No relatório de viagem dos nove vereadores do Recife que trata da implantação de comissões e aproximação do poder legislativo com população e as comunidades, ficou faltando um assunto de estrema importância, que é a realização de concursos públicos. A câmara atualmente precisa de favores do executivo que cede mais de 300 servidores.

“Isso é uma condição sine qua non, pois não podemos aceitar uma casa que não tem procurador e só tem 25 funcionários estatutários. O restante são cedidos pela Prefeitura do Recife. Não anunciamos a realização de concurso público porque não sabemos sequer o número de vagas”, comentou o presidente da Câmara, Vicente André Gomes. 

A Prefeitura do Recife cedeu a Câmara 338 funcionários lotados nos gabinetes dos vereadores e no setor administrativo e alguns quadros como assessoria técnica serão discutidos a partir do relatório apresentado, não se limitando apenas ao concurso público. O número de cargos comissionados não foi divulgados pela presidência. 

“Nós não temos interesse de criar novos cargos comissionados e se dependesse de mim eu faria amanhã, mas lamentavelmente preciso de toda uma infraestrutura de organização com a participação de Universidade Federal e Católica, para realizar convênio e ter a credibilidade que a sociedade espera”, reforçou Vicente.