Governo repensa nomeação para presidente da Fiocruz
O Ministério da Saúde anunciou que Tânia Cremonini seria nomeada, mas funcionários da instituição querem que Nísia Trindade, a 1ª colocada na votação entre eles, comande a Fiocruz
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha, disse que a confirmação de Tânia Cremonini de Araújo Jorge como sua sucessora pode provocar efeitos "imprevisíveis" na entidade. A informação de que ela seria escolhida pelo presidente Michel Temer para comandar a instituição, embora tenha ficado em 2º lugar em votação entre funcionários, provocou uma crise na fundação.
Na semana passada, uma assembleia foi realizada e um abaixo-assinado, organizado. Até ontem, haviam sido coletadas 6.400 assinaturas em favor da escolha de Nísia Trindade, a 1ª colocada na votação. Gadelha fica no posto até 17 de janeiro.
A nomeação de Tânia, prevista para esta segunda-feira (2) não ocorreu. O adiamento da indicação, para Gadelha, é um sinal de que o governo deve reavaliar a decisão, sobretudo diante da reação de funcionários e de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Nesta segunda, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, teve duas reuniões com Temer para tratar do caso. Nesta terça-feira (3), o ministro se reúne com parlamentares que defendem a nomeação de Nísia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.