Jayme Asfora passa por saia justa na Câmara
Recentes declarações do vereador foram bastante criticadas por alguns parlamentares
O vereador Jayme Asfora (PMDB) passou por uma saia justa, na tarde desta segunda-feira (9), na Câmara dos Vereadores. O peemedebista foi bastante criticado pelas suas recentes declarações à bancada oposicionista da Casa. Ele teria dito, segundo a vereadora Priscila Krause (DEM), que a posição da oposição sobre o voto secreto é igual ao do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do deputado, Natan Donadon (sem partido-RO).
“Isso foi uma tentativa infeliz de igualar a oposição da escoria da política brasileira. (...) Quero uma retratação pública. Tenho 35 adversários políticos (na Câmara), e não quero rotular inimigos políticos, e não quero que essa relação seja de inimigo político por inimigo político, isso por mim não é fazer política”, disparou a democrata.
No mesmo tom, o vereador Carlos Gueiros (PTB) teceu críticas a Asfora. “Esse posicionamento de Jayme (Asfora) não é de hoje, na campanha eleitoral do ano passado ele afirmava que o aumento de vereadores é excrescência, só que ele ta há 9 meses com o bolso cheio de excrescência”, afirmou o petebista.
A vereadora, Michele Collins (PP), também se solidarizou com Priscila Krause. Ela ressaltou que o peemedebista “fala muito e não pensa nas consequências”. “Como estamos falando de voto aberto, vamos falar de desculpa aberta também. Por duas vezes ele já veio me pedir desculpas. Mas isso tem que ser dito publicamente”, disse.
No plenário, Jayme Asfora (PMDB), relatou que o aconteceu foi um mal-entendido. Ele também se defendeu das acusações de Carlos Gueiros afirmando que não usufrui do salário de parlamentar.
“Peço desculpas. (...) Claro que ninguém agrada a todos. Eu acho que fui injusto com os colegas que não pensam igual a mim. (...) Acho que errei e acho que é bom a gente reconhecer o erro”, defendeu-se o parlamentar.
“Vereador Carlos Gueiros (PTB), cumpro o que disse na campanha, já renuncie o salário de vereador, não recebo, eu pessoalmente não conseguiria exercer os dois cargos”, completou.