Recifense diz que Governo Federal é responsável por saúde

45,5% dos recifenses afirmaram que a obrigação de cuidar da saúde pública é diretamente de Dilma Rousseff (PT)

qua, 14/08/2013 - 15:49
Divulgação/Conselho de Medicina O mais importante não é esclarecer responsabilidades, mas unir esforços para aprimorar o sistema, apontou o cientista Maurício Romão Divulgação/Conselho de Medicina

A qualidade da saúde no Brasil tem sido tema de inúmeras discussões entre a sociedade e os governos. Mas de quem é a responsabilidade pelo desenvolvimento desta área, que está entre as principais nos pilares do desenvolvimento? A obrigação central de cuidar para que a saúde esteja em constante desempenho foi atribuída, por 45,5% dos recifenses, ao Governo Federal de acordo com dados de levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) e divulgado nesta sexta-feira (16).

De acordo com o economista e consultor do IPMN, Maurício Romão, o resultado deste quesito só demonstra que a população compreende ser do federativo a maior responsabilidade, por ser a principal fonte dos recursos. “É realmente o nível de governo que disciplina a saúde no Brasil, de onde se origina os recursos e tem a responsabilidade do acompanhamento, do monitoramento e da gestão das unidades. Obviamente que isso é compartilhado com o município e o estado. Mas o epicentro, o local de origem, é o governo federal e a população compreende isso”, explicou. 

A questão foi atribuída ao poder estadual por 27,1% dos entrevistados, já quanto ao governo municipal apenas 3,9% dos recifenses responsabilizam a gestão local pelo desempenho na saúde. Este dado, segundo Romão, favorece a administração da cidade, hoje nas mãos de Geraldo Julio (PSB). 

“Isso favorece ao gestor municipal que fica com uma parcela mínima do ônus, no desgaste da área de saúde e embora tendo responsabilidades grandes no processo a ele não é atribuída. Eles se beneficiam deste sentimento que a população tem. E aí o que cabe são campanhas educativas de esclarecimentos, para demonstrar quem é quem no processo”, sugeriu.

No entanto o que é mais preocupante atualmente não é a que poder se atribuem responsabilidades na área da saúde, mas como ela está sendo gerida. “O modelo precisa ser repensado no sentido de usar melhor os recursos que já são escassos. O problema na saúde não é a falta de dinheiro, mas a gestão. O que nós temos é um país pobre, cuja saúde é debilitada, que tem as mais variadas doenças, até endêmicas, e isso requer uma atenção maior do governo para a população, que é atendida com mais frequência. O mais importante não é esclarecer quem é quem, mas juntar esforços para aprimorar o sistema”, apontou. 

 

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