Novo ministro da Fazenda manterá projeto da CPMF

Henrique Meirelles afirma que uma análise completa da situação tem que ser feita para não haver opiniões precipitadas

por Naiane Nascimento sex, 13/05/2016 - 13:50
Wikimedia Commons/Carlos Barretta Meirelles afirma que dados estão sendo estudados para definir medidas Wikimedia Commons/Carlos Barretta

Em dia após a posse, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falou sobre alguns dos principais temas da pasta que assumiu. Em entrevista à Rede Globo, Meirelles garantiu a permanência do projeto da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Congresso.

De acordo com o ministro, medidas precisam ser analisadas para nenhuma opinião precipitada ser tomada. Ainda acrescenta que é preferível não haver aumento de impostos, porém defende o estabelecimento de prazos para os possíveis impostos temporários.  

A reforma previdenciária também foi abordada durante a entrevista. Mesmo contendo um grande rombo, o ministro afirma que é importante assegurar a aposentadoria, mas não significa a promessa de valores, afinal "não são financiáveis, são despensas públicas que acabam sendo pagas pela população". Por conta disso, Meirelles adianta que uma Previdência Social deve ser criada "para garantir o futuro dos brasileiros". 

Como uma das alternativas, a idade mínima para a aposentadoria e as regras de transição estão sendo estudadas, mas já há alguns estudos avançados sobre o assunto. Questionado sobre a primeira medida para organizar a situação econômica do país, Meirelles explica que o mais importante neste momento para o país é a transparência em relação às contas públicas.

Meirelles adianta que a estratégia, em primeiro lugar, será controlar o crescimento das despesas públicas, em sistema de metas. Dessa forma, é esperado que haja eficácia e o crescimento seja retomado. 

Para reerguer os bancos públicos do Brasil, Henrique Meirelles afirmou que fará questão de nomeações técnicas e profissionais para essas instituições. Ele explica que não haverá nomeações sem que se tenha passado pelo crivo pessoal do ministro. 

 

COMENTÁRIOS dos leitores