Duas cidades elegem novos prefeitos neste domingo
Os novos chefes do executivo vão exercer o mandato até dezembro de 2016
As cidades de Ipanguacu, no Rio Grande do Norte, e Benedito Novo, em Santa Catarina, voltam às urnas, neste domingo (1º), para eleger os novos prefeitos e vice-prefeitos. O novo pleito também estava agendado para acontecer em Pirangi, no interior de São Paulo, no entanto foi suspenso pela ministra Luciana Lóssio, na última sexta-feira (30).
A nova eleição de Ipanguaçu (RN) foi determinada a partir da cassação do mandado do prefeito eleito em 2012, Leonardo da Silva Oliveira (PT), e do vice, Josimar da Silva Lopes (PSB), condenados por abuso de poder econômico na captação ilícita de votos, nas últimas eleições municipais. O presidente da Câmara de Vereadores assumiu a chefia do Poder Executivo do município até o resultado do novo pleito.
Em Benedito Novo (SC), o eleitor voltará às urnas porque o candidato vencedor das eleições de 2012, Laurino Dalke (PMDB), teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010), e a impugnação se baseou em uma condenação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina de 2009, referente à prática de crime ambiental. Como o peemedebista teve mais de 50% dos votos válidos, a lei prevê a realização de uma nova eleição.
Já em Pirangi (SP), a eleição havia sido marcada depois que o candidato mais votado em 2012, Brás de Sarro (PSD), e seu vice, João Gonçalves de Sarro (PMDB), tiveram seus registros cassados pelo TRE paulista por abuso de poder político e econômico e por compra de votos. Eles foram declarados inelegíveis por oito anos e não chegaram a ser empossados. A administração da cidade foi exercida, interinamente, pelo presidente da Câmara Municipal.
Entretanto, segundo a ministra Luciana Lóssio, a decisão que cassou o mandato do prefeito e de seu vice, aparentemente, contrariou a jurisprudência do TSE segundo a qual a utilização de gravação ambiental somente é viável quando há autorização judicial e para fins de defesa do acusado. Por essa razão, uma nova eleição para substituir os políticos antes do julgamento do Tribunal poderia causar “dano irreparável” aos titulares do mandato. A ministra determinou que Brás de Sarro e João Gonçalves sejam diplomados nos respectivos cargos.
*Com informações do TSE