Protestos: Campos diz não ver cartazes contra sua gestão
Governador acredita que os estados e os políticos estão na era analógica
As manifestações que pararam várias cidades brasileiras no último dia 20 de junho e posteriormente seguem de forma discreta, foram comentadas nesta terça-feira (16), pelo governador Eduardo Campos (PSB). O chefe do executivo estadual disse não ter visto cartazes criticando sua gestão por parte da sociedade e jogou a culpa em representantes partidários.
“Na verdade o que as ruas disseram a gente também já havia dizendo de certa forma. Eu acho que é importante que quando a sociedade mude, as instituições mudem também. Foi assim a história da humanidade para que as coisas pudessem ser aperfeiçoadas. Eu tenho uma preocupação de que a gente possa adotar o Estado de instrumentos de comunicação com a sociedade, de maneira mais rápida, mais ágil”, argumentou.
O governador relembrou a reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e demais governantes do Brasil, e afirmou ter tocado neste assunto. “Eu disse em plena crise na reunião que teve com a presidente e os governadores que a sociedade estava numa era digital e os Estados e os políticos na era analógica. Eu acho que a gente precisa melhorar os mecanismos e ferramentas de comunicação que vão além do governo eletrônico. É muito mais do que isso, que foi a fase anterior da modernização no Estado e a gente estar cuidando disso. Eu tenho feito reuniões sistemáticas com pessoas dessa área, estrategisticas dessa área, engenheiros de softwares, pessoas que conhecem disso para que a gente possa fazer essas inovações aqui em Pernambuco”, prometeu.
Questionado sobre as críticas dos pernambucanos nos protestos realizados no Estado, Eduardo Campos respondeu a uma jornalista negando ter visto as reclamações. “Só você que viu isso, porque nas pesquisas (...) porque a manifestação grande que teve aqui foi a do dia 20 que todos nós e as pessoas conhecidas nossas participaram, essa foi a grande manifestação. Agora, que tinha 70 mil pessoas nas ruas e que não tinha esse caráter”, defendeu.
Ainda sobre o assunto, o governador de Pernambuco acredita que as sinalizações contra sua gestão partiu de partidos oponentes e não da população. “Na hora que a manifestação chega a 300 pessoas com forças políticas claramente definidas que tenha uma posição clara e disputa todas as eleições conosco, que tem 1%, 2% dos votos e se expressa dessa forma é bem diferente das pesquisas de opiniões que até seu jornal publica e que eu já fiz de novo. Isso é uma análise de um ato com 300, 400 pessoas nas ruas, aí me perdoe, já é você querendo expressar uma visão que não bate com a realidade”, rebateu a jornalista.