MPPE acusa vereadores de improbidade administrativa
Vereadores continuam afastados de suas funções na Câmara
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), após ouvir os envolvidos no caso de tentativa de extorsão à Prefeitura de Caruaru, no Agreste do Estado, resolveu entrar com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra os dez vereadores investigados. A solicitação foi encaminhada para Justiça e deverá ser julgada pela Vara da Fazenda Pública do município.
Mesmo com a ação, as investigações do inquérito civil continuaram em andamento e outras pessoas serão ouvidas pelo MPPE. Serão notificados o secretário de Relações Institucionais, Marco Casé, e o adjunto, Davi Cardoso. Casé foi o principal interlocutor da Prefeitura junto aos vereadores.
Caso sejam julgados e condenados, os vereadores poderão perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos por até cinco anos ale de pagar multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração que recebem. Os parlamentares são acusados de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa.
Os vereadores Evandro Silva (PMDB), Neto (PMN), Jajá (sem partido), Val das Rendeiras (PROS), Louro do Juá (DEM), Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Eduardo Cantarelli (PROS) e Pastor Jadiel (PROS) são investigados por cobrar o montante de R$ 2 milhões para aprovar o projeto de lei que autoriza o empréstimo de R$ 250 milhões para construção do Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru.
Até o momento, os dez parlamentares continuam de suas funções legislativas na Câmara de Vereadores de Caruaru. Advogados esperam decisão do presidente da Casa de Leis, Leonardo Chaves (PSD).