'Desinformação', diz Braga Netto ao desmentir ameaças

O ministro da Defesa negou ter ameaçado ou enviado ameaças por meio de interlocutores, mas aproveitou oportunidade para defender voto impresso

por Kauana Portugal qui, 22/07/2021 - 12:01
Marcos Corrêa/PR O ministro da Defesa Braga Netto e o presidente Bolsonaro chegando na cerimônia de comemoração dos 22 anos da Pasta Marcos Corrêa/PR

O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, desmentiu, em nota, a reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quinta-feira (22). Segundo ele, “trata-se de mais uma informação que gera instabilidade entre os Poderes da República em um momento que exige a união nacional”.

"Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores ao presidente de outro Poder. O Ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos Poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da República em um momento que exige a união nacional", disse o ministro.

"O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam sempre e sempre atuarão dentro dos limites previstos na Constituição", completou.

Apesar disso, Braga Netto frisou que a discussão sobre o voto impresso é “legítima” e está sendo avaliada no Congresso.

"A discussão sobre o voto eletrônico-auditável por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema", concluiu o ministro.

Veja a nota na íntegra:

Entenda o caso

Segundo o Estadão, o ministro da Defesa fez ameaças às eleições de 2022 que teria motivado uma reunião entre o presidente da Câmara Arthur Lira, que também já se manifestou sobre o suposto episódio através das redes sociais, com o presidente Jair Bolsonaro. O jornal afirmou que o general teria dito, acompanhado de outros chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que as eleições só aconteceriam se o voto impresso fosse aprovado.

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