Telegram ataca PL das Fake News em mensagem a usuários
O projeto, que tem como objetivo regulamentar as redes sociais para evitar desinformações e violências na internet, foi definido pela plataforma como uma lei que quer ''acabar com a liberdade de expressão''
O aplicativo de mensagens Telegram mandou, nesta terça-feira (9), mensagens contrárias ao Projeto de Lei 2630/2020 - o chamado PL das Fake News - para os seus usuários. O projeto, que tem como objetivo regulamentar as redes sociais para evitar desinformações e violências na internet, foi definido pela plataforma como uma lei que quer ''acabar com a liberdade de expressão''.
‘’O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia. Para os direitos humanos fundamentais, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil - leia aqui o porquê. Fale com seu deputado aqui ou nas redes sociais hoje mesmo - os brasileiros merecem uma internet livre e um futuro livre’’, escreveu a plataforma.
O texto do Projeto, conhecido como PL das Fake News, aguarda apreciação na Câmara dos Deputados, sem data definida, desde que o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação na última semana, após pedido do relator da proposta, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar das negociações do relator, de governistas e de Lira, o texto ainda enfrenta resistência entre as bancadas. O Telegram ainda disse que a democracia do país ''está sob ataque'', e que a PL concederá poderes de censura ao atual governo, mesmo discurso dos parlamentares contrários a gestão Lula. A plataforma informou que o Brasil já possui leis para lidar com as atividades criminosas que atacam o Estado Democrático de Direito.
''Isso apenas toca a superfície do motivo pelo qual esse novo projeto de lei é perigoso. É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito – mas isso não será possível sem a sua ajuda'', enviou aos seus usuários.