FBC nega saída do PSB

O ministro disse que foi escalado para defender Dilma

ter, 19/03/2013 - 15:47
Cleiton Lima/LeiaJá/Imagens/ Arquivo Fernando Bezerra disse que críticas de Eduardo ao governo federal são apenas sugestões de aprimoramento Cleiton Lima/LeiaJá/Imagens/ Arquivo

Durante visita a Recife nessa segunda-feira (19), para participar do encontro entre prefeitos das cidades atingidas pela seca no Estado, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), negou sua saída para o PT. O socialista também defendeu o governador Eduardo Campos (PSB) e disse que as críticas feitas pelo gestor estadual são apenas “sugestões”.

Após a reunião com os gestores municipais, Fernando Bezerra Coelho foi questionado pela imprensa local se sua saída do PSB para o PT era possível, conforme especulações políticas. Sem muitos detalhes ele negou a possibilidade. “Isso não é verdade. O governador Eduardo Campos disse que isso se tratava de intriga de maledicência. Humberto Costa disse que se tratava de fogo amigo e eu prefeito não opinar, agora, isso não procede”, respondeu.

Outra indagação dirigida ao ministro foi se ele tinha sido escalado para defender a presidente Dilma Roussef (PT). “Fui escalado pelo meu partido (PSB). Sou ministro de Dilma pela indicação do meu partido e o meu partido é desejoso que essa aliança se mantenha. O meu partido diz que temos que ganhar 13 para manter a aliança em 14 e eu estou trabalhando para ganhar 13”, declarou o socialista. 

FBC comentou ainda as recentes críticas feitas por Eduardo Campos a Dilma e defendeu o governador. “Ele (Eduardo) faz sugestões e aprimoramentos das políticas públicas do governo federal. Ele é um parceiro do governo e da presidente Dilma. O PSB tem legitimidade para estar no governo. Ele (o partido) deu uma grande contribuição à eleição de Dilma”, protegeu Coelho.

Ainda sobre o partido, ele fez questão de ressaltar o crescimento do PSB e apesar de afirmar que não sairia da sigla e que acreditava numa grande aliança entre seu partido e o PT, disse ser natural a evidência buscada pela bancada. “É um partido que cresce e que teve duas grandes eleições, uma em 2010 e outra em 2012 e é natural que busque um protagonismo político maior na cena política nacional”, esclareceu.

Após ter soltado a possível procura pelo ‘protagonismo político’ de seu partido, o ministro tentou rever a frase afirmando acreditar numa grande aliança entre PT e PSB. “Eu do PSB, aposto que nós vamos estarmos unidos numa grande aliança, sem nenhum prejuízo para que o partido possa discutir com a sociedade brasileira a oportunidade ou não, de liderar um projeto político individual”, antecipou discretamente. 

Depois de entrar em contradição dizendo que Eduardo não criticava Dilma, apenas sugeria e em seguida afirmar que o partido tinha crescido nas últimas eleições, FBC confirmou que existem crises em alguns aspectos. “É evidente que existam tensões de relacionamento. Por exemplo, o governador foi claro na Medida Provisória dos Portos. Essa é uma questão que precisa ser aprimorada”, frisou o socialista.

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