“Há uma excessiva centralização dos recursos", diz FBC

Ex-ministro aprontou propostas para novo pacto federativo

por Giselly Santos qui, 27/03/2014 - 17:09
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Bezerra Coelho pontuou que de 1988 até hoje, passando por picos de inflação e crises, o Governo Federal encolheu a partilha dos impostos Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Uma palestra sobre o pacto federativo recheada de propostas de campanha. Foi assim que o ex-ministro e pré-candidato ao Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB) se portou ao participar de uma plenária no Congresso da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), que acontece nesta quinta-feira (27), em Gravatá, no Agreste.

“Vamos debater muito durante a campanha a federalização do Brasil. Esta na hora de fazer uma outra pactuação. É preciso discutir isso, essa discussão precisa ser feita com muita paixão”, frisou.

Segundo o ex-ministro, a União tem concentrado atualmente os recursos em Brasília e por isso existe uma epidemia em busca de uma nova federalização. “Estamos vivendo uma excessiva centralização dos recursos pela união. A maneira de se garantir um regime democrático é justamente procurando dar força e autonomia aos estados. O Brasil é o único que reconhece como ente federativo o município e isso tem haver com os nossos vereadores, para eles são demandados em primeira instancia por melhores políticas de educação, habitação, serviço social”, pontuou.

Bezerra Coelho pontuou que de 1988 até hoje, passando por picos de inflação e crises, o Governo Federal encolheu a partilha dos impostos, fazendo com que os prefeitos fiquem de pires na mão diante da União e, consequentemente, com que os vereadores se posicionem do mesmo jeito diante dos prefeitos.

“O IPI representava quase 2/3 da receita da união. Hoje a receita que é partilhada não dá 40%. O bolo que era dividido diminuiu. Quando Brasília manda dinheiro para fazer a escola, não manda para manter a escola”, afirmou.

O pré-candidato também usou da tribuna para pontuar algumas das propostas que defenderá na campanha ao Senado. “Vamos discutir a ampliação das bases das receitas do FPE e FPM. Não podemos ficar apenas com o IPI. Poderemos acrescentar as contribuições. Outro ponto é ICMS, o imposto deve ficar no estado que consome o bem. Além disso, também vamos lutar pela repactuação das dividas dos municípios e por um novo fundo de desenvolvimento regional”, garantiu.

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