Humberto critica Bolsonaro e pede empregos em vez de armas

Llíder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) repudiou afirmação de presidente sobre as futuras mudanças na legislação da posse de arma de fogo

sab, 29/12/2018 - 14:40
Pedro França/Agência Senado Pedro França/Agência Senado

Após o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), informar através do Twitter que liberará a posse de arma de fogo por meio de um decreto e tornará o registro da arma definitivo, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), rebateu a afirmação pela mesma rede social.

Humberto repudiou a pretensão de Bolsonaro e fez uma dura crítica ao posicionamento do presidente eleito, ao declarar que a decisão será um "tiro no pé". Para o senador, a urgência do país é resolver a falta de empregos.

"Entre tantas mudanças que o país precisa fazer, o futuro presidente quer armar a população. Bolsonaro, a arma do trabalhador deve ser o emprego, decretar a posse de armas NÃO vai diminuir a violência. Tiro no pé", publicou Humberto.

Após a postagem, Bolsonaro não deu mais detalhes sobre qual será a diferença desta mudança para a atual legislação, que já permite a posse de armas de fogo. Sobre o registro, há dois anos, o presidente Michel Temer editou um decreto (Nº 8.935) que mudou de três para cinco anos o período de renovação.

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Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do capitão do exército, compartilhou a publicação do pai e disse que "muitas outras novidades estão por vir ainda". Eduardo aproveitou para criticar o estatuto do desarmamento e o ex-presidente Lula.

"Os mensaleiros aprovaram o estatuto do desarmamento em 2003 a mando de Lula. Desde 2005 o povo pediu via referendo mudanças. Só em 2019, a custa de muito sangue inocente - em torno de 50 a 60.000 assassinatos/ano - foi eleito um presidente que vai ouvir os clamores do povo", disse.

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