Entidades querem derrubada de vetos presidenciais

Representantes de associações estão no Congresso Nacional

por Élida Maria ter, 20/08/2013 - 10:10
Antonio Cruz/ABr /Arquivo A mobilização no Congresso Nacional é contra os vetos de Dilma Antonio Cruz/ABr /Arquivo

A apreciação de vetos presidenciais no Congresso Nacional, marcada para esta terça-feira (20), contará com a presença de representantes de entidades produtoras de cana de açúcar. Segundo a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), todas as associações dos plantadores de cana dos estados nordestinos estão mobilizadas em Brasília para sensibilizar deputados e senadores na votação da derrubada dos vetos do governo federal em relação à Lei 12.844 que trata da renegociação das dívidas rurais.

O motivo principal da iniciativa pró-derrubada é porque foram excluídos da lei os produtores de 30% dos municípios nordestinos, dentre eles, os contidos na Zona da Mata – reduto tradicional do cultivo da cana-de-açúcar. De acordo com a Unida, os vetos prejudicam mais de 21 mil agricultores da cultura canavieira.

A expectativa dos produtores é positiva por contar com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL), mesmo assim, a decisão dependerá da votação no Congresso. 

O setor produtivo agrícola pede a manutenção integral do texto original proposto ao artigo 8º, vetado pela presidente Dilma Rousseff (PT) que havia sido aprovado pela comissão mista de deputados e senadores e inclui todas as cidades dos estados nordestinos, além dos municípios do Semiárido e que não decretaram estado de emergência. “Vamos reivindicar a derrubada de outros vetos que prejudicam diretamente o produtor de cana do Nordeste”, ressaltou o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima. Os vetos citados por Lima referem-se a manutenção do dispositivo que estabelece descontos com base no valor original da dívida contratada, e não o valor atualizado na data da liquidação, como deseja a presidente.

Seis projetos de lei sancionados parcialmente ou que foram integralmente vetados pela presidente Dilma Rousseff, desde o dia 9 de julho deverão ser apreciados nesta terça no plenário da Câmara Federal.

 

 

 

 

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