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O ministro Benedito Gonçalves, corregedor Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta quinta-feira (9) duas ações de investigação judicial eleitoral (Aije) que tinham o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo. Em ambos os casos, o magistrado entendeu não haver argumentos suficientes para prosseguir com os processos.

O candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições do ano passado, Braga Netto, também foi livrado das acusações.

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Uma das ações havia sido aberta pelo PDT, partido do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes. A legenda apontava o suposto abuso de poder econômico por Bolsonaro, que teria camuflado gastos de campanha por meio de materiais gráficos distribuídos por um grupo chamado Casa da Pátria, no Paraná.

Gonçalves entendeu não ter sido apresentado nenhum elemento capaz de demonstrar a ligação entre o grupo e a campanha de Bolsonaro. “De se notar que os candidatos investigados, no caso em tela, foram apontados como beneficiários, sem que se descrevesse de que forma teriam atuado para coordenar, direta ou indiretamente, o suposto esquema de financiamento ilícito de campanha”, argumentou.

A outra ação havia sido aberta pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou Bolsonaro de envolvimento com disparos de mensagens em massa dias antes do primeiro turno das eleições do ano passado, provenientes de um número da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).

Nesse caso, Gonçalves frisou que o envio das mensagens foi feito por meio de acessos externos à plataforma de SMS da empresa pública paranaense, “sem participação do Governo do Paraná ou da Celepar, o que aponta no sentido de que os investigados não tiveram nenhuma participação nos fatos".

Bolsonaro e Braga Netto já foram condenados à inelegibilidade por 8 anos em outros processos julgados pelo TSE. Eles se encontram impedidos de disputar cargos até 2030. Contudo, ambos ainda respondem a outras ações que seguem em tramitação.

As decisões de Gonçalves foram os últimos atos do ministro como corregedor-geral Eleitoral. Ele encerra sua passagem de 2 anos pelo TSE nesta quinta-feira, sendo substituído na corregedoria pelo ministro Raul Araújo. Ambos têm origem no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) novamente à inelegibilidade nesta terça-feira (31). O placar foi de 5 a 2. Os ministros também impuseram multa no valor de R$ 425 mil.

Desta vez, o general Walter Braga Netto, vice na chapa, que foi poupado nos primeiros julgamentos no TSE, também foi declarado inelegível por 4 votos a 3.

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Os ministros julgaram três ações que atribuíram ao ex-presidente e ao general abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do dia 7 de setembro de 2022. A maioria considerou que Bolsonaro e seu vice usaram as cerimônias oficiais para fazer campanha e tentaram instrumentalizar as Forças Armadas para turbinar sua campanha à reeleição.

É a terceira leva de processos contra Bolsonaro julgada no Tribunal Superior Eleitoral. O ex-presidente já foi condenado e declarado inelegível por atacar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral. Bolsonaro foi absolvido em um segundo bloco de ações, sob acusação de usar o cargo para fazer campanha na eleição de 2022. Ele ainda é alvo de outros nove processos.

A nova condenação não afetará concretamente o destino político do ex-presidente. As penas, nesse caso, não se somam. Os direitos políticos do ex-presidente estão suspensos pelo período de oito anos. O prazo começa a contar a partir da última eleição.

O que dizem as ações?

As ações relacionadas ao 7 de setembro foram movidas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Bolsonaro foi acusado de usar cerimônias oficiais do bicentenário da Independência, em Brasília e no Rio de Janeiro, como palanque eleitoral.

Pela manhã, o ex-presidente concedeu entrevista à TV Brasil no Palácio da Alvorada e depois acompanhou o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios. Em seguida, participou de comício em trio elétrico custeado pelo Movimento Brasil Verde a poucos metros do evento oficial. Bolsonaro foi a pé da cerimônia para o comício.

Na parte da tarde, viajou para o Rio em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), seguiu em uma motociata até o Forte de Copacabana, onde assistiu salto de paraquedistas, salva de tiros e manobra de aviões. O ex-presidente caminhou então até um trio elétrico, custeado pelo pastor Silas Malafaia, e discursou em um palanque na orla.

Como votou cada ministro

A favor da inelegibilidade de Bolsonaro

A votação teve início com o voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral, que é o relator dos processos. Ele defendeu a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade, pelo prazo de oito anos, por usar o bicentenário da Independência para promover sua candidatura à reeleição.

"O objetivo não precisou ser explicitamente anunciado, já que foi comunicado por símbolos potentes: patriotismo, demonstração ostensiva do poder militar, defesa da liberdade", afirmou Benedito Gonçalves.

O ministro também votou pela condenação do general Walter Braga Netto. O corregedor argumentou que, pelo cargo que ocupava no governo, de ministro da Defesa, o general tomou conhecimento dos preparativos do 7 de setembro. No caso de Braga Netto, a proposta de punição do relator foi mais leve: multa de R$ 212 mil, sem inelegibilidade.

Benedito Gonçalves listou uma série de condutas que, em sua avaliação, mostram que Bolsonaro tentou explorar as comemorações cívicas na campanha. Ele argumentou, por exemplo, que o ex-presidente convocou eleitores e apoiadores para saírem às ruas na data e que organizou comícios a poucos metros dos eventos oficiais.

"A militância convocada para a celebração recebeu como derradeira missão mostrar a força da candidatura dos investigados, em uma luta do bem contra o mal", seguiu o relator. "Houve, de forma inequívoca um sequenciamento entre atos oficiais e eleitorais."

Ele também lembrou que o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, acompanhou Bolsonaro na tribuna de honra do desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios e depois no comício. O empresário não tinha cargo público e foi um dos principais cabos eleitorais do ex-presidente.

Outro ponto destacado no voto é que o governo autorizou uma comitiva de tratores do Movimento Brasil Verde, que custeou eventos da campanha bolsonarista, a participar do desfile em Brasília.

O ministro ainda destacou que as comemorações do 7 de setembro no Rio, tradicionalmente organizadas na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, foram movidas para a orla de Copacabana, reduto de manifestações bolsonaristas.

"É fato notório que a orla de Copacabana se tornou, desde as eleições de 2018, local de concentração dos apoiadores do primeiro investigado. Juntando esse fator ao patriotismo militarizado que o candidato estimulou desde então não há como negar a relevância simbólica de levar a parada militar para ponto de encontro de sua militância. A mudança, portanto, era repleta de significado", argumentou.

A favor da inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto

O ministro Floriano de Azevedo Marques argumentou que houve uma "confusão proposital" entre os eventos oficiais e de campanha. Marques, no entanto, votou para estender a inelegibilidade a Braga Netto.

"Na tentativa pictórica de demarcar a separação, com a burlesca retirada da faixa presidencial, longe de demarcar a separação, apenas se ilustra que o candidato sabia do contexto emaranhado dos dois momentos e a tentativa de forçar uma linha divisória que, na prática, nunca existiu", defendeu. "Os comícios não tiveram nada de ocasionais, foram ardilosamente convocados e combinados para fazer uso dos eventos públicos."

O ministro André Ramos Tavares, que abriu o terceiro dia de julgamento, também votou para condenar o ex-presidente e seu vice. Ele defendeu que as cerimônias oficiais serviram como "chamariz" para os eventos de campanha e que, além de Bolsonaro, Braga Netto também participou dos comícios e se beneficiou deles.

"Houve uma ação coordenada no tempo que não pode ser ignorada. Desde a concepção, já ao convocar a população por intermédio das redes sociais e outros canais de comunicação, a data comemorativa era visada em prol da campanha eleitoral", disse.

A ministra Cármen Lúcia afirmou que houve uma apropriação dos símbolos do Dia da Independência. Ela também destacou que os eventos foram planejados com antecedência e que Bolsonaro, em julho de 2022, em convenções eleitorais do PL e do Republicanos, pediu que seus apoiadores participassem das comemorações de 7 de setembro.

A ministra disse ainda que, em sua avaliação, a participação de Braga Netto não foi secundária. "A recandidatura impõe dificuldades, mas elas têm que ser superadas com a observância estrita da legislação. A República impõe respeito, exige austeridade, impõe responsabilidade e muita prudência", criticou.

O último a votar foi o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que lembrou os compromissos assumidos quando tomou posse no cargo. Na ocasião, Moraes prometeu penas duras e céleres para abusos dos candidatos nas eleições de 2022. "A Justiça pode ser cega, mas a Justiça não é tola", afirmou. "As condutas são flagrantes. Houve uma verdeira fusão entre o ato oficial e o ato eleitoral. O abuso é claro."

Contra a inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto

O ministro Raul Araújo, por sua vez, defendeu a absolvição de Bolsonaro e Braga Netto. Ele afirmou que os eventos foram autônomos e "facilmente distinguíveis". Também argumentou que a legislação eleitoral não proíbe atos de campanha em locais públicos próximo a cerimônias oficiais.

"É público e notório que a temática envolvendo os valores e princípios regentes das Forças Armadas sempre foi mote da campanha de Jair Bolsonaro, de modo que não causa estranheza a realização dos atos de campanha pelo referido investigado", disse.

O ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, manteve o ciclo de fidelidade ao ex-presidente, que o indicou para o cargo. Ele propôs multa de R$ 40 mil para Bolsonaro, sem inelegibilidade, e a absolvição de Braga Netto.

O primeiro dia de julgamento

O julgamento teve início no dia 24 de outubro. A primeira sessão foi ocupada pelas sustentações orais dos advogados, pela leitura dos relatórios - documentos que reconstituem o histórico de tramitação das ações - e pela apresentação do parecer do Ministério Público Eleitoral.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, reiterou o parecer enviado ao TSE e defendeu a condenação do ex-presidente por usar a estrutura pública para ter vantagem das eleições.

"Houve uma intencional mescla dos eventos oficiais com os particulares de campanha que os sucederam quase que imediatamente", afirmou. "Notou-se a proximidade física e cronológica dos eventos a ponto de se embaçar alguma linha divisória que tivesse sido estipulada entre eles."

Gonet argumentou que apoiadores pessoais de Bolsonaro estiveram presentes nos palanques oficiais e que a campanha do ex-presidente tentou "sensibilizar multidões de eleitores" para os atos de campanha.

Outro argumento do procurador é que o ex-presidente teria tentado passar a impressão de proximidade com as Forças Armadas, também em benefício da própria candidatura.

"A associação do candidato com o sugerido apoio das Forças Armadas se revela de sensível gravidade para a regularidade das eleições, tanto mais quando o candidato timbrava em pôr em dúvida a legalidade do sistema de votação e, notoriamente, mais do que sugeria para as Forças Armadas o exercício extravagante da tarefa de árbitro de suas queixas", afirmou.

O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto falou em nome de Bolsonaro. Ele negou que o ex-presidente tenha interferido na mudança do local das comemorações do bicentenário no Rio. Também alegou que os eventos de campanha e institucionais foram delimitados. Afirmou ainda que o uso da TV Brasil foi "fortuito" e que houve aumento nos gastos com as comemorações porque a data era simbólica, em homenagem aos 200 anos da Independência.

"Ainda que essas opiniões externadas na fase eleitoral do dia possam parecer exageradas aos olhos e aos ouvidos mais sensíveis, elas fazem parte da liberdade de expressão. A chave para a solução dessa questão está no vigoroso e disciplinado isolamento dos atos praticados ao longo daquele dia", afirmou.

O advogado Walber de Moura Agra, coordenador jurídico do PDT, falou em nome do partido e defendeu a condenação de Bolsonaro. Ele afirmou que o ex-presidente usou o dinheiro público, a estrutura do governo federal, a publicidade institucional e a TV Brasil para promover sua candidatura à reeleição.

"Nós estávamos comemorando os 200 anos da Independência do Brasil, nossa festa cívica mais importante, e essa festa foi profanada. Utilizou-se valores cívicos, militares e patrióticos para impulsionar uma candidatura presidencial", argumentou. "Esse procedimento permitiu o que? O proselitismo político."

A advogada Marilda de Souza Silveira, que representa a senadora Soraya Thronicke, foi na mesma linha e afirmou que Bolsonaro misturou o público e o privado e tentou fundir as cerimônias oficiais com os eventos de campanha.

"O que se viu foi o uso, com todo respeito, descarado da posição de chefe de Estado e estrutura dimensionada para o maior e mais importante evento cívico daquele ano com o objetivo claro de impulsionar a campanha", afirmou na tribuna. "O ex-presidente fez o que de mais grave um presidente da República pode fazer: explorar a sua atuação como chefe de Estado para fazer crer que a força do Estado lhe pertence, que o patriotismo é patrimônio seu."

Diante das informações apresentadas por Mauro Cid durante a sua delação premiada, a Polícia Federal investiga se o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, atuou como elo entre o ex-mandatário e integrantes dos acampamentos golpistas que pediam intervenção militar após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Braga Netto costumava atualizar o então presidente sobre o andamento das manifestações antidemocráticas e fazia um elo entre Bolsonaro e integrantes dos acampamentos.

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Em novembro do ano passado, uma reportagem do site Metrópoles exibiu imagens de pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, frequentando o local onde funcionou o comitê de campanha do ex-presidente. Na ocasião, o ex-ministro da Defesa dava expediente no local. Dias após os registros, Braga Netto saiu para cumprimentar e tirar fotos com os manifestantes bolsonaristas em frente à residência oficial após visitar o ex-presidente. Ele pediu aos apoiadores para “não perderem a fé”.

As falas de Braga Netto foram interpretadas por grupos bolsonaristas como um pedido para que as barracas em frente aos quartéis não fossem desmontadas e que os manifestantes continuassem a atacar os resultados das urnas.

Para checar o relato de Cid, a PF está mapeando todas as reuniões realizadas entre Bolsonaro, o acusado e integrantes das Forças Armadas no fim do ano passado. A maioria desses encontros ocorreu no Palácio da Alvorada, onde o ex-mandatário ficou recluso depois da derrota para Lula nas eleições.

 

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro de 2023, deputado Arthur Maia (foto) (União-BA), foi questionado - no início da sessão desta terça-feira (3) - por ter desmarcado o depoimento de Braga Netto previsto para esta quinta-feira (5). Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, sendo candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.  

Sem responder o motivo da mudança, Arthur Maia decidiu - de última hora - colocar em votação a convocação de Sandro Augusto Sales Queiroz, então Comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O requerimento acabou derrotado por 14 votos contra 10. 

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A convocação desse representante da Força Nacional é uma demanda da oposição na CPMI, que defende a tese de que o Ministério da Justiça se omitiu no dia 8 de janeiro, quando houve atentados contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os deputados da base governista alegam que essa estratégia pretende desviar o foco das investigações.  

O deputado Duarte Junior (PSB-MA) questionou a convocação do policial militar Sandro argumentando que há provas de que ele não estava de plantão no dia 8 de janeiro, sendo selecionado apenas porque teria relações com políticos bolsonaristas.  

“Vossa Excelência fez um acordo em que os requerimentos só seriam pautados se houvesse acordo entre as partas; [para] esse requerimento não há acordo, há ampla divergência. E é um requerimento que está sendo convidado a comparecer quem lá não estava. E está claramente comprovado o seu pensamento e sua ideologia (do policial Sandro) e a tentativa de tirar a credibilidade dessa investigação”, defendeu Duarte.  

Provocação

O presidente da CPMI respondeu que está reagindo à provocação da base governista. “Eu não posso chegar aqui e ver alguns deputados do governo jogar pra cima de mim uma responsabilidade que eu não tenho. Então, eu não gostaria de estar colocando esse requerimento em votação, mas estou sendo obrigado a fazê-lo em defesa do meu nome e em defesa dessa CPMI”, disse Maia. Ele acrescentou que a votação é para “proteger o direito da minoria”, pois não poderia apenas votar depoimentos de interesse da maioria.  

A decisão de Maia foi comemorada pela oposição. O senador Esperidião Amim (PP-SC) disse que esse era o momento “mais eloquente dessa CPMI”. “O fato de ter um contingente (da Força Nacional) no pátio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ele não ser convidado a esclarecer é uma vergonha. Então, Vossa Excelência está nos poupando dessa vergonha”, argumentou Amim.  

Em requerimento enviado à CPMI em agosto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alegou que só poderia utilizar a Força Nacional na Esplanada dos Ministérios com autorização do Governo do Distrito Federal (GDF), que não havia se manifestado até o momento da invasão.

Braga Netto

A decisão de pautar um requerimento de interesse da oposição ocorreu após o deputado Rogério Correia (PT-MG) perguntar ao presidente da CPMI porque ele desmarcou o depoimento de Braga Netto, uma vez o parlamentar acredita que há indícios da participação dele nos atos golpistas.  

No lugar do ex-ministro de Bolsonaro, Maia marcou a oitiva do subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal, Beroaldo José de Freitas Júnior, promovido por “atos de bravura” após tentar impedir a invasão das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.  

Maia disse que o tempo da CPMI é curto e que o depoimento de Netto seria uma “conveniência política” do deputado Rogério Correia. O presidente da CPMI marcou para esta quarta-feira (4) uma reunião com a comissão para tentar chegar a um acordo para finalizar a CPMI. O relatório final está marcado para ser apresentado no dia 17 de outubro.  

A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), em entrevista à TV Senado antes da sessão, defendeu o depoimento de Braga Netto e dos comandantes das três Forças Armadas do governo anterior. Ainda que não sejam realizados esses depoimentos, Eliziane garantiu que há elementos para finalizar o relatório da CPMI.

A CPI Mista do 8 de janeiro vai ouvir, nesta terça-feira (19), o ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, Osmar Crivelatti. Ele era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo.

Inicialmente, estava prevista para amanhã a oitiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, mas o depoimento foi adiado.

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A convocação atende a requerimentos apresentados por diversos parlamentares. "Como se sabe, a Ajudância de Ordens, comandada pelo tenente-coronel
Mauro Cid, teve papel central na tentativa de deslegitimação dos resultados das
eleições", afirma o senador Rogério Carvalho (PT-SE) no documento em que pede a convocação de Crivelatti.

Crivelatti estaria envolvido na tentativa de venda de joia recebida por Jair Bolsonaro em viagem oficial à Arábia Saudita.

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), presidente da CPMI do 8 de Janeiro, antecipou que a comissão deverá ouvir na próxima terça-feira (19) o depoimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

A convocação de Braga Netto foi aprovada em junho. Parlamentares da base do governo acusam o general de liderar articulações para interditar o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Braga Netto foi candidato a vice-presidente da República no pleito, na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), autora de um dos requerimentos que embasam a convocação, afirmou que os atos de 8 de janeiro são a culminação de vários episódios em que membros do governo Bolsonaro se colocaram contra a ordem legal e democrática. Para ela, o general precisa esclarecer “seu envolvimento direto ou indireto” com esses fatos.

A CPMI já emitiu dois ofícios confirmando a convocação de Braga Netto para depor na próxima terça. Um dos ofícios foi encaminhado ao próprio general e assegura a ele o direito de não responder a perguntas “para evitar a autoincriminação”. O segundo ofício foi enviado ao comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, pedindo auxílio para o cumprimento “com urgência” da convocação.

Força Nacional

Maia concedeu entrevista coletiva logo antes do retorno da CPMI para a segunda parte da sua reunião desta quinta-feira (14). O presidente também afirmou que a comissão só vai aprovar novos depoimentos se incluir entre eles o comando da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).

A oitiva é uma reivindicação da oposição, que acusa o governo federal de desmobilizar a Força Nacional no dia 8 de janeiro, apesar de saber do risco de atos golpistas contra os prédios dos três poderes. O governo argumenta que a Força Nacional só poderia ser acionada a pedido do governo do Distrito Federal, o que não aconteceu.

— Se não houver um acordo para chamar o comandante da Força Nacional, não tem porque fazer novos requerimentos. Já tivemos a oitiva de várias pessoas do Exército, de representantes da Polícia Militar do Distrito Federal. Qual era a outra força de segurança que estava presente? E por que até agora esse pessoal não pôde vir? É inadmissível. Só acontecerá mais uma sessão deliberativa na CPMI se houver acordo.  Para Maia, as comissões de inquérito são instrumentos de atuação da minoria parlamentar e, por isso, os pedidos da oposição devem ser atendidos. Ele afirmou que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, estão trabalhando por um acordo nesse sentido.

Militares

A CPMI ouviu nesta quinta o depoimento do general Gustavo Henrique Dutra, ex-comandante do Comando Militar do Planalto. Ele foi questionado sobre o seu papel na manutenção do acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília (DF), que serviu como ponto de partida para os atos de 8 de janeiro.

A jornalistas, Arthur Maia comentou sobre a eventual participação dos militares na mobilização golpista. Ele disse que permitir a continuidade dos acampamentos foi um erro, mas que o Exército, em última instância, agiu para preservar a democracia. 

— O Exército foi quem garantiu que não houvesse nenhum problema com a posse do presidente Lula, nem qualquer outro desdobramento antidemocrático. As principais lideranças das Forças Armadas disseram “não” ao golpe. Não posso deixar de reconhecer que foi um absurdo admitir aqueles acampamentos. É muito difícil fazermos essa avaliação de quem [dentro do Exército] queria e quem não queria [um golpe]. O importante foi o resultado.

O Exército brasileiro se manteve fiel à Constituição do país e não se deixou encantar pela proposta absurda de um golpe militar.  Policial Outro depoimento que deve acontecer na semana que vem é o do subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele participou da defesa do prédio do Congresso Nacional e foi agredido por invasores. Será o segundo depoimento de um policial que esteve em campo na data. A cabo Marcela Pinno foi ouvida na última terça-feira (12). 

Prorrogação

Arthur Maia também opinou contra a prorrogação dos trabalhos da CPMI, argumentando que ela já foi instalada com um prazo estendido (seis meses). Segundo ele, esta é a duração usual das comissões de inquérito após serem prorrogadas.

*Da Agência Senado

O advogado Tarcísio Vieira Carvalho, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro em ação contra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que a acusação contra o general Braga Netto é uma "injustiça ainda maior". Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

"A acusação não se preocupou em produzir uma linha (contra Braga Netto)", afirmou Carvalho. Ele sustentou que "não faz nenhum sentido" declarar a inelegibilidade do candidato a vice quando a acusação é "personalíssima" em relação a Bolsonaro.

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A absolvição de Braga Netto já foi defendida quando o procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, lia seu parecer pouco depois das 12h desta quinta-feira (22).

A defesa de Bolsonaro afirmou também que o ex-presidente adotou "silêncio sepulcral e prolongado" após as eleições de 2022, que deram vitória ao agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma "prova cabal da aceitação do resultado eleitoral". Na avaliação do advogado, isso mostra a desvinculação de Bolsonaro com os atos golpistas de 8 de janeiro.

O general da reserva Walter Braga Netto falou pela primeira vez, nesta sexta-feira (16), como pré-candidato do PL à prefeitura do Rio. Em um vídeo, o vice do ex-presidente Jair Bolsonaro na chapa derrotada na eleição do ano passado diz que conta com todos aqueles que acreditam nas pautas sobre "Deus, pátria, família" para a disputa.

"Aqueles que acreditam nas pautas que nós defendemos, Deus, pátria, família, liberdade, unam-se a nós. Economia liberal, essa é a nossa pauta, contamos com todos", diz Braga Netto.

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Como mostrou o Estadão, Braga Netto lidera a corrida interna no PL para a disputa do ano que vem contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tentará o seu quarto mandato. Após barrar o filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL), na disputa, Bolsonaro costura a candidatura de seu vice para agradar ao seu eleitorado tradicional na cidade e evitar um racha do grupo político.

Além da chancela de Bolsonaro, Braga Netto conta com o apoio do deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ), um aliado próximo de Flávio. Lopes busca apoio para se consolidar como um candidato a vice em uma eventual "chapa puro sangue". "Sexta-feira, 16 de junho de 2023, é o início da mudança do Rio de Janeiro", diz o deputado.

O próximo passo da dupla para dar tração à candidatura será um encontro com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em Brasília, na próxima semana. Além de Braga Netto, o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o senador Carlos Portinho trabalham pela indicação.

Braga Netto foi um dos poucos oficias militares da reserva que passaram pelo governo Bolsonaro sem perder a confiança do então presidente e seus filhos. Em novembro passado, após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, Braga Netto demonstrou simpatia pelo movimento que preparava um golpe. "Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar pra vocês agora", disse o militar a simpatizantes que defendiam, na portaria do Palácio da Alvorada, uma intervenção militar. Quase dois meses depois, apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília.

‘Cumpridor de ordens’

 

Braga Netto sempre foi considerado um "cumpridor de ordens". Ele atuou como ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro em 2020 e da Defesa em 2021. Na pasta da Defesa, não hesitou em defender a bandeira mais polêmica do chefe. O Estadão revelou que, em julho de 2021, ele mandou um interlocutor dizer ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em tom de ameaça, que só haveria eleições presidenciais no ano seguinte se tivesse voto impresso. Ainda como titular da pasta, Braga Netto publicou uma ordem do dia celebrando o golpe de Estado de 31 de março de 1964, que culminou na ditadura militar.

A carreira política de Braga Netto começou em 2018, quando chefiou a intervenção federal no Rio durante o mandato do então presidente Michel Temer. Mineiro de Belo Horizonte, ele entrou no Exército em 1974. Foi responsável pela segurança dos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016, pouco antes de ser nomeado chefe do Comando Militar do Leste, com sede no Rio.

Além de apresentar o plano de trabalho sobre as investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe nesta terça-feira (6), a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), anexou ao documento 62 requerimentos, dentre eles pedidos para ouvir testemunhas e solicitação de informações a órgãos públicos responsáveis pela segurança ou pela investigação sobre os atos de 8 de janeiro.

Todos os requerimentos precisam ser aprovados pela maioria da CPMI. A votação dos requerimentos foi marcada para a próxima terça-feira, dia 13 de junho.

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Entre os pedidos, está a solicitação para ouvir, como testemunha, o ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, general do Exército Walter Braga Netto. Segundo o requerimento, “Walter Braga Netto poderá trazer informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos”.

A relatora quer ouvir também Anderson Torres. Ele foi ministro da Justiça de Bolsonaro e, no dia da invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, era o titular da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).  Outra testemunha listada é o então ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid.

“Suas manifestações em diálogos já divulgados sugerem eventual envolvimento em escala até maior do que a inicialmente apontada”, indica o pedido da relatora.  Outros requerimentos pedem a inquirição como testemunhas do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno; e do então chefe do GSI durante no dia 8 de janeiro, Marco Edson Gonçalves Dias, já nomeado pelo atual governo.

Outros nomes apontados como fundamentais pela relatora são o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli.

A relatora Eliziane Gama solicita, ao todo, a oitiva de 32 pessoas. Entre elas, há empresários investigados por financiar os atos golpistas, agentes públicos da Polícia Militar e da Polícia Civil do Distrito Federal, do Comando Militar do Planalto, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal, além dos presos acusados pela tentativa de colocar uma bomba próxima ao Aeroporto de Brasília.

Fora os requerimentos apresentados pela relatora, outros 230 pedidos de oitivas e informações estavam na pauta da CPMI apresentados pelos integrantes da comissão. Todos eles devem ser analisados na próxima semana.

Sigilo de relatórios Entre os requerimentos apresentados pela relatora está o pedido para que os relatórios de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sejam reclassificados de sigilosos para públicos.

É pedida a reclassificação de todos os relatórios “desde dezembro de 2022, que contenham os alertas e as análises dos riscos relacionados às invasões e às depredações de prédios públicos”. Segundo a senadora, “após a imprensa noticiar que há suspeitas de adulterações e de omissão de informações relevantes nos relatórios (...) encaminhados ao Congresso Nacional pelo ex-ministro chefe do SGI, Gonçalves Dias, torna-se ainda mais patente a necessidade de serem tornados públicos os documentos”.

Eliziane Gama pede ainda informações sobre os atos golpistas a diferentes instâncias, entre elas, a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que tem investigado os atos golpistas e a Polícia Militar do DF, incluindo os inquéritos da PMDF para apurar a conduta e omissões dos comandantes e demais agentes no dia da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes e os dados sobre o total de tropas mobilizadas na Esplanada naquele dia.

Após barrar o filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL), na disputa pela Prefeitura do Rio, o ex-presidente Jair Bolsonaro costura uma candidatura de seu vice na chapa derrotada nas eleições do ano passado à sucessão municipal de 2024. O general Walter Braga Netto é a aposta de Bolsonaro para agradar seu eleitorado tradicional na cidade e evitar um racha do grupo político.

Pesquisas internas do PL indicavam que Flávio teria dificuldades em vencer o prefeito e eventual candidato à reeleição Eduardo Paes (PSD), que busca o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de Jair Bolsonaro de tirar o filho do processo sucessório municipal levou em conta, ainda, o impacto das denúncias de corrupção envolvendo a família. No entanto, as escolhas do ex-presidente têm incomodado o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

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Com a saída do senador do jogo, reacendeu a disputa interna no diretório do PL fluminense pela indicação de um novo candidato. Além de Braga Netto, o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o senador Carlos Portinho e os deputados estaduais Márcio Gualberto e Alan Lopes trabalham pela indicação ou pelo posto de vice, em caso de composição com outros partidos.

O general foi um dos poucos oficias militares da reserva que passaram pelo governo Bolsonaro sem perder a confiança do então presidente e seus filhos. Em novembro passado, após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, Braga Netto demonstrou simpatia pelo movimento que preparava um golpe. "Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar pra vocês agora", disse o militar a simpatizantes que defendiam, na portaria do Palácio da Alvorada, uma intervenção militar. Quase dois meses depois, apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes.

ALIANÇAS

O ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda o fim das negociações do diretório carioca do PL com os demais partidos de centro-direita para a disputa municipal. Correndo por fora, o senador Carlos Portinho tenta forjar uma aliança com partidos como Progressistas, Republicanos e União Brasil. Para pavimentar uma pré-candidatura, ele busca um entendimento com o deputado federal Dr. Luizinho (PP).

O parlamentar do Progressistas, por sua vez, tem o apoio do governador Cláudio Castro (PL), que defende uma ampla coligação para vencer Paes. "O presidente Bolsonaro é o grande articulador das eleições de 2024, que é o campo preparatório para as eleições de 2026", afirma Portinho. "O general Braga Netto é o grande estrategista das ações do PL, não só no Rio como em todo o país", disse.

Um dos integrantes do PL que mais se empenharam na candidatura de Flávio Bolsonaro, o deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ) passou a defender a escolha de Braga Netto após o senador deixar a disputa. "Minha missão é lutar para expulsar os corruptos ditadores do Rio".

Eduardo Pazuello e o deputado estadual Márcio Gualberto também brigam como alternativas para assumir uma vaga de vice-prefeito, caso o partido decida apoiar outra legenda. O ex-ministro da Saúde e Gualberto pretendem participar de seminários e encontros para discutir o tema da segurança pública.

A opção Pazuello, contudo, esbarra no presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente tem dito à interlocutores que lançar o militar é entregar a eleição para o prefeito Eduardo Paes (PSD), uma vez que Pazuello era ministro da Saúde na pandemia da covid-19, quando Bolsonaro adotou o negacionismo como resposta à crise.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro da Defesa e candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, afirmou nesta quinta-feira, 17, que o presidente já se recuperou de uma infecção e deve voltar em breve a despachar do Palácio do Planalto, mas sem indicar uma data. Desde o resultado das eleições, em 30 de outubro, o chefe do Executivo fez poucas aparições públicas e reduziu drasticamente as publicações em suas redes sociais.

"Deve voltar logo. Ele já se recuperou da infecção, está tudo bem", disse ao ser questionado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada. Braga Netto parou o carro para cumprimentar apoiadores que estavam no local.

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Nos últimos dias, Bolsonaro teve uma agenda oficial enxuta e recebeu alguns ministros e aliados no Alvorada. Desde o resultado das eleições, o chefe do Executivo fez apenas um pronunciamento e publicou um vídeo nas redes sociais para pedir que manifestantes desbloqueassem as rodovias. Em 3 de novembro, esteve rapidamente no Palácio do Planalto, quando se encontrou com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. As tradicionais lives semanais às quintas também não estão sendo feitas.

Na reserva do Exército e em campanha eleitoral como vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) atuou para reverter decisão do Exército que proibia o chamado tiro recreativo e prejudicava interesses do eleitorado armamentista, em que há significativo apoio à reeleição de Bolsonaro. Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa, atendeu ao pedido de um deputado governista incomodado com uma ação do Exército contra os atiradores.

A ação sobre assuntos do governo pelo vice na chapa de Bolsonaro foi exposta por representantes dos colecionadores de armas, atiradores profissionais e caçadores (CACs). Um deles postou em rede social uma conversa entre Braga Netto e o deputado Pedro Lupion (Progressistas-PR).

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O parlamentar procurou o general às 12h do dia 2 de setembro para reclamar da ação do Exército que proibia o tiro recreativo. Três horas depois, Braga Netto o informa que a decisão foi revertida. "Lupion, resolvido. Estão corrigindo", escreveu Braga Netto, pelo WhatsApp, às 15h.

A polêmica começou um dia antes, quando o site do Setor de Fiscalização de Produtos Controlados da 2.ª Região Militar, que abrange instalações do Estado de São Paulo, avisou que estava proibida a prática de tiro por pessoas não registradas no Exército. A medida foi baseada em liminar da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O comunicado dos militares provocou reação imediata dos CACs. Lupion foi acionado por um dos representantes da categoria. Candidato à reeleição e apoiado pelo Movimento Proarmas, o deputado pediu ajuda a Braga Netto. O resultado do lobby a favor dos atiradores foi registrado num print de conversa via Whatsapp que Lupion repassou a um representante dos CACs, César Mello (Progressivas-PR), candidato a deputado estadual. A imagem, porém, foi apagada logo em seguida.

Questionado sobre a mensagem a Lupion, Braga Netto negou ter exercido qualquer influência. Por meio da assessoria, disse ao Estadão/Broadcast que a própria Força identificou a "inconsistência" no ato publicado e ele "apenas repassou a informação para o deputado". O comunicado do Exército sobre a proibição da prática de tiro recreativo foi excluído.

Lupion, por sua vez, confirmou ter levado o pleito ao ex-ministro para que o general resolvesse a demanda. "Eu pedi ajuda para o ministro Braga Netto, que poderia falar com o comandante do Exército para que essa interpretação não prosperasse. Seria o fim dos clubes de tiro do País", disse, antes de prosseguir: "Essa interpretação foi revista. Não existe em lei a proibição de frequência em clubes".

Quando questionado sobre o fato de ter pedido a outro candidato, durante a campanha, para tentar interferir em uma decisão institucional do Exército, Lupion disse não ver problema em "apresentar uma demanda a um militar", de algo que julgou "equivocado".

ALVO

O tiro recreativo é um serviço oferecido a quem não tem porte de arma e não é CAC. Acompanhado por um instrutor, é possível atirar contra um alvo em um ambiente controlado. Cabe ao Exército a fiscalização dos chamados produtos controlados, como armas e munições, e a fiscalização em clubes de tiro.

Procurada, a Força evitou responder aos questionamentos do Estadão/Broadcast. Disse apenas que "não é atribuição do Exército o registro de praticantes e/ou a fiscalização do chamado tiro recreativo ou tiro de natureza recreativa".

Em transmissão ao vivo nesta segunda-feira, 5, o líder do Movimento Proarmas, Marcos Pollon, candidato a deputado federal pelo PL de Mato Grosso do Sul, comparou o caso do tiro recreativo à decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de suspender decretos de Bolsonaro que facilitam o acesso a armas. "Nós já estamos conversando com as pessoas que podem resolver o problema. Assim como a questão do tiro lúdico foi resolvida sem fazer alarde."

Em reação a Fachin, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) convocou os CACs a entrarem na campanha do seu pai. "Você comprou arma legal? Tem algum clube de tiro ou frequenta? Então você tem que se transformar num voluntário de Bolsonaro", postou.

César Mello, que publicou o diálogo do deputado com o general nas redes sociais, chamou de criminosos os militares que autorizaram a publicação do comunicado vetando o tiro recreativo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), general Braga Netto, fez um ato de "adesivaço" nesta sexta-feira (2) em Brasília. Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-ministro da Defesa aparece colando adesivos em carros de apoiadores na Torre de TV, ponto turístico que fica na região central da capital federal, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente. O evento, no entanto, não atraiu uma claque para ver o general.

Escolhido com vice na campanha de reeleição do atual presidente, Braga Netto adotou uma campanha separada de Jair Bolsonaro para pedir votos. No mês passado, ele começou a corrida em Minas Gerais, um dos Estados estratégicos para os bolsonaristas e onde aliados acreditam que é possível diminuir a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de voto.

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Antes ausente das redes sociais, o candidato a vice-presidente começou a atuar no Twitter em agosto, junto com o período de início da campanha oficial. Até o momento, ele acumula 120,1 mil seguidores. Além da vaga de vice, o general da reserva está na coordenação de campanha de Bolsonaro à reeleição.

Nas imagens do "adesivaço" que Braga Netto divulgou, é possível ver a equipe de campanha coletando imagens e depoimentos de apoiadores com câmeras e microfones. Até o momento, ele não protagonizou as propagandas na TV e nas redes sociais, papel que tem sido assumido pelo próprio presidente e pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Cláudia Bucchianeri, determinou na última quinta-feira (1º), o ajuste da proporção dos nomes do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL) e do vice Braga Netto em vídeos da propaganda eleitoral gratuita na TV.

O tamanho do nome de Braga Netto nos vídeos, de acordo com a magistrada, corresponde a 25% do nome de Bolsonaro - abaixo do mínimo fixado na legislação, que é de 30%. O pedido de liminar, feito pela coligação que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, alegava que essa proporção seria de 10%.

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Bucchianeri atendeu parcialmente ao pedido da coligação do PT. Determinou apenas o ajuste dos vídeos, e não a suspensão das propagandas, como foi solicitado.

O PDT ingressou nesta sexta-feira, 19, com pedido de investigação e inelegibilidade da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição e de seu vice Braga Neto. No pedido, o partido que tem Ciro Gomes como candidato, sustenta que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral em reunião com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho, e cometeu abuso de poder pelo fato de a reunião ter sido veiculada em meio de comunicações oficiais.

Na peça, advogados do PDT alegam que a tônica do encontro de Bolsonaro com os embaixadores foi a de "reerguer protótipos profanadores" da integridade do processo eleitoral e das instituições da República, especificamente o TSE e ministros. "O senhor Jair Messias Bolsonaro criou uma ambiência propícia para a propagação de toda sorte de desordem informacional ao asseverar, por diversas vezes, que o sistema eletrônico de votação é receptivo a fraudes e invasões que, sob a ótica do delírio presidencial, podem comprometer a fidedignidade do resultado dos pleitos", informam.

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"É inegável que o senhor Jair Messias Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral, de modo que há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news, o que consubstancia-se em um fato de extrema gravidade, apto a ser apurado na ambiência desta Ação de Investigação Judicial Eleitoral", completam.

Além da inelegibilidade dos investigados citados na ação, o PDT pede a cassação do registro ou do diploma, pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e que seja determinado às redes sociais que "promovam a imediata retirada da postagem objeto" da ação.

Nome já anunciado como vice na chapa à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto foi escalado para a função de coordenador operacional da futura campanha do presidente. Braga Netto foi convocado para a tarefa pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que formam o núcleo duro da campanha governista.

As mudanças na estrutura concebidas por Valdemar e Flávio decorrem da avaliação que havia um vácuo na interlocução entre a comunicação da campanha e o Palácio do Planalto.

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O ex-secretário Especial de Comunicação Social (Secom) do Ministério das Comunicações Fabio Wajngarten também foi incorporado ao grupo para ajudar a unificar a narrativa oficial, abrir pontes com a imprensa e destravar gargalos operacionais, segundo apurou a reportagem com integrantes do núcleo duro da campanha.

Pelo modelo em vigor, a rotina do núcleo central da campanha é tocada por Valdemar, Flávio, José Trabulo - nome indicado por Ciro Nogueira do Progressistas - Wajngarten, Braga Netto e o marqueteiro do PL, Duda Lima. O vereador Carlos Bolsonaro cuida das redes sociais do presidente e opera na base ideológica do bolsonarismo.

Publicitário

O núcleo de Carlos, porém, atua de forma independente e às vezes se choca com a máquina oficial. Ligado a família Bolsonaro, o publicitário Sergio Lima será a ponte com Carlos Bolsonaro nas estratégias digitais.

Com a chegada de Braga Netto, o conselho de comunicação liderado por Flávio Bolsonaro ganhou força e acesso direto ao presidente. É nessa frente que são formatadas as estratégias e narrativas do presidente, como a decisão de pressionar os governadores a baixar o ICMS dos combustíveis.

A chefia da campanha está agora reunindo números e estatísticas sobre inflação e a pobreza no mundo para comparar com a realidade brasileira.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que o seu candidato a vice-presidente da República será o general Walter Braga Netto, que foi exonerado nesta sexta-feira (1º), do cargo de Assessor da Presidência da República. Cientista político avalia que essa escolha não traz um fato novo para o atual chefe do Executivo e agrada apenas a bolha bolsonarista.

O centrão juntamente com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, até tentaram convencer o mandatário a escolher alguém da ala, cogitaram, inclusive, o nome da ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina (Progressistas) para vice, mas o chefe do Executivo já está decidido e Braga Netto é quem deve aparecer ao seu lado nas urnas deste ano.

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Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Caio Souza aponta que a escolha do general pode ser boa, do ponto de vista da coerência do discurso de Jair Bolsonaro. Mas, ao mesmo tempo, pode ser ruim porque ele não atrai novos setores da política e da própria sociedade, por não existir um fato novo. Lembra-se que em 2018, na tentativa de agradar os bolsonaristas e, principalmente, os militares, o também general Hamilton Mourão (Republicanos) foi o nome escolhido na época.

Neste ano, repete-se o gesto do presidente da República para tentar manter os seus fiéis apoiadores. "Braga Netto mantém o eleitorado militar e atrai integrantes desse público que possivelmente não estariam tão felizes ou que teriam algum receio com a candidatura de Bolsonaro. No entanto, ele não agrega com o eleitorado que está indeciso e que está na oposição, porque ele é uma repetição da própria figura do Hamilton Mourão, só que com mais alinhamento ao presidente", destaca o especialista.

Caio também avalia que, temendo um processo de impeachment, Bolsonaro acredita que a figura de um militar como vice pode representar uma espécie de "seguro" contra o afastamento. "O que aprendemos nos últimos anos é que a figura do vice opositor ao presidente pode ser um problema. A gente viu isso com a ex-presidente Dilma (PT), onde claramente sofreu sérios problemas com o seu ex-vice que se tornou presidente e um dos grandes articuladores do seu impeachment". 

O estudioso salienta que Bolsonaro também não está à margem de sofrer um pedido de impeachment, então ele estar com alguém mais alinhado com o seu posicionamento diminui a possibilidade da traição, como aconteceu com a ex-chefe do Executivo nacional petista que teve o seu afastamento mobilizado por Michel Temer (MDB) e os partidos do centrão.

Mulher como vice

Um dos motivos para que o nome da Teresa Cristina, e até da ex-ministra Damares Alves (Republicanos), fossem ventilados para compor chapa com o mandatário nacional, era na tentativa de “limpar” a imagem de Jair Bolsonaro perante esse público. A pesquisa Genial/Quaest divulgada no início de junho, mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o preferido do público feminino com 50% das entrevistadas afirmando que votarão no petista. Apenas 22% deste segmento declarou voto ao atual presidente da República. 

Na avaliação de políticos do centrão, ter uma mulher integrando a majoritária com Bolsonaro poderia atrair novos votos deste público. O cientista político Caio Souza discorda dessa avaliação.

“Uma mulher como vice do Bolsonaro não traria uma melhoria na imagem do presidente porque também não é uma preocupação dele. Acho que ele se preocupa em manter coerência em cima do que acredita ser certo falar, ou não. Se colocar alguém como uma figura que traga algo oposto, isso pode ser ruim para que ele persevere. Então, não acho que seria uma boa estratégia dele colocar uma mulher para ser a sua vice”, assevera.

Mas a mulher é uma preocupação do governo, afinal, é voto. Para dar uma atenuada nos discursos e ações machistas do mandatário, a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi escalada pelo Palácio do Planalto. Em junho, Michelle se filiou ao PL para ser autorizada legalmente a participar dos programas partidários da sigla ao qual o seu marido vai disputar a reeleição, mas ela não chegou a gravar as peças dentro do período necessário. Isso não quer dizer que ela não deva aparecer ao lado do presidente na televisão e em suas andanças pelo Brasil atrás de voto a partir do mês de agosto.

A escolha do general Walter Braga Netto como vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição contrariou o Centrão, grupo de partidos que apoia o governo e defendia o nome da deputada Tereza Cristina (Progressistas-MS) para a dobradinha. A avaliação de dirigentes do bloco e até da equipe de comunicação da campanha é a de que Braga Netto não atrai votos e reforça o perfil militar da chapa, quando o presidente precisaria de apoio no espectro de centro.

Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No diagnóstico do comando da campanha, ele precisa de um "fato novo" e de impacto. Nos últimos dias, porém, o governo tem enfrentado mais desgastes, após desdobramentos das investigações sobre o gabinete paralelo instalado no Ministério da Educação, com suspeitas de cobrança de propina por pastores para liberar verbas a prefeituras.

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Dirigentes do Centrão queriam que o presidente convidasse Tereza sob o argumento de que ela ajudaria a conquistar o voto das mulheres - eleitorado considerado avesso a Bolsonaro - e a consolidar o apoio do agronegócio. O presidente, porém, acha que um militar representa uma espécie de "seguro" contra um possível impeachment. Ex-ministra da Agricultura, Tereza vai disputar o Senado por Mato Grosso do Sul.

"Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice", afirmou Bolsonaro, na noite de anteontem, em entrevista ao programa 4 por 4, veiculado no YouTube. Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, o general deixou o cargo em março e, logo depois, se filiou ao PL, mesmo partido de Bolsonaro. Mas o próprio presidente do PL, Valdemar Costa Neto, era um dos principais defensores de Tereza Cristina.

'Livre-arbítrio'

A forma escolhida por Bolsonaro para confirmar Braga Netto na chapa - durante uma entrevista - também foi considerada por aliados uma descortesia com o atual vice, Hamilton Mourão. "Não me sinto chateado. O presidente tem o livre-arbítrio de escolher quem ele acha mais apropriado. Braga Netto vai agregar aquilo que ele acha que necessita", disse o general, que se filiou ao Republicanos e deve concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

A deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB-SP) disse que Bolsonaro deveria "repensar" a decisão. "Precisamos caminhar para o centro", afirmou ela no Twitter. "Trocar os generais só endurece mais a imagem do presidente. Eu não sei o que Braga Netto pensa. Ele precisa se expor mais. Todo vice pode virar titular."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai disputar as eleições em outubro com uma chapa puro sangue. Isso porque ele afirmou, em entrevista na noite desse domingo (26), que pretende anunciar nos próximos dias o nome do general Walter Braga Netto como seu vice. O ex-ministro da Casa Civil também é filiado ao PL. O atual vice-presidente, gerenal Hamilton Mourão, vai concorrer ao Senado. 

“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice. Temos outros excelentes nomes, como o da Tereza Cristina. O general Heleno [Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência] quase foi meu vice lá atrás. (…) Vice é só um. Gostaria que pudesse indicar dez, daí não teria problemas”, afirmou.

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Para justificar a escolha, Bolsonaro listou qualidades de Braga Netto. “Foi interventor por um ano aproximadamente no Rio de Janeiro, veio para o nosso governo, pegou a difícil missão da Casa Civil durante a pandemia, foi para o Ministério da Defesa e se desincompatibilizou para poder ficar livre aí para disputar um cargo eletivo”, disse.

O mandatário que concorrerá à reeleição pontuou ainda sua admiração pelo seu vice na chapa. "Eu admiro Braga Netto. É uma pessoa que vai, caso a gente consiga a reeleição, ajudar muito o Brasil aqui nos próximos anos. Eu agradeço a Braga Netto por ter aceitado o convite", declarou.

Logo após a entrevista, Bolsonaro usou sua conta no Twitter para publicar uma foto ao lado do ex-ministro.

Após reiterados acenos de que escolhera o general Braga Netto (PL) para sua chapa à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) ainda é "cotadíssima" para assumir o posto. "Não está batido martelo sobre Tereza Cristina, nem sobre Braga Netto", declarou em entrevista a um canal no YouTube.

"Eu nem falei que é Braga Netto meu vice, como é que vou trocar? Vou trocar de esposa se nem casei ainda?", acrescentou. Bolsonaro disse, reiteradamente, que seu candidato a vice era mineiro como Braga Netto, ao contrário de Tereza Cristina, que é sul-mato-grossense.

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O Broadcast Político já havia informado em fevereiro que o Centrão tem preferência por Tereza Cristina para a vice como forma de ampliar a aderência de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino, segmento em que enfrenta rejeição. Mas o presidente, como mostrou a reportagem, prefere Braga Netto como um "seguro impeachment" em eventual novo mandato. Em maio, o Broadcast Político Report trouxe a informação de que o nome de Tereza, porém, seguia cotado. A articulação pela ex-ministra ganhou força nesta semana com o chefe do Executivo em dificuldades nas pesquisas de intenção de voto.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a ex-ministra, pré-candidata a senadora por Mato Grosso do Sul, além de "cotadísima" é "excelente pessoa". "Mato Grosso do Sul está muito bem servido com Tereza Cristina para o Senado. Tereza Cristina é nome excepcional tanto para Senado, como para ser vice, com seu poder de articulação", declarou. Ele também chamou Braga Netto, no entanto, de "cotadíssimo" para ser vice. "O vice está praticamente acertado, mas não revelei para ninguém ainda", voltou a dizer, em mais um sinal trocado sobre sua decisão.

Bolsonaro também fez novas críticas a seu atual vice, Hamilton Mourão (Republicanos), durante a entrevista. De acordo com o presidente, a chapa nas eleições de 2018 foi escolhida "a toque de caixa". "Em 2018, a escolha de vice foi corrida, não deu tempo", afirmou o presidente sobre Mourão, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

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