Na ONU, Dilma retomará defesa sobre reforma da entidade

Presidente está nos Estados Unidos, onde participa da Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015

por Dulce Mesquita sex, 25/09/2015 - 09:56
Roberto Stuckert Filho/PR/Arquivo Um dos pontos mais defendidos pela presidente tem sido o da reforma do Conselho de Segurança da ONU Roberto Stuckert Filho/PR/Arquivo

Em Nova York para a abertura da Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, a presidente Dilma Rousseff fará o discurso de abertura dos debates na próxima segunda-feira (28). A expectativa é de que ela repita um dos assuntos destacados nos pronunciamentos dos anos anteriores: a necessidade de haver mudanças na entidade.

Um dos pontos mais defendidos pela chefe do Executivo brasileiro tem sido o da reforma do Conselho de Segurança da ONU, do qual o Brasil tem interesse e já articula uma possível participação. O discurso, no entanto, deve abranger também a forma como a entidade enfrenta dos desafios globais, como a imigração e refugiados, além dos conflitos civis e militares entre os países.

No ano passado, Dilma disse que um Conselho de Segurança mais representativo - com mais membros de diferentes continentes - seria mais eficaz na resolução de conflitos mundiais através da intermediação. "Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas", frisou.

"Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do Conselho", disse a presidente em 2013. No ano anterior, Dilma declarou que o Brasil sempre apoiará as medidas indicadas pela ONU, mas que o Conselho de Segurança precisa ser reformado para retomar o controle internacional. "Queremos ações legitimas, fundadas na legalidade internacional".

O retorno dela ao Brasil deverá ser na própria segunda, após o discurso. No país, ela dará continuidade às negociações da reforma ministerial, que deve ser concluída e anunciada na próxima semana.

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