Não aceitava jeito dele de governar, diz vice-prefeito

Gabriel Neto (sem partido) aguarda os trâmites legais para a posse como prefeito interino de São Lourenço da Mata, após o afastamento do prefeito Bruno Pereira (PTB) pela Justiça

por Giselly Santos ter, 26/09/2017 - 13:41
Reprodução/Facebook Gabriel Neto (sem partido) já estava rompido politicamente com Bruno Pereira (PTB) Reprodução/Facebook

Com o afastamento do prefeito de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Bruno Pereira (PTB), por desvios de bens e verbas públicas, quem assume o comando da administração é o vice-prefeito Gabriel Neto (sem partido). Em conversa com o LeiaJá, nesta terça-feira (26), ele afirmou que está aguardando os trâmites técnicos legislativos para a posse que deve acontecer até esta quarta (27). 

Sobre as acusações que pesam contra o petebista, investigadas pela Operação Tupinambá, o vice disse que já “não concordava” com a forma que o prefeito governava a cidade. “Nós nos separamos politicamente no início do ano e eu segui a minha vida, sem vínculo com as ações da prefeitura. Não tenho nada a dizer sobre essas acusações, mas não concordava com o jeito dele governar. As denúncias serão apuradas e investigadas pela Justiça”, ressaltou. 

Gabriel Neto também informou o que pretende fazer assim que tomar posse. “Vou reunir todo o secretariado, fazer um plano de ação e reuniões de monitoramento para fazer uma gestão eficiente”, disse. Segundo informações de bastidores, os dois teriam rompido politicamente depois de intervenções do pai do prefeito afastado e ex-gestor da cidade, Jairo Pereira (PTB), na administração local. 

De acordo com informações da Polícia Civil, Bruno Pereira foi deslocado das funções para não prejudicar as investigações que já ocorrem há três meses. O petebista foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta terça e os policiais encontraram R$ 23 mil na casa dele. Segundo o delegado Joselito Amaral, responsável pelo caso, “ainda não há provas o suficiente para o indiciamento”, mas a investigação continua e o prefeito terá que explicar a origem do dinheiro encontrado em sua residência. Nesta quarta, o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público de Pernambuco marcaram uma coletiva para dar mais detalhes sobre os próximos passos que serão adotados pela Justiça.

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