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O MDB de Pernambuco realizou, nesta sexta-feira (25), na sua sede, um evento de filiação de novos emedebistas. Na ocasião, houve, também, o anúncio oficial de permanência na Frente Popular e do apoio à pré-candidatura ao Governo do Estado do deputado Danilo Cabral (PSB).

O ato contou com a presença do presidente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry, do deputado estadual Tony Gel, do vereador do Recife, Samuel Salazar, além do governador Paulo Câmara (PSB), do prefeito do Recife, João Campos (PSB), do dirigente do PSB, Sileno Guedes, e de Danilo Cabral. 

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Em seu discurso, Raul destacou o seu papel enquanto presidente da sigla. “Eu tenho noção da minha responsabilidade de dar continuidade à trajetória do nosso partido, que já cumpriu um grande papel na história política de Pernambuco, e tem como sua principal referência política o grande senador Jarbas Vasconcelos”, disse.

O dirigente emedebista aproveitou a oportunidade para assegurar a continuidade do MDB na Frente Popular. “Danilo conquistou a condição de pré-candidato a governador de Pernambuco pela sua coerência e pelo seu desempenho exemplar na vida pública. Tenho a certeza que ele sairá vitorioso, com o apoio do nosso partido”, acrescentou.

O pré-candidato ao governo, Danilo Cabral, por sua vez, enfatizou as semelhanças entre o PSB e o MDB. “Nossos partidos carregam em suas histórias a crença e a defesa dos valores da democracia, da afirmação da soberania, da defesa dos mais vulneráveis e da organização da luta do povo”, afirmou. Ele agradeceu ao MDB pela presença na Frente Popular e destacou a importância dos novos filiados na disputa eleitoral.

Já o prefeito João Campos foi categórico ao dizer que não via outro caminho para o MDB que não fosse a Frente Popular. “O PSB e o MDB estão cada vez mais alinhados”, garantiu o prefeito.

O governador Paulo Câmara colocou a necessidade de dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito, através da eleição de Danilo. “Isso só é possível por uma soma de força, de pessoas que têm propósito, que têm ideais, que sabem que a política precisa ser feita da forma correta, trazendo transformações que possam melhorar a vida da população”, comentou.

Entre os nomes que se filiaram ao MDB estão: o ex-prefeito de Limoeiro Joãozinho; a fisioterapeuta Iza Paula Arruda, de Vitória de Santo Antão; além do empresário Tonynho Rodrigues, de Caruaru; do também empresário Marcos Villar, de Tamandaré; da primeira-suplente de vereador do Recife, enfermeira Priscila Ferraz; do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho Elias Gomes.

Após o prefeito de Petrolina soltar nota pública se queixando com a direção do MDB de Pernambuco, o presidente estadual do partido Raul Henry, se posicionou. O deputado federal foi duro com o correligionário, chegando a dar a impressão de estar sugerindo que Miguel Coelho deixe a sigla.

Raul Henry falou sobre grandes contradições políticas de uma eventual candidatura do filho do senador Fernando Bezerra Coelho ao governo de Pernambuco. Citou a relação da família Coelho com o presidente Jair Bolsonaro, reforçou que a aliança do partido com o PSB segue firme no Estado e disse ainda que não há força no nome de Miguel Coelho dentro do MDB.

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Por fim, Henry dá a impressão de sugerir que Miguel saia do partido ou de que fez a leitura da nota do prefeito de Petrolina como sendo uma despedida do MDB. “Ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória”, escreveu.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo.

O que disse Miguel?

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”.

Confira a nota de Raul Henry, na íntegra:

Nota

Em relação à nota divulgada hoje, 13 de julho, pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, temos a esclarecer o seguinte.

O prefeito nos procurou para uma primeira conversa no dia 7 de abril passado. Na ocasião, ele colocou, de forma legítima e correta, seu projeto de disputar o Governo de Pernambuco pelo MDB e solicitou que o partido se pronunciasse até o mês de julho, um ano antes das convenções de 2022. Segundo ele, esse seria o prazo necessário para organizar um calendário de iniciativas que pudessem fortalecer o projeto.

Nessa oportunidade, salientei que não tínhamos nenhuma restrição pessoal a ele, mas que havia algumas contradições políticas a serem enfrentadas.

A primeira delas é que, hoje, temos uma aliança com a Frente Popular de Pernambuco, com colaborações na administração do estado e da prefeitura do Recife. Essa aliança foi construída por Jarbas e Eduardo Campos ainda no final de 2011.

Em segundo lugar, para iniciar um novo ciclo na vida partidária é indispensável que esse seja o sentimento majoritário na legenda. E pelas conversas diárias que mantivemos com as lideranças do partido - parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, diretorianos - não percebemos essa intenção.

Por fim, há uma contradição intransponível. É pública a aliança política entre o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o presidente Bolsonaro. Enquanto a nossa trajetória é marcada pela defesa dos valores democráticos, o presidente, todos os dias, aumenta a escalada do seu discurso contra as instituições e a ordem democrática.

No dia 31 de maio, voltamos a conversar e reiterei que nenhuma dessas variáveis tinha sido superada e que seria prudente alongar o calendário para uma decisão. O prefeito, então, solicitou que a nossa definição não ultrapassasse o mês de agosto.

Mantive Jarbas informado do conteúdo das conversas e também troquei ideias com vários quadros do partido. De Jarbas, ouvi a ponderação que deveríamos atender ao desejo do prefeito Miguel Coelho de acelerar o calendário. Não seria adequado deixar nele a impressão que estávamos adiando a decisão para trazer prejuízo ao seu projeto.

Dessa forma, na última quinta-feira, dia 8 de julho, tivemos o nosso mais recente encontro. Enfatizamos mais uma vez que não havia qualquer restrição pessoal ao prefeito, mas as contradições políticas, além de permaneceram de pé, estavam se aprofundando. Na ocasião, o deixamos à vontade para, diante de nossa posição, encaminhar da maneira que lhe fosse mais conveniente os passos seguintes.

Hoje, ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória.

Raul Henry

Presidente do MDB de Pernambuco

Em agenda na região metropolitana, o prefeito Miguel Coelho visitou, nesta quarta (7), o presidente estadual do MDB, Raul Henry. O encontro teve como pautas principais o fortalecimento da legenda partidária e o futuro de Pernambuco.

O prefeito de Petrolina sugeriu a Henry ações e projetos para o partido iniciar um debate com lideranças de cada região pernambucana. Miguel acredita que o MDB terá papel decisivo na recuperação econômica do Estado. "Tenho dito que a reconstrução de Pernambuco passa por uma ampla articulação de lideranças e setores socioeconômicos. O MDB, com toda sua história, a experiência de políticos como Raul Henry, os senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra, será um condutor para unir o Estado nessa crise tão profunda", defendeu o prefeito de Petrolina após a reunião com Raul Henry.

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O gestor petrolinense ainda se encontrou nesta quarta com o prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, para tratar de assuntos administrativos. A última agenda na Capital foi uma reunião com os deputados estaduais Romero Albuquerque e Antonio Coelho, a respeito da implantação de um castramóvel em Petrolina.

*Da assessoria 

 

O deputado federal Raul Henry (MDB-PE) apresentou um pedido para a aberura de uma de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com a finalidade de investigar as causas e os responsáveis pelo colapso do sistema de saúde em Manaus, no Amazonas. A proposta foi protocolada nessa terça-feira (19) na Câmara dos Deputados. 

Na avaliação de Henry, “a Câmara dos Deputados não pode se omitir da investigação desses fatos gravíssimos. A impunidade não pode prevalecer ante a negligência criminosa que foi praticada contra o povo do Amazonas”.

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“De todos os absurdos dessa tragédia que atinge o Brasil, cujas mortes pela Covid-19 representam 10% das mortes do mundo pela doença, o maior de todos foi o colapso no sistema de saúde de Manaus, em propagação pelo interior da região Norte do país”, observou o deputado ao justificar a solicitação.

 “Sem oxigênio nos hospitais, leitos fechados por falta do insumo, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher, a capital do Amazonas vive uma crise sem precedentes. O que chama atenção, no entanto, é que estamos diante de uma tragédia anunciada, que foi formalmente comunicada às autoridades desde as últimas semanas de 2020. Documentos oficiais, inclusive, relatam com detalhes o tamanho do problema e até a previsão exata de quando ocorreria o colapso”, emenda o emedebista.

 Raul Henry ressalta também que os casos de contaminação da doença cresceram e aponta a morosidade de atuação do Ministério da Saúde diante da situação na cidade. Veja a justificativa na íntegra:

De todos os absurdos dessa tragédia que atinge o Brasil, cujas mortes pela covid-19 representam 10% das mortes do mundo pela doença, o maior de todos foi o colapso no sistema de saúde de Manaus, em propagação pelo interior da região Norte do país.

Sem oxigênio nos hospitais, leitos fechados por falta do insumo, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher, a capital do Amazonas vive uma crise sem precedentes. O que chama atenção, no entanto, é que estamos diante de uma tragédia anunciada, que foi formalmente comunicada às autoridades desde as últimas semanas de 2020. Documentos oficiais, inclusive, relatam com detalhes o tamanho do problema e até a previsão exata de quando ocorreria o colapso.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de internações em Manaus dobrou em uma semana, saindo de 36 casos, em 20 de dezembro, para 88 casos, em 27 de dezembro. Nessa data, fornecedores de oxigênio da região já apontavam para a insuficiência da oferta do gás.

Após reunião do ministro da saúde, Eduardo Pazuello, com o seu secretariado, no dia 28 de dezembro, foi decidido que um grupo técnico seria enviado para avaliar a situação em Manaus. Mas a comitiva só chegou na cidade no dia 3 de janeiro de 2021. Já no dia seguinte, 4 de janeiro, o governo reconheceu a possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde, dentro de 10 dias.

No dia 7 de janeiro, a White Martins oficiou que não tinha condições de atender à demanda dos hospitais por oxigênio, chegando a sugerir o nome de uma segunda fornecedora para ajudar a suprir essa necessidade.

Mesmo diante de todas essas alarmantes evidências, o que se viu foram pessoas indo a óbito por asfixia, pela impossibilidade do socorro adequado.

Diante do exposto, entendo que o Parlamento tem o dever de adotar as medidas que lhe cabem. A Câmara dos Deputados não pode se omitir da investigação desses fatos gravíssimos. A impunidade não pode prevalecer ante a negligência criminosa que foi praticada contra o povo do Amazonas.

Assim, justifica-se plenamente a criação da COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO, respaldada pelas assinaturas que acompanham a proposta.

 RAUL HENRY

Em convenção partidária mista – virtual e presencial, realizada nesta segunda-feira (14), o MDB de Pernambuco oficializou o apoio ao pré-candidato João Campos (PSB) na disputa pela Prefeitura do Recife e apresentou sua chapa de candidatos a vereadores na capital do Estado.

Sob o comando do presidente estadual da legenda, deputado federal Raul Henry, o encontro foi transmitido por videoconferência e reuniu pré-candidatos e membros da Comissão Provisória do Recife, seguindo todos os ritos previstos pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral. 

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Sobre a decisão de permanecer na Frente Popular do Recife, Raul Henry explicou que se trata do “caminho mais natural, uma vez que a legenda não terá candidato próprio e já integra a coligação desde 2012”. “O MDB formalizou, hoje, uma decisão que já tínhamos tomado antes, de apoio a João Campos. Entendemos que esse é o melhor caminho para o nosso partido e também para a cidade do Recife”, disse Henry.

Quanto aos emedebistas que irão pleitear uma vaga na Câmara Municipal do Recife, o dirigente destacou que a sigla tem uma nominata de 34 pré-candidatos, sendo 24 homens e 10 mulheres, com a intenção de eleger, no mínimo, três para a gestão que começará em 2021.

Para receber os emedebistas com direito a voto, uma equipe esteve a postos na sede do partido, das 9h às 12h, seguindo todos os protocolos de segurança da pandemia do novo Coronavírus. Ao todo, foram 29 convencionais votantes e uma soma de 38 votos, tendo em vista que alguns nomes integram o Diretório Estadual, a Comissão Provisória Municipal e são parlamentares com domicílio no Recife e, por isso, votam mais de uma vez. 

Entre os nomes que vão concorrer a uma vaga na Câmara Municipal pelo MDB-PE estão: o vereador Samuel Salazar, a ex-vereadora e atual suplente Vera Lopes, o também suplente Vânio Silva, a ex-deputada Terezinha Nunes, que integra chapa coletiva junto a Ledja Cibelle, Germana Soares e Carol Aleixo, além da enfermeira Priscila Ferraz e do líder comunitário Wilson Lapa, de Brasília Teimosa.

*Da assessoria de imprensa

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) emitiu uma nota, nesta sexta-feira (14), alegando que estava frustrado com a aliança entre o MDB e o PSB para disputar o comando da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O anúncio da aliança foi feito nessa quinta (13) pelo presidente da legenda no Estado, o deputado federal Raul Henry. O pré-candidato do partido na cidade é o vereador Daniel Alves.

No comunicado, Bezerra observa que fez "renovados apelos" para que a direção do partido optasse por apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito da cidade, Anderson Ferreira (PL). 

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"Lamentamos que o presidente estadual do MDB, deputado Raul Henry, tenha deixado de acolher nossas ponderações em nome de uma aliança forjada em interesses que não atendem aos anseios da população", observa o texto.

Na nota, assinada também pelo prefeito de Petrolina Miguel Coelho (MDB), eles ressaltam ainda que vão marchar de lado oposto ao partido. "Respeitamos a decisão partidária, mas, assim como definimos nossa presença no palanque da oposição na campanha para prefeito do Recife, também estaremos em campos opostos em Jaboatão dos Guararapes, marchando ao lado de Anderson Ferreira rumo à reeleição. 

Veja o texto na íntegra:

Nota à imprensa 

Com muita frustração, tomamos conhecimento da decisão do MDB de fechar uma parceria com o PSB na disputa pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes quando fizemos renovados apelos à direção estadual do partido no sentido de referendar a candidatura à reeleição do prefeito Anderson Ferreira.

Competente, Anderson tem feito uma exitosa gestão à frente da Prefeitura de Jaboatão, o que vem sendo reconhecido não apenas pela população do município, mas por todo o povo de Pernambuco.

Em nossas reiteradas ponderações, tínhamos a expectativa de que o MDB refletisse sobre a viabilidade do apoio ao prefeito Anderson Ferreira em vez de servir aos interesses daqueles que trabalham para criar falsas divisões.

Lembramos que, até pouco tempo atrás, o PSB apostava na candidatura do ex-deputado Silvio Costa. Portanto, causa estranheza que o partido se alie um novo nome, o que pressupõe uma mera tentativa de tumultuar o processo eleitoral.

Lamentamos que o presidente estadual do MDB, deputado Raul Henry, tenha deixado de acolher nossas ponderações em nome de uma aliança forjada em interesses que não atendem aos anseios da população.

Respeitamos a decisão partidária, mas, assim como definimos nossa presença no palanque da oposição na campanha para prefeito do Recife, também estaremos em campos opostos em Jaboatão dos Guararapes, marchando ao lado de Anderson Ferreira rumo à reeleição.

Fernando Bezerra Coelho - senador pelo MDB

Miguel Coelho - prefeito de Petrolina pelo MDB

O MDB de Pernambuco bateu o martelo e oficializou, nesta terça-feira (11), o apoio à pré-candidatura do deputado federal João Campos (PSB) a prefeito do Recife. A decisão foi oficializada durante uma reunião da Comissão Executiva na manhã de hoje, na sede do partido, no bairro do Recife.

Em nota, o partido diz acreditar que o filho do ex-governador Eduardo Campos tem "todos os atributos para ser o candidato" da Frente Popular. "Acreditamos, também, que o deputado João Campos reúne todos os atributos para ser o candidato dessa ampla frente política e cumprir a honrosa missão de governar a cidade e enfrentar seus grandes desafios", diz o texto.

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Além disso, o MDB ressalta que o alinhamento do partido com a Frente Popular existe desde 2012 e "não há razão para uma alteração de curso no atual cenário político do estado". E elogia a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). "Entendemos que, diante de todas as adversidades econômicas vividas pelo país nos últimos anos, com forte impacto nas receitas do setor público, o prefeito Geraldo Julio tem honrado os compromissos assumidos com o povo", ressalta a nota.

No ano passado, o MDB chegou a ensaiar uma pretensão de disputar o comando da Prefeitura do Recife com o deputado federal e ex-vice-governador, Raul Henry.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou que Pernambuco tem a chance de iniciar um novo ciclo político a partir das eleições municipais deste ano. Segundo ele, o Estado, que liderava os investimentos públicos na região Nordeste, desacelerou nos últimos cinco anos. “Pernambuco e Recife estão isolados. Pernambuco parou”, disse FBC em entrevista à rádio Custódia FM, durante visita à cidade nessa quarta-feira (15). 

Bezerra lembrou que, hoje, Pernambuco ocupa o terceiro lugar nos investimentos públicos entre os estados da região Nordeste. “Mas é um terceiro longe. E a gente vai sentir essa diferença, porque significa estradas, escolas e hospitais a menos. A gente vai sentir que o Estado vai perdendo o dinamismo que tinha.” 

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Na avaliação do senador, a retomada do crescimento econômico deve diminuir o peso das questões nacionais nas eleições municipais. “O ano terminou melhor. O pessoal falava que o presidente Bolsonaro não ia pagar o 13º do Bolsa Família e pagou. O governador falou que ia pagar e não pagou ainda. O Brasil voltou a crescer. A perspectiva é que, em outubro, o Brasil esteja crescendo a 2,5%, 3%. Ou seja, a questão nacional vai ter um peso cada vez menor na disputa local. O que vai prevalecer é a questão local”, disse.

FBC acrescentou que o MDB está trabalhando para ter 100 candidatos a prefeito nas eleições municipais deste ano em Pernambuco. Se o partido sair fortalecido, poderá apresentar candidatura majoritária em 2022. “O MDB está cuidando da sua base municipal, a mais importante, mais próxima da população. Temos a ambição de poder apresentar 100 candidatos a prefeito. E se formos vitoriosos nesse projeto da eleição municipal do MDB, é evidente que o MDB estará bem posicionado para apresentar uma candidatura majoritária em 2022”, ressaltou.

De acordo com o senador, o partido mantém uma postura de unidade em torno da possibilidade de lançar o nome do presidente do MDB-PE, deputado federal Raul Henry, à Prefeitura de Recife. 

“Acho que, nesses últimos dias, essa possibilidade vem crescendo. A manifestação de Jarbas [Vasconcelos] foi muito positiva no sentido de dizer que Raul está liberado para poder construir a sua candidatura, caso ele entenda como sendo importante para o projeto partidário. Estive com Raul na segunda-feira, uma conversa por telefone, senti ele mais disposto, mais animado. Disse que eu poderia continuar as minhas conversas de bastidores com outras forças políticas do estado para tentar reunir o apoio que possa dar a Raul as condições para uma disputa das eleições do Recife”, detalhou.

Em Custódia, FBC participou do ato de filiação do vereador Gilberto de Melchior ao MDB. “Saio daqui animado com o fortalecimento do MDB, e tenho certeza que faremos uma grande eleição municipal neste ano.”

RAMAL DO AGRESTE – Antes da passagem por Custódia, Fernando Bezerra, que é líder do governo no Senado, visitou as obras do Ramal do Agreste, que vai levar a água captada da barragem de Barro Branco para o reservatório Ipojuca e a Adutora do Agreste. Maior obra de infraestrutura hídrica do governo federal na região Nordeste, o Ramal do Agreste recebeu R$ 530 milhões de investimentos em 2019. 

Segundo o senador, a obra deve estar concluída em fevereiro de 2021, quando levará a água do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco para 70 cidades de Pernambuco, beneficiando 2,2 milhões de pessoas. “Essa obra é que vai resolver o problema de água de 70 municípios do agreste. Estou muito feliz que tenha sido acelerada e priorizada pelo presidente. Isso é água, é desenvolvimento, é perspectiva de futuro que estamos construindo.”

*Da assessoria de imprensa

De passagem pelo Recife, nesta sexta-feira (22), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) destacou os problemas históricos e culturais que ainda impedem que mais mulheres ingressem na política, mas ressaltou a importância do empoderamento feminino para mudar esse quadro. A emedebista participa do seminário ‘Mulher mais Política’, organizado pelo MDB Mulher.

“As mulheres estão se empoderando. E a palavra empoderamento, que às vezes incomoda muito os homens, ela não é no sentido de querermos ser mais e melhores e de dominar espaços. É de querermos ser iguais”, defendeu. 

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A senadora ainda falou sobre sua trajetória na vida pública e das dificuldades ainda enfrentadas por muitas mulheres que querem estar em lugares de poder. Durante seu discurso, fez um convite às mulheres pernambucanas. “Mulheres pernambucanas, ocupem o posto. Vamos fazer política”, convocou.

Em sua fala em defesa das mulheres, Raul Henry pontuou que o partido trabalha pela inclusão do gênero e teceu críticas ao atual governo, bem como ao deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, que recentemente demonstrou apoio ao AI-5. “É um governo de retrocessos”, disse.

Encontro - Com o objetivo de convocar mulheres e discutir o papel delas na política em Pernambuco, o seminário ‘Mulheres mais políticas’ debate maneiras de diminuir as desigualdades de gênero refletidas no campo político. É a primeira vez que acontece no Recife.

A presidente do MDB Mulher, Miriam Lacerda disse que o evento é uma oportunidade para estimular e fortalecer a participação das pernambucanas na política de fato. “É importante que a cada dia nós possamos ocupar espaços decisivos, assegurando os nossos direitos e fortalecendo efetivamente a nossa contribuição no desenvolvimento no nosso município, do nosso estado e do nosso país”, frisou.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que havia sido convidada, não pôde comparecer ao seminário.

O prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho filiou-se, nessa segunda-feira (11), ao MDB. O tom político adotado na solenidade foi de unidade e fortalecimento do partido no Estado. Miguel defendeu a busca de novos quadros e lideranças fortes para transformar a legenda no principal caminho para a retomada do desenvolvimento estadual.

"Não chego para ser mais um, o petrolinense é ousado. Chego para trazer novas lideranças do Sertão ao Litoral para o MDB ser grande e oferecer uma alternativa moderna, democrática e conectada com os interesses dos pernambucanos", argumentou o novo emedebista.

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Presidente nacional do partido, o deputado federal Baleia Rossi esteve no ato em Petrolina e abonou a ficha de Miguel Coelho. O dirigente elogiou o trabalho do prefeito petrolinense e o classificou como um quadro de destaque para o futuro da sigla. "Temos a esperança de que você além de uma grande liderança em Petrolina, será também um grande líder em Pernambuco", destacou Baleia Rossi.

Senador e líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho falou do novo momento do MDB e a construção de uma unidade no partido. "Quero destacar a capacidade de juntar do deputado Raul Henry. Se Miguel chega ao MDB, é sobretudo por sua capacidade de promover esse momento. Fernando, Jarbas e Raul estão unidos para fortalecer Pernambuco", frisou o senador.

O presidente estadual da legenda, Raul Henry, reforçou o compromisso de unir e resgatar a força do MDB. "O nosso partido é o que tem a mais bela história no cenário político em nosso País. A partir deste ano, o partido vive um momento de renascimento. Agora em 2020, nós juntos, você (Fernando), Jarbas e eu vamos fazer que o MDB dê outro grande salto e tenha um papel decisivo no futuro da política de Pernambuco. Para isso, estamos aqui vivendo um grande momento para receber em nossa casa esse grande gestor público, seja bem-vindo, Miguel Coelho", parabenizou Henry.

O ato de filiação foi prestigiado ainda pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, os deputados Fernando Filho, Antonio Coelho, mais de 50 prefeitos e ex-prefeitos, dezenas de vereadores entre outras lideranças.

*Da assessoria de imprensa

O deputado federal Raul Henry (MDB-PE) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para protestar contra a decisão do Governo Federal de autorizar a importação de 750 milhões de litros de etanol americano e “despejá-los” no Nordeste, exatamente no período da safra da região, cuja produção é de 2,2 bilhões de litros. “A importação autorizada representa mais de um terço da nossa produção anual”, afirmou em discurso nessa quarta-feira (11).

Raul destacou o desenvolvimento da indústria sucroenergética nordestina, a despeito das adversidades geográficas e climáticas. Atualmente, a região conta com 60 usinas e 300 mil empregos diretos. “Empregos vitais para o mínimo de estabilidade socioeconômica da densamente povoada e socialmente vulnerável zona-da-mata nordestina. Não é justo, nem correto, que, diante de tantas adversidades, o Governo Federal queira impor ainda maiores sacrifícios ao povo do Nordeste”, acrescentou.

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De acordo com o deputado, tal decisão terá um custo de renúncia fiscal de 270 milhões de reais, mesmo ciente de que o Brasil é autossuficiente em etanol e que o país vive a maior crise fiscal da sua história. “O único objetivo é apenas agradar ao presidente americano Donald Trump, que está com excedente de produção depois da insana guerra comercial com a China. Uma articulação feita pelo filho do Presidente que quer ser embaixador [Eduardo Bolsonaro] e que atropelou o Itamaraty e o Ministério da Agricultura”, alertou.

Com o objetivo de reverter tal situação, o parlamentar fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para colocar em votação o mérito de um decreto legislativo, apresentado nessa terça (10), neste sentido. “Esse decreto vai barrar essa insanidade e reestabelecer um mínimo de altivez ao nosso país. Não aceitamos mais atitudes de insensibilidade e preconceito contra a economia e o povo do Nordeste”, concluiu.

*Da Assessoria

O pernambucano Raul Henry afirmou nesta quinta-feira (25) que não descarta concorrer à Prefeitura do Recife nas eleições do próximo ano. Em entrevista à Rádio Folha, o presidente estadual do MDB em Pernambuco disse que, antes de tudo, é preciso pensar na estratégia do partido para a eleição.

Atualmente Henry ocupa uma cadeira na Câmara Federal e, para disputar o cargo de prefeito da capital pernambucana, não precisaria abdicar de seu mandato como deputado federal.

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Durante a entrevista, o parlamentar lembrou que a sua sigla “foi a secção estadual que mais cresceu no Brasil". De acordo com ele, o objetivo é repetir a estratégia de 2016, quando o partido elegeu 17 prefeitos em Pernambuco.

Segundo avaliação do emedebista, o processo político está vivendo uma forte dinâmica, mas que tudo vai ser resolvido. "Temos que avaliar esse cenário em 2020 com absoluta tranquilidade", pondera. 

"A gente tem que buscar superar essas divergências do passado, sobretudo na política, porque a política é construção de um futuro melhor", pontuou Henry sobre membros do partido, principalmente no tocante ao senador Fernando Bezerra Coelho. 

É certo que falta mais de um ano para as eleições municipais de 2020, mas os partidos já começam a dar sinais de movimentações em prol das disputas nas 185 cidades pernambucanas. Ainda que seja apenas nos bastidores e o discurso oficial expresse máxima conhecida: “2020 só em 2020”, diversas legendas começaram a colocar em prática um plano para angariar mais filiados e encorpar o quadro interno visando futuras candidaturas e eventuais alianças políticas.

Presidente do MDB em Pernambuco, o deputado Raul Henry detalhou ao LeiaJá que a estratégia de novas filiações para a corrida municipal deu certo no último pleito municipal e fez com que o partido crescesse no Estado. Agora, eles pretendem repetir a medida para preparar o MDB para em 2020 ter um grande número de postulantes.

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“Primeiro a gente vai ter uma estratégia para o próximo ano que é lançar candidatos a prefeitos no maior número possível de municípios, foi assim que a gente fez em 2016 e deu certo. Tivemos muitos candidatos que nunca tinham disputado eleições, entraram no partido, e pela representatividade que tinham nas cidades se elegeram prefeitos”, afirmou. 

O PSDB é outro partido que vem se articulando. De acordo com a presidente da legenda em Pernambuco, a deputada estadual Alessandra Vieira, os tucanos pretendem “apresentar à sociedade um número recorde de candidaturas investindo também em renovação, novos quadros para o partido”.

“Vamos apoiar prioritariamente os prefeitos que decidirem concorrer à reeleição e também apoiar novos nomes para ampliar a presença do partido em todas as regiões do Estado, sem esquecer do fortalecimento da participação feminina na disputa municipal”, detalhou Alessandra.

O fortalecimento interno do partido também é um discurso que vem sendo utilizado constantemente pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Segundo ele, a discussão efetiva sobre a disputa se dará apenas no próximo ano. “O PSB é um partido que tem uma presença no Estado como um todo e esse ano é um ano de planejamento. A gente está sim falando de eleição, mas como forma de fortalecer o partido para o ano que vem”, frisou.

As candidaturas

Em Pernambuco, a 'menina dos olhos' de diversas siglas é a capital Recife, mas não só ela, outras cidades estratégicas como Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Olinda e Petrolina são vistas como prioridades pelas siglas, mas pouco se fala sobre as postulações. 

No Recife, em dezembro de 2020, o PSB completará oito anos à frente da prefeitura e, apesar de não assumir oficialmente, eventuais sucessores do prefeito Geraldo Julio (PSB) atuam para viabilizar suas candidaturas. Até o momento, o principal prefeiturável pessebista é o deputado federal João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, que já se tornou, inclusive, alvo da oposição. 

Sobre a eventual postulação, João Campos desconversa sempre que questionado e ressalta que este ano vai dar conta do seu mandato federal. “Próximo ano também. O debate eleitoral o PSB faz em ano de eleição. Esse ano é de trabalho. E no debate eleitoral não vou pensar em mim”.

Atual aliado do PSB no Recife, o MDB também pode concorrer ao comando da capital. Há rumores de que Raul Henry dispute o cargo, mas sobre isso ele disse que vai fazer o debate na “hora oportuna”. “Se o meu nome for convocado para uma missão em nome de um conjunto amplo de forças políticas, não descarto essa possibilidade. Mas o momento de discutir isso não é esse. O Brasil está vivendo um momento de muita dinâmica, não sabemos o que vai acontecer no dia seguinte. É até uma falta de respeito com a sociedade estarmos discutindo candidaturas em uma hora como essa”, ponderou.

Dentro do MDB, inclusive, há quem torça pela quebra da aliança com o PSB, como o senador Fernando Bezerra Coelho, mas ele argumenta que “quem vai definir a política de alianças e onde terá ou não candidatos é a Executiva e o deputado Raul Henry conduzirá esses trabalhos”. 

Também da lista de aliados, o PDT é outro que tem ventilado um nome para a disputa. O presidente nacional, Carlos Lupi, já declarou o desejo de que o deputado federal Túlio Gadêlha postule o cargo. No Estado, Túlio descarta a candidatura, e, apesar de considerar Recife prioridade, o presidente local da sigla, deputado Wolney Queiroz, diz que está cedo para debater sobre o assunto.

Ainda no campo das alianças oficiais do PSB, o PT deve avaliar a participação na corrida municipal. Em balanço feito em junho pelo Grupo de Trabalho Eleitoral do partido, apontou a deputada federal Marília Arraes como alguém com grandes chances de vencer o pleito e fazer com que a legenda retomasse o protagonismo no Executivo da capital, que administrou por 12 anos com os ex-prefeitos João Paulo e João da Costa. Marília já chegou a dizer que está disponível para concorrer. 

Já na oposição, o PSDB admitiu que quer ter candidatura própria. “A nossa intenção é ter em Recife candidatura própria. O PSDB tem história e muitos serviços prestados ao Brasil e a Pernambuco e, com certeza, apresentará ao Recife um modelo de gestão eficiente e voltado para as pessoas”, adiantou a presidente Alessandra Vieira.

Quando questionada sobre nomes, ela alega que “o momento agora é de definir as propostas e projetos que serão apresentados aos recifenses”. Se não for protagonista de uma chapa, o PSDB pode integrar um grande bloco de oposição, como vem sendo defendido por lideranças municipais, para desbancar o PSB.

Presidente estadual do PRB, o deputado federal Silvio Costa Filho, que concorreu em 2014 à vice-prefeito do Recife, disse que vai começar, a partir de agosto, a conversar sobre 2020 com PSDB, DEM, PSC, Podemos, PSL e outros partidos, inclusive, que hoje compõem a base governista. “Eu quero disputar, mas não quero fazer disso uma decisão pessoal”, admitiu Silvio Filho nesta semana ao tratar do assunto em entrevista a uma rádio local.

Outros partidos como o Cidadania, de Daniel Coelho, o PSOL, de Ivan Moraes, o DEM, de Priscila Krause, e o PSC, de Renato Antunes e Wanderson Florêncio, ainda integram de eventuais prefeituráveis na capital Pernambucana. O detalhamento dessas articulações e as confirmações, ou não, as legendas têm até junho de 2020 para definir. O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 4 de outubro do próximo ano. 

O MDB de Pernambuco realizou, neste sábado (6), a Convenção Estadual para a eleição do novo Diretório. O evento, na realidade, cumpriu mera formalidade porque apenas uma chapa concorre ao pleito e ela reconduz ao posto de presidente o deputado federal Raul Henry. 

Pregando a unidade, o partido também reúne na chapa única os senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho que ocupam os cargos de primeiro e segundo vogais, respectivamente. Além do deputado estadual Tony Gel que ficará como terceiro vogal. 

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A participação deles na direção é significativa e aparenta marcar um ponto final nas brigas e disputas internas entre a ala aliada a Fernando Bezerra e a de Jarbas e Raul Henry. Em 2018, FBC tentou assumir o comando do partido para deixá-lo na oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) na disputa estadual, mas uma decisão judicial negou a transferência da presidência do partido, minando os planos de Bezerra de concorrer ao cargo de governador, e o MDB seguiu no palanque que garantiu a reeleição de Paulo. 

Apesar do desgaste anterior, neste sábado o clima de confraternização entre eles antes dos discursos foi notável. Jarbas, Henry, FBC e Tony Gel se mostraram em unidade. O ex-governador Roberto Magalhães, que esteve na convenção, não escondeu a alegria de ver Henry e Bezerra Coelho no mesmo partido e, segundo ele, sem brigas. Além de Magalhães, o deputado estadual Antônio Coelho (DEM) e a ex-deputada Terezinha Nunes (PSDB) também estiveram no evento. 

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A unidade

Lado a lado na mesa de honra da convenção, Raul e Fernando Bezerra Coelho atribuíram a boa convivência entre eles ao intermédio de Jarbas Vasconcelos que aparou as arestas e articulou um arrefecer dos ânimos entre os dois.

“O que estamos hoje aqui fazendo se deve a um gesto de Jarbas. Na política somos cativados pelos gestos e apesar de ter havido desencontros no passado recente, quando chegou à Brasília ele foi capaz de enxergar o presente e o futuro. Eu me encontrava em uma situação que para avançar precisaria do apoio do MDB no Senado e a pessoa que poderia havalizar minha posição era Jarbas, ele deu uma palavra firme e solidária. Essas coisas temos que carregar sempre no nosso coração”, contou Fernando Bezerra. 

Diante de uma plateia emedebista, Bezerra emendou: “acreditem, estou feliz de estar aqui e me colocar à disposição de Raul Henry como nosso líder no Estado para que possamos fazer crescer o MDB e assumir um papel de protagonismo importante em Pernambuco e no Brasil”. 

Seguindo a mesma linha, Raul enalteceu a história do MDB estadual dando a Jarbas o título de “símbolo que nos guia e nos inspira”. Além disso, o presidente do partido também ponderou que o diretório elegido em chapa única contemplava critérios de representatividade dentro da legenda e não o fato de ser amigo dele ou de Jarbas. 

Já sobre o imbróglio vivido com Fernando Bezerra em 2018, Raul minimizou e disse que era momento de virar a página. “É público que tivemos uma divergência no ano passado, uma grande luta que saiu do plano político e foi para o jurídico, inclusive, mas o senador Fernando Bezerra teve um gesto de grandeza, assim como Jarbas. Ele nos procurou e propôs uma convivência pacífica. Virar a página do passado. Política não se faz com ressentimento. Política precisamos fazer pensando no futuro. Quero recebê-lo de portas abertas”, observou. Os dois também pregaram o fortalecimento do partido para 2020.

Veja a lista com a nova Executiva MDB (2019-2021)

Presidente: Raul Henry

1º Vice-presidente: Fernando Dueire

2º Vice-presidente: Alexandre Ferrer

3º Vice-presidente: Marta Guerra

Secretário-geral: Bruno Lisboa

Secretário-geral adjunto: Murilo Cavalcanti

1º Tesoureiro: Gustavo Carneiro Leão

2º Tesoureiro: Gabriel Cavalcante

1º Vogal: Jarbas Vasconcelos

2º Vogal: Fernando Bezerra Coelho

3º Vogal: Tony Gel

4º Vogal: Petrônio Siqueira

O deputado federal Raul Henry (MDB-PE) integra o grupo de representantes do Congresso Nacional que embarca, neste final de semana, para a Alemanha, com o objetivo de trocar informações sobre a “Proteção do clima e o papel do Parlamento” com autoridades daquele país. A visita acontece de 2 a 7 de junho, a convite do Governo e do Parlamento alemães, através do Programa de Visitas da República Federal da Alemanha.

 Na programação, estão previstas, em Berlim, visitas ao Instituto para a Pesquisa Econômica Ecológica, ao Instituto para a Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam (Potsdam Institut) e à 19ª Conferência Anual do Conselho de Sustentabilidade Alemão, dentre outros compromissos.

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 Além disso, a convite da Assembleia Legislativa do Estado de Mecklenburg-Vorpommern, haverá uma viagem a Schwerin, a fim de observar, na prática, projetos de combate a mudanças climáticas.

 “A Alemanha é um dos melhores exemplos do mundo em políticas de preservação ambiental. Está agora, inclusive, desativando todas as suas usinas nucleares e substituindo-as por fontes de energia limpa. A visita será muito interessante porque hoje o Nordeste é a maior fronteira de energia eólica e solar e, certamente, temos muito o que aprender com a Alemanha”, comentou Raul.

A educação brasileira tem sido norte para diversos debates políticos nos últimos dias a partir das medidas de contingenciamento do Governo Federal para o setor e da falta de discussão quanto ao aperfeiçoamento do setor. Para o deputado federal Raul Henry (MDB), a condução da área pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é “desastrosa” e “sem projetos”.

“Não temos nada. Nenhuma proposta, nenhum projeto ou ideia sendo discutida. Nenhuma disposição para se conversar sobre isso. O Brasil tem hoje instituições que vem acumulando conhecimento, informação e reformas estruturais feitas em outros países, mas continuamos na rabeira e na lanterna das avaliações internacionais. O governo federal não senta para discutir isso”, observou o emedebista.

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Na ótica de Raul, que tem a educação como um dos focos do seu mandato, o que precisa ser feito pelo setor é "muito simples" e existe quase um manual do que o governo precisaria fazer: “implantar a base comum curricular, uma política para a primeira infância, fazer uma diversificação para o ensino médio e cuidar da carreira de professor”.

Carreira esta que o deputado foi crítica e considera não estar em um nível eficaz. “ A carreira de professor precisa ser valorizada. Os professores no Brasil ganham, em média, metade do que ganham as outras profissões de nível superior, você tem uma carreira de baixíssima atratividade. Quem faz hoje vestibular para entrar nas escolas de educação, licenciatura e pedagogia são alunos que têm os 30% piores desempenhos do Enem, do ensino médio, são pessoas que não tem livro, nem revistas, nem jornais dentro de casa”, declarou o deputado.

“Estamos recrutando os mais vulneráveis para formar os mais vulneráveis que são as crianças que estão na escola pública. Essa equação não pode dar certo. É uma equação perversa com o Brasil”, acrescentou.

De acordo com Raul Henry, “temos que valorizar a carreira de professor, atrair jovens talentosos para serem professores no Brasil, para podermos melhorar a qualidade da escola”.

“É impossível imaginar a qualidade da escola melhor do que a do professor que ela tem. É um tema central, vários países do mundo estão reformando a carreira de professor para melhorar a atratividade, valorização e formação”, salientou, lembrando que até agora, em cinco meses de governo, a reorganização da matriz curricular para a formação dos professores, que é basicamente toda teórica, não foi abordada. "Sem a gente melhorar a formação dos professores não vai melhorar a qualidade da escola. Isso não foi discutido e é uma coisa óbvia", completou.

Para Raul, isso não acontece porque o governo quer ideologizar a educação no Brasil. “O governo está entrando para o sexto mês com dois ministros, querendo ideologizar essa discussão, que não é ideológica. É um conjunto de evidências científicas que mostram que o mundo inteiro caminha e o governo insiste em querer transformar esse tema em um tema ideológico. Educação representa desenvolvimento econômico, superação das desigualdades e ninguém discute isso com responsabilidade. Querem levar para o lado do simbólico e ideológico”, cravou.

O MDB de Pernambuco aprovou em convenção, nesta sexta-feira (3), a candidatura do deputado federal Jarbas Vasconcelos ao Senado pela Frente Popular. Na ocasião, dos 94 delegados que estavam aptos a votar, apenas 58 compareceram. Destes, 56 votaram a favor da postulação do parlamentar por uma vaga na Casa Alta. Durante o encontro, também foi dado plenos poderes para que a Executiva Estadual defina as coligações da legenda para a disputa majoritária e proporcional. O presidente estadual e vice-governador Raul Henry optou por manter a aliança do partido com o PSB, que buscará a reeleição do governador Paulo Câmara. 

Durante a convenção, que iniciou pontualmente às 9h, foi apresentada uma moção assinada pelo emedebista Orlando Tolentino e subscrita pelo senador Fernando Bezerra Coelho com a proposta de que a aliança firmada no Estado tivesse consonância com a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência e apontando o palanque do senador Armando Monteiro (PTB) como o viável para isto. A solicitação, por sua vez, foi negada pelos delegados. 

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“A moção, apesar de intempestiva, fará parte da nossa ata”, resumiu Raul, lembrando que há onze meses ele e a atual direção do MDB de Pernambuco é alvo de “ameaça permanente” com a busca de dissolução do colegiado, a pedido de Fernando Bezerra, e que agora tramita no Supremo Tribunal Federal. 

“Todos acompanharam a nossa luta nos últimos onze meses, sabem que vivemos sob uma ameaça permanente, uma espada pendurada sobre o nosso pescoço, uma luta contra a intervenção do nosso partido”, pontuou, em discurso rápido durante a convenção, fazendo menção a decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski negando o pedido de urgência para apreciar o processo e legitimando a realização da convenção estadual.  

“Fomos ameaçados de uma dissolução injusta que não cometeu nenhum deslize, em função do atropelamento que teve precisamos judicializar, com essa decisão são cinco do Supremo a nosso favor. Nossa convicção sempre foi que manteríamos o comando do MDB, esta etapa de hoje consolida”, completou o vice-governador.

Henry também fez questão de destacar a coragem que ele, Jarbas, o deputado estadual Tony Gel e outros parlamentares emedebistas tiveram de permanecer no partido, mesmo com a possibilidade de terem a carreira política interrompida caso perdessem a disputa pela direção e agradeceu ao deputado federal André de Paula por ter oferecido o PSD para que eles disputassem o pleito. 

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Jarbas entre sorrisos e afagos

Certo de que teria o nome referendado pela convenção, o que chamou a atenção durante o encontro entre os emedebistas foram os sorrisos de Jarbas Vasconcelos. De canto a canto, o semblante do parlamentar se mostrava confiável na volta a disputa por uma vaga na Casa Alta, onde já cumpriu mandato, e “alívio” pela decisão do STF favorável ao grupo dele e de Raul Henry. 

No palanque da Frente Popular, Jarbas vai precisar dividir com o espaço com o PT, partido de quem ele é rival histórico, e a disputa pelo Senado com o senador Humberto Costa que buscará a reeleição. O deputado disse estar preparado para lidar com a militância do Pt que já o chamou de golpista. 

“Temos que estar preparados para isso, não é uma aliança que é fácil, foi difícil de fazer esse alinhamento, uma troca de conversas comandada muito bem por Paulo Câmara e tenho certeza que teremos uma chapa exitosa. Cabe a gente dar continuidade a isso e ganhar uma eleição”, observou. 

A aliança com o PT também foi encarada como natural por Raul Henry. “Já disse que aqui em Pernambuco temos uma frente ampla que tem mais de uma candidatura, temos divergência nos problemas do país e convergências estaduais, capacidade de diálogo. Vejo com tranquilidade essa aliança”, disse. 

“Podemos ter opiniões diferentes nos problemas do país. A frente é ampla, mas temos convergência com relação a Pernambuco. Um governador aplicado, responsável, que honrou os compromissos com o povo de pernambuco, uma pessoa competente e que tem todas as condições de voltar a governar Pernambuco por mais um mandato e espero que em condições econômicas mais favoráveis”, completou o vice-governador.

A posição do MDB para o pleito estadual será reafirmada durante a convenção da Frente Popular de Pernambuco marcada para o próximo domingo, das 10h às 17h, no Clube Português, no Recife. 

O deputado federal Jarbas Vasconcelos afirmou, nesta sexta-feira (3), durante a convenção estadual do MDB, que não acredita que a Executiva Nacional pratique retaliações financeiras diante da campanha dele ao Senado pela Frente Popular de Pernambuco. A cúpula emedebista nacional é responsável por distribuir os recursos oriundos dos fundos partidário e eleitoral para as campanhas proporcionais e majoritárias de todo o país. 

Ao ser questionado pela imprensa sobre a possibilidade, Jarbas disse que a Executiva sabe que se isso acontecesse ele não ficaria calado. “Não acredito [em retaliação] porque a Executiva me conhece, sabe que tomando uma iniciativa estapafúrdia como esta eu não ficaria calado. Não passa pela minha cabeça que a Executiva faça isso”, declarou.

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A indagação baseia-se na aliança do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), com o senador Fernando Bezerra Coelho. Os dois buscam, desde que Bezerra se filiou ao partido em setembro, dissolver a direção da legenda em Pernambuco, atualmente comandada pelo vice-governador Raul Henry. Como Jarbas e Henry não aceitaram os argumentos apresentados por eles, a briga foi levada para o Supremo Tribunal Federal que, até o momento, manteve a condução de Henry

O vice-governador, que tentará uma vaga na Câmara Federal, também descartou qualquer intervenção financeira na divisão dos recursos para a campanha por parte da Nacional. “O bom senso deve prevalecer. Vencemos a luta jurídica e a convenção, não vejo nenhuma justificativa para deixar de ter um senador e um deputado federal com candidaturas viáveis. Não faz nenhum sentido retaliações”, ponderou. 

A convenção estadual do MDB foi realizada na manhã desta sexta e a expectativa é de que o resultado da votação dos 94 delegados que aprovariam ou não as candidaturas de Jarbas ao Senado e dos postulantes à Câmara e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) seja divulgado até às 15h. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou, nesta sexta-feira (3), o pedido de urgência para analisar o processo jurídico envolvendo o comando da direção do MDB de Pernambuco. A definição do ministro mantém o vice-governador Raul Henry à frente da sigla e beneficia a candidatura do deputado federal Jarbas Vasconcelos a senador pela Frente Popular de Pernambuco, na chapa que será liderada pelo governador Paulo Câmara (PSB). 

A posição de Lewandowski também imprime mais uma derrota sobre o assunto para o senador Fernando Bezerra Coelho, que ainda nutria a esperança de levar o MDB para a chapa ‘Pernambuco Vai Mudar’, do senador Armando Monteiro (PTB), e, desde que se filiou ao MDB em setembro de 2017 tem brigado para destituir os poderes de Jarbas e Henry e passar a guiar o partido no Estado. 

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O indeferimento da urgência, de acordo com o advogado do MDB pernambucano Carlos Neves, dá legitimidade a convenção estadual da legenda que acontece hoje e, a partir do voto de 94 delegados, dará poderes a Executiva Estadual para tratar das coligações e aprovará as candidaturas, entre elas a de Jarbas. O resultado da votação está previsto para ser divulgado por volta das 15h, mas a tendência é que seja aprovada a pauta e, assim, mantida a aliança do MDB com o PSB em Pernambuco. 

Segundo Carlos Neves, mesmo que Lewandowski leve o assunto para ser votado pelo pleno do STF e a decisão seja favorável a Fernando Bezerra Coelho, a conjuntura política firmada pela convenção não mudará, pois estará baseada na Lei Eleitoral, que prevê, até o dia 5 de agosto, o prazo legal para a construção de alianças e candidaturas e as mudanças são possíveis em algumas exceções, como é o caso da vacância por morte ou renúncia da disputa. 

A postura do ministro do STF foi vista por Jarbas Vasconcelos com "alívio". "Chegamos no momento importante do partido com absoluta tranquilidade e respaldados. Estamos nos preparando agora para a luta [eleitoral]", frisou em conversa com jornalistas durante a convenção. 

 A 12 dias do fim do prazo para as convenções partidárias, quando as legendas definem suas coligações e candidatos para as eleições, o quadro de alianças em Pernambuco ainda não está tão consolidado como se espera nessa reta final do período pré-eleitoral. Enquanto de um lado, o senador Armando Monteiro (PTB) enfrenta dificuldades para eliminar os ruídos que surgem no conjunto dos oito partidos que endossam sua candidatura, do outro o governador Paulo Câmara (PSB), que buscará à reeleição, tenta não ser alvo de mais baixas na Frente Popular e pleiteia o alinhamento do PT ao seu nome, limando uma terceira candidatura competitiva, como a da vereadora Marília Arraes. 

Hoje a dificuldade exposta pela aliança formada em torno do nome de Armando Monteiro é  o fato dele se colocar como eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tendo no palanque partidos como PSDB e DEM - adversários históricos do petista. No fim da última semana, inclusive, o deputado federal e presidente da sigla tucana no Estado, Bruno Araújo, chegou a sugerir um rompimento da aliança com o petebista. 

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A medida, que ainda está em discussão entre os tucanos, é pelo desejo de que o palanque da ‘Pernambuco Vai Mudar’ dê lugar de preferência para o presidenciável do PSDB que é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O grupo que endossa a candidatura do petebista, tem ainda outras postulações presidenciais como a do senador Álvaro Dias (Podemos) e a do economista Paulo Rebello de Castro (PSC), mas as legendas não vem impondo questionamentos sobre o fato de pedir votos. 

Além de PSDB, DEM, Podemos e PSC, ao lado de Armando ainda estão PPS, PV e PRB. E, apesar do prazo curto para a composição da chapa, o senador e seus aliados continuam flertando com legendas aliadas a Paulo Câmara, como o Solidariedade. 

Mesmo com insatisfações já apresentadas, o Solidariedade deve definir apenas no dia 4 de agosto, quando fará sua convenção, se permanece com o governador ou vai para o palanque petebista. O Solidariedade, entretanto, não é o único desafio entre os aliados de Paulo Câmara, o PROS, do deputado federal João Fernando Coutinho, ensaia um desembarque da base para endossar a eventual candidatura de Marília pelo PT, que vem nacionalmente atirando para todos os lados na expectativa de conquistar ao menos um partido aliado em prol da candidatura de Lula. Se com o PSB a aliança não vingar, a legenda tem o PROS na gaveta para marchar juntos. 

Apesar das eventuais perdas, o governador ainda ostenta um grupo com 14 legendas (PCdoB, PSB, MDB, PTC, PRP, PR, PSD, PPL, PHS, PSDC, PP, PEN, PSL e PDT) e se mantém com a maior frente, até agora, para a corrida eleitoral. 

Um fator comum 

O quadro, entre as duas principais chapas que disputam o comando do Palácio do Campo das Princesas, ainda tem um fator comum: a manutenção ou não do vice-governador Raul Henry no comando do MDB de Pernambuco, que aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal. No momento, a legenda integra a base da Paulo, mas se a direção do partido for diluída e o senador Fernando Bezerra Coelho passar a responder pelo partido, o MDB, inevitavelmente, migrará para o palanque de Armando. 

Hoje FBC é uma espécie de dissidente emedebista, por não estar alinhado a Paulo Câmara e não cessar nas críticas direcionadas a gestão pessebista, da qual ele próprio já fez parte, uma vez que era filiado ao PSB até setembro de 2017.

Pendências nacionais ditarão os palanques em Pernambuco

Com o panorama traçado, a cientista política Priscila Lapa ponderou, em conversa com o LeiaJá, que as indefinições estaduais estão diretamente ligadas à conjuntura nacional e a expectativa dela é que este ano, mais do que normalmente, a disputa em Pernambuco seja “mais nacionalizada”. “Enquanto o cenário nacional ficar indefinido, no plano local vão postergar ainda mais o anúncio completo das chapas”, salientou a estudiosa.  

O reflexo disso é que até agora ainda não foram anunciadas as chapas completas tanto de Paulo quanto de Armando. Com as definições previstas para os ‘45 do segundo tempo’, Priscila disse que as duas chapas podem se prejudicar, mas como Paulo Câmara tem a máquina pública ele não perde tanto. 

“Todo mundo está mais ou menos na mesma situação. A chapa da oposição, de Armando Monteiro, demorou e ainda enfrenta problemas em algumas definições dentro da construção da própria aliança. Se a demora fosse exclusivamente do governador, talvez sofresse o prejuízo do tempo para confirmar com que forças ele sai para a disputa pela reeleição. Contudo, isso tem atingido igualmente todas as candidaturas e tem uma vantagem para quem está no cargo. Quem menos se prejudica nessa demora é quem já está no governo. Ele tem um time com o eleitor já construído”, observou a cientista política. 

Armando e o voto a Lula

Sob a ótica de Priscila Lapa, o posicionamento de Armando condiz com o peso da avaliação do pensamento dos eleitores pernambucanos. No Estado, segundo ela, “nenhum dos postulantes vai, principalmente pensando no eleitorado do interior, fazer um discurso sem considerar o legado de Lula” e, a partir do início da campanha, os eleitores vão “fazer a distinção de quem é herdeiro e aliado mesmo de Lula, daqueles que querem pegar apenas carona nesse legado”. 

“Armando tem uma história ligada a Lula, de ter sido ministro no governo petista, mas a aliança que ele firmou não vai permitir um discurso de alinhamento total como nesse primeiro momento de pré-campanha”, ponderou Lapa. 

“Obviamente a partir de agosto as pessoas vão ter palanques e lados, elas vão ter que defender esses lados. Existe uma tentativa dos partidos que apoiam Armando de descolar do governo Temer, por exemplo, mas é inevitável dizer que esse palanque representa bem mais o grupo que rompeu o lulismo do que ser herdeiro dessa herança política”, completou. 

Neste sentido, o que vai pesar para o senador, segundo a estudiosa, é a trajetória política dele da eleição de 2014, quando teve uma aliança formal com o PT, até agora. “É uma candidatura forte no ponto de vista das alianças, mas talvez tenha problemas na coerência do discurso”, finalizou Priscila Lapa.  

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