Armando diz que não sente a “amargura dos perdedores”

“Alguém já disse, aos perdedores, as batatas, mas eu acho que fizemos um bom trabalho”, disse o petebista parafraseando Machado de Assis

por Taciana Carvalho seg, 08/10/2018 - 16:32
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Aparentando serenidade, o candidato derrotado a governador Armando Monteiro Neto (PTB) em seu primeiro discurso após o resultado da eleição estadual disse que não se sentia triste. Durante coletiva de imprensa realizada no comitê central da legenda, na noite desse domingo (7), o petebista falou que pesou muito para o insucesso uma campanha de “fakes, de mentiras e de baixarias” realizada pelo rival Paulo Câmara (PSB), que foi reeleito governador de Pernambuco. 

Armando também justificou afirmando que existiu um “desequilíbrio” no tempo de propaganda eleitoral. “O que pesou muito mais foi aquela campanha massiva, de fakes, de baixarias e de mentiras repetidas a exaustão, mas eu não quero nem de longe isso pareça algo que signifique uma posição de amargura dos perdedores”, declarou. 

“Alguém já disse, aos perdedores, as batatas, mas eu acho que fizemos um bom trabalho. Se vocês considerarem as circunstâncias da eleição, nós fizemos um bom trabalho”, continuou explanando citando o escritor Machado de Assis. 

O senador pernambucano ainda  falou que a diferença de votos foi pequena e que o atual governo não teve uma maioria expressiva. “Essa eleição foi definida por 0,24%, muito pouco. Eu espero que isso sirva para mostrar ao governo que eles precisam corrigir rumos, que é preciso mudar certas posturas arrogantes, que vêm marcando domínio desse grupo. Eu espero que eles possam extrair uma lição disso tudo e que Pernambuco tenha oposição e que Pernambuco tenha outras correntes de opinião que eles precisam aprender a conviver com essa realidade”. 

Paulo Câmara foi reeleito com 1.918.219 votos, que representaram 50,70% dos válidos. Armando Monteiro obteve 1.361.588, ou 35,99% do total. Na eleição de 2014, Armando também perdeu para o socialista. Na época, Paulo foi eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com 68,08% dos votos válidos.

 

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