Emenda atrasa, mais uma vez, votação do PL da dupla função

Agora uma emenda foi apresentada pelo vereador Davi Muniz

seg, 19/10/2020 - 11:07
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A Câmara dos Vereadores do Recife adiou, mais uma vez, a votação do projeto de lei 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), que pede a proibição da dupla função dos motoristas de ônibus. O texto, desta vez, foi alvo de uma nova emenda de plenário apresentada pelo vereador Davi Muniz e apoiada por mais 12 parlamentares. É a quinta vez que a apreciação do texto é adiada.

A dupla função executada por motoristas, que além de conduzir os veículos também cumprem a tarefa dos cobradores, foi alvo de diversos protestos do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, no Centro do Recife. No último mês, houve pelo menos três paralisações das atividades por uma manhã inteira. 

O presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), enviou o projeto novamente para as comissões temáticas. Entre os que assinaram a emenda, estão os vereadores Amaro Cipriano, Augusto Carreras, Eduardo Chera, Francismar, Natália de Mendo, Rodrigo Coutinho, Wilton Brito e Samuel Salazar.

A apresentação da emenda exaltou os ânimos da discussão do projeto. Ivan Moraes pediu que o presidente informasse o nome dos vereadores que assinaram a proposta e se colocaram contra a votação do texto hoje. Já Davi Muniz enfatizou que "este é um projeto que precisa ser visto e revisto". "Temos o direito de analisar e conversar. Ninguém está cancelando a votação, ela vai existir, mas precisamos analisar os prós e contras", disse.

"Aqui não há procedimentos secretos. Pelo bem da transparência é importante que a população saiba quem são os vereadores que apoiam essa emenda. Estou à disposição para conversar desde que apresentei a proposta", retrucou Moraes.

Outros vereadores fizeram questão de se posicionar sobre o assunto, como Aimé Carvalho, Luiz Eustáquio, Aline Mariano. Todos a favor da aprovação da proposta. "Essa estratégia de adiar não tem consonância com quem mais precisa, que são os trabalhadores. O adiamento faz com que não consigamos dar uma resolução com aqueles que esperam de nós essa parceria com a Câmara. É a mesma coisa de colocar um garçom para cozinhar e servir. Mesmo sendo regimental, está acontecendo uma manobra para que esse projeto não seja votado", argumentou Aline.

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