Naime é encontrado desmaiado na prisão

Jorge Eduardo Naime passou mal no quartel onde está detido na madrugada desta quinta, 13. Ele teve que ser levado às pressas para um hospital da rede pública

qui, 13/07/2023 - 20:47
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Jorge Eduardo Naime Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação que apura a conduta da Polícia Militar nos ataques de 8 de janeiro, o coronel da PM do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime passou mal no quartel onde está detido na madrugada desta quinta-feira, 13. Ele teve que ser levado às pressas para um hospital da rede pública.

Segundo relato de seu advogado Gustavo Mascarenhas, o coronel teria desmaiado. Um policial que cuida da custódia ouviu barulho na cela e correu para socorrer o coronel. Ainda de acordo com relato do advogado, o coronel Naime foi levado ao Hospital de Base, medicado e já retornou à prisão.

"O policial da custódia ouviu um barulho, o encontrou desacordado, provavelmente bateu a cabeça, por isso fez barulho e ele foi levado ao hospital imediatamente. Ainda estamos esperando o resultado dos exames, Provavelmente foi crise de hipoglicemia porque ele tinha já um quadro de pré-diabates", disse Mascarenhas.

No dia 26 de junho, Naime prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Na sessão ele contou que a PM foi impedida pelas Forças Armadas de desmobilizar os acampamentos golpistas montados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

"A gente foi impedido. Não conseguimos fazer nem mesmo o que estava previsto. A PM ficou num descrédito muito grande", afirmou, "Se eu falo para um general que eu tenho condições de fazer uma retirada é porque eu tenho", disse Naime. "A gente tinha limitada as nossas ações naquele território", prosseguiu. Ele alegou ainda que informações de inteligência não foram repassadas ao setor operação da PM e por isso não havia contingente suficiente para conter os invasores no 8 de janeiro.

"A Polícia Militar cumpriu com a sua missão, mas não tinha informação para colocar o efetivo necessário", prosseguiu ao rebater as alegações de parlamentares sobre possível omissão da PM.

Antes da sessão de depoimento, Naime apresentou um atestado médico para não prestar depoimento. O documento dizia que ele estava com quadro de depressão e transtorno de ansiedade. Após ser submetido à avaliação da junta médica do Senado, o policial recuou e decidiu depor.

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