Randolfe diz que Paulo Guedes 'lucrou com a fome do povo'

O senador disse que pretende apresentar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal contra o ministro da Economia

seg, 04/10/2021 - 12:36
Edilson Rodrigues/Agência Senado Randolfe Rodrigues na CPI da Covid Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (4), para afirmar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "lucrou" com a fome dos brasileiros. A afirmativa de Randolfe acontece após a revelação feita pela Pandora Papers, apontando que Paulo Guedes mantém uma offshore no exterior. Além dele, diversos empresários brasileiros compõem a listagem. 

"Paulo Guedes lucrou com a FOME e a MISÉRIA do povo brasileiro!", escreveu Randolfe, listando o aumento do gás de cozinha, da gasolina e da carne. 

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Randolfe afirmou também que pretende convocar o ministro para esclarecimentos e apresentar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal. "Para o povo, a alta do dólar representa tudo mais caro. Para Paulo Guedes, representa lucro milionário de sua empresa no exterior. Iremos convocar o Ministro e o Presidente do BC [Roberto Campos Neto] para se explicarem ao Senado, além de apresentar notícia-crime ao STF!", emendou.

O senador não foi o único político a repercutir o assunto. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também falou sobre a revelação no Twitter. Segundo o petista, manter contas em paraísos fiscais é antiético e pode causar improbidade.

"É antiético manter contas em paraísos fiscais para não pagar impostos. Se a conta é de uma autoridade econômica e foi declarada, pode ser legal, mas é grave. Se houve movimentação financeira é improbidade. Se usou informação privilegiada é crime! Se não apurar, é conivência!!", argumentou o Haddad.

Além deles, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que irá acionar o Ministério Público Federal contra Guedes e Campos Neto. "Eu e os demais líderes da oposição na Câmara vamos acionar o MPF para que Paulo Guedes e Roberto Campos Neto sejam investigados por manterem empresas num paraíso fiscal. A legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio", esclareceu.

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