Ex-porta-voz de Dilma será julgado por comissão de ética
Vazamento de informações contidas em um documento interno do Palácio do Planalto causou a queda de Thomas Traumann. Presidência diz ter novos documentos
A Comissão de Ética da Presidência da República deve julgar na próxima sessão, dia 28 de julho, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumann, pelo vazamento de informações contidas em um documento interno do Palácio do Planalto. De acordo com Horácio Pires, da comissão, novos documentos foram apresentados pela Secom.
“Chegaram informações e documentos complementares da secretaria, portanto foi reaberto o prazo de vista para o ex-ministro. [O julgamento] deve retomar na próxima sessão porque o relator já tem tudo esquematizado e só concedeu esse prazo de dez dias que devem se esgotar daqui a pouco”, disse ele hoje (22), após reunião ordinária da comissão. Pires, no entanto, não revelou o teor das novas informações apresentadas pela Secom.
O documento interno que vazou da secretraria, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, analisava a comunicação do governo. O texto fazia uma avaliação da estratégia de comunicação, classificando-a de "errática". O documento lista erros na comunicação do governo, após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, e diz que seus apoiadores estão levando "goleada" da oposição nas redes sociais.
Thomas Traumann deixou a Secretaria de Comunicação Social no dia 25 de março, e foi substituído por Edinho Silva, que tomou posse no dia 31 de março.