Grupos LGBT buscam se promover com tragédia, diz Feliciano

O deputado federal disse que análise homofóbica do ataque terrorista é fruto de um "ciclo de discriminação". "Para um radical do EI gays e cristãos devem ter o mesmo fim, a morte!", cravou

por Giselly Santos seg, 13/06/2016 - 12:49

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) fez uma série de comentários sobre o ataque terrorista à boate Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos, que deixou 50 mortos e 53 feridos nesse domingo (12).  No Twitter, o parlamentar, conhecido por sua postura contrária à homossexualidade, disse que os grupos LGBT estão aproveitando a comoção mundial diante da tragédia para se “promover”.

“Triste a tentativa de grupos LGBTT de usar esta tragédia para se promover. Como se a razão deste ataque fosse apenas homofobia”, disse. E criticou as agremiações por se calarem “em relação aos outros atentados”. “Estes terroristas com quem a esquerda quer dialogar assassinam inocentes, tripudiam sobre seus cadáveres numa luta política insana”, acrescentou citando partidos como o PT, PSOL e o PCdoB.

Após os primeiros comentários, Feliciano foi duramente criticado no microblog, inclusive por artistas, como o ator José de Abreu. Rebatendo as posturas críticas, o parlamentar voltou a ironizar os grupos LGBT. 

“Não leem notícias? Todas as mídias do mundo em todas as línguas já explicaram que o motivo foi além da homofobia, houve motivo político. O Estado Islâmico [EI], odeia a tudo e a todos, assassinam cristãos, gays, civis, crianças, qualquer um. Fazem isso pra impor o terror”, frisou, dizendo que lamentava a “morte dos inocentes” em Orlando.

Na avaliação de Marco Feliciano, o ataque não é culpa das posturas adotadas por cristãos. “Para um radical do EI gays e cristãos devem ter o mesmo fim, a morte! Quem culpa os cristãos pelo ocorrido ou é ignorante ou mau caráter... O ciclo da discriminação: muçulmano ataca LGBTT que atacam cristãos. Assim vai: negros x brancos; índios e agricultores; pobres x ricos”, exemplificou.

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