Miguel diz que dívida de Petrolina já ultrapassa R$ 45 mi

Segundo o prefeito, montante não inclui o pagamento de empréstimos firmados pelo ex-prefeito Julio Lossio (PMDB). Miguel apontou ainda a falta de pagamento a servidores da saúde e educação

por Giselly Santos sex, 06/01/2017 - 09:56

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (PSB) afirmou ter herdado uma dívida de R$ 45 milhões da gestão do ex-prefeito Julio Lossio (PMDB). Desde que assumiu o comando da cidade, no último dia 1°, o socialista tem apresentado diagnósticos de como estão tanto as contas quanto os equipamentos da prefeitura. 

"A intenção não é procurar culpados, mas mostrar para a população o estado degradado que encontramos a prefeitura”, cravou. Segundo ele, um levantamento prévio da secretaria da Fazenda aponta que a dívida deixada por Lossio pode ser ainda maior do que os R$ 45 milhões já identificados. "Nessa conta não estamos colocando os empréstimos que teremos que assumir no futuro. É importante dizer que ainda não fechamos esse levantamento, portanto, a dívida pode ser maior", relatou Miguel.  

Segundo o prefeito, também foram registrados atrasos salariais dos servidores da Saúde e Educação. "Já recebemos o Sindicato dos Servidores e informamos que as folhas salariais que não foram pagas pela gestão passada terão que ser negociadas e o que é de nossa responsabilidade será pago. Encontramos muitas dificuldades, inclusive, a falta de pagamento de PASEP e outros direitos. Todas as medidas para regularizar os pagamentos e direitos dos servidores já estão encaminhadas e vamos trabalhar para reequilibrar essas contas o quanto antes", detalhou.

Outro lado

Em resposta as ponderações do prefeito, a ex-secretaria de Finanças de Petrolina, Angelina Bernardo, encaminhou uma nota à imprensa afirmando que apesar da “crise que alcançou Petrolina”, a gestão priorizou o pagamento dos servidores. 

“Graças aos esforços que envidamos na nossa gestão, pudemos minimizar o impacto [da crise], priorizando o pagamento de todos os servidores e a manutenção dos serviços essenciais prestados à população, sobretudo na área de saúde. Enfrentamos dificuldades e elas terão que ser enfrentadas também pelos atuais gestores, que devem lançar mão de sua criatividade e perseverança para vencer os obstáculos que se avizinham. Aliás, para isso o povo lhes elegeu”, salientou. 

Ainda segundo Angelina, a “folha do mês de dezembro dos servidores da Saúde, a despesa foi totalmente liquidada e aguarda, para o depósito nas suas contas, apenas a complementação pela receita própria do Município, com repasses programados para os dias 04/01, pelo Estado de Pernambuco (ICMS referente ao período de 24 a 31 de dezembro de 2016, este já efetivado, no valor de R$ 2 milhões), e 10/01, pelo Governo Federal (FPM e IPI - parcela referente ao último decênio de dezembro de 2016, estimado em R$ 3,08 milhões), exatamente como sempre ocorreu na nossa gestão”. 

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