Peemedebista avalia liderança do partido como um desafio
Para os integrantes do PMDB, a mudança da presidência ajudará no fortalecimento do partido
A chegada de um novo líder estadual no comando do PMDB-PE já é vista com ansiedade pelos integrantes da legenda. Neste sábado (18), o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry assume a presidência depois de o advogado Dorany Sampaio liderar a legenda por 27 anos. O ato deverá ser simbólico e sem festas pelo fato do futuro ex-presidente está acamado devido uma fratura na vértebra, no entanto, os membros da agremiação apostam numa renovação da sigla.
Para o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, a chegada de Henry contribuirá de forma positiva para o crescimento do PMDB-PE. “Acredito que Raul, por toda sua trajetória, poderá trazer uma importante contribuição ao partido em Pernambuco. Conversei com Raul e pretendo está presente”, revelou.
Lossio enalteceu a atuação de Dorany Sampaio à frente da legenda por mais de duas décadas, mas acredita que a mudança possa ajudar o partido. “Vejo em Dr Dorany um importante símbolo do partido. Poucas vezes conheci alguém com tamanha disposição para fortalecer o partido. Contudo, as mudanças são importantes para fortalecimento das instituições e com os partidos não deve ser diferente”, analisou.
O Prefeito da cidade do Sertão também apostou na ampliação dos quadros nesta nova liderança. “Acredito que o partido poderá crescer com a conquista de novos quadros. A presença de um vice governador à frente do partido por se só traz uma simbologia que tende a fortalecer a legenda em todo Estado”, destacou o peemedebista.
Com uma visão um pouco distinta de Lossio, o deputado estadual André Ferreira (PMDB) falou da necessidade de trazer um novo gás para a sigla. “Eu acho que é um grande desafio de transformar. É uma continuação da gestão de Dorany. Raul Henry sempre participou, mas precisa dar um gás novo e ele assume essa responsabilidade de assumir a direção do partido e fazer algo diferente”, pontuou.
Para Ferreira, atualmente a posição do PMDB é bem melhor do que anos atrás e isso pode ajudar nas articulações políticas. “Ele (o partido) está hoje numa posição muito diferente de dez anos atrás. Hoje ele é vice-governador, temos três deputados estaduais e um federal. Agora, vai ter que assumir esse papel de falar com lideranças. O partido vai ter que lançar candidato em várias cidades, tem que assumir esse papel e dar uma levantada muito grande no partido e a gente está torcendo por isso, e vamos trabalhar por isso”, prometeu.
De acordo com o parlamentar antigamente ninguém queria se filiar a PMDB porque Jarbas era oposição a Eduardo e houve uma corrida grande do partido. “Agora é um momento diferente. Nós temos que ter esse discernimento. Eu fiz uma aliança (o PMDB com o PSB), mas o partido não pode ser coadjuvante. Um bom exemplo disso é Sérgio Guerra que tinha apoio e não deixava de ter candidato”, comparou.
Ainda sobre a ampliação do PMDB em meio às eleições de 2016, o deputado frisou que independente de alianças o partido não pode deixar de crescer. “O que é maior é o partido ou a aliança? em algumas situações o partido tem que ser maior do que a aliança, porque se não for assim, não teremos candidato. Tem que ter essa sabedoria e o partido tem sempre está na prioridade”, destacou Ferreira.