serviços de Informática Ltda e Century Comércio e Serviços LTda. O número exato do desfalque ainda está sendo investigado pela Defesa.