Empresa que mediou Covaxin cresceu 6000% com Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) é apontado como o facilitador para que a Precisa Medicamentos alcançasse novos investimentos do BNDES
A empresa que intermediou a compra superfaturada de doses da Covaxin pelo Ministério da Saúde cresceu 6.000% nos três anos de governo Bolsonaro. O filho do presidente, o senador Flávio (Patriota-RJ), é apontado como o facilitador para que a Precisa Medicamentos alcançasse novos investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Antes da gestão Bolsonaro, a Precisa havia negociado apenas R$ 27,4 milhões para a entrega de preservativos femininos, quando o ministro da Saúde era o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele é apontado como o articulador da negociação de 20 milhões de doses da Coxavin superfaturadas em 1.000 %.
Com a saída de Michel Temer (MDB), a empresa estreitou a relação com o Governo Federal e deu um salto em seus contratos públicos. A Precisa fechou e intermediou acordos de R$ 1,67 bilhão, além de obter acesso a ministérios, ao BNDES e à embaixada do Brasil na índia, indica a Fórum.
A revista Veja já havia revelado que Flávio Bolsonaro organizou um encontro entre o empresário por trás da Precisa, Francisco Maximiano, e o presidente do BNDES Gustavo Montezano. O senador chegou a admitir que tinha “amigos em comum” o dono da farmacêutica.