Richa diz que ministro Bezerra tem sido atencioso

De acordo com a ONG Contas Abertas, o Paraná recebeu apenas R$ 1,8 milhão de recursos antienchentes

Agência Estadopor Agência Estado qua, 04/01/2012 - 14:18

Apesar de o Paraná ter recebido do Ministério da Integração Nacional R$ 1,8 milhão para obras antienchentes, volume 14 vezes inferior ao destinado a Pernambuco, que recebeu R$ 25,5 milhões, o governador Beto Richa (PSDB) elogiou o trabalho do ministro pernambucano Fernando Bezerra Coelho. "Não tenho do que reclamar do ministro", disse mais de uma vez Bezerra durante entrevista coletiva hoje. "Com o Estado, o ministro tem sido muito atencioso e solícito, até por conta de uma relação de trabalho, de respeito."

Questionado sobre a discrepância entre os valores e o fato de Pernambuco ficar com 90% do volume destinado ao País, conforme dados da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, a partir de registros do Tesouro Nacional, Richa desconversou: "Eu desconheço". No entanto, fez questão de dizer que recursos serão sempre bem aceitos. "Hoje, na administração pública, não temos limite máximo de investimentos", afirmou. "Quanto mais recursos tivermos maior será a eficiência do governo." Os elogios de Richa repetem os que foram feitos no dia anterior pelos governadores de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).

Durante discurso feito na solenidade de assinatura de contrato com alguns municípios para prestação de serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto sanitário, Richa já havia citado uma visita que Coelho fez, no início do ano passado, ao litoral paranaense, após chuvas terem provocado deslizamento e deixado quatro mortos. Na entrevista, ele repetiu: "Tivemos o apoio do ministro, que pessoalmente esteve conosco no litoral garantindo apoio e repasse dos recursos que foram solicitados pelo nosso governo". Há cerca de dois meses, ele teve novo contato com o ministro em Foz do Iguaçu.

Richa destacou que os fenômenos climáticos têm sido cada vez mais frequentes no mundo, prejudicando países ricos e desenvolvidos, "que não conseguem, dependendo da intensidade desses fenômenos, proteger a totalidade da população". "Temos um plano de prevenção aqui que vai, no mínimo, atenuar a consequência das fortes chuvas, que são inevitáveis", afirmou. "A Defesa Civil do Estado com os órgãos envolvidos já fez cursos de prevenção e convênios com os prefeitos, principalmente do litoral, para que possam estar preparados para atuar de forma imediata na ocorrência de uma catástrofe."

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