Hackers do Anonymous teriam invadido sites dos EUA
O ataque teria sido uma retaliação às prisões de simpatizantes do grupo
O grupo conhecido como Anonymous divulgou neste sábado que invadiu 70 websites ligados ao sistema de justiça do centro e do sul dos EUA. O ataque foi uma retaliação às prisões de simpatizantes do grupo, que também disse ter roubado 10 gigabytes de dados, incluindo e-mails e detalhes sobre cartões de crédito.
"Estamos divulgando uma grande quantidade de informações confidenciais que certamente vão envergonhar, desacreditar e incriminar policiais dos EUA", afirmou o Anonymous em um comunicado, acrescentando esperar que o vazamento desses dados "demonstre a natureza inerentemente corrupta das autoridades usando as palavras delas próprias" e prejudique "a capacidade dessas autoridades para se comunicar e sabotar comunidades".
As alegações do Anonymous não puderam ser confirmadas imediatamente, mas uma visita aos websites que o grupo disse ter invadido - ligados aos xerifes de locais como Arkansas, Kansas, Louisiana, Missouri e Mississippi - mostraram que a maioria estava indisponível ou sem a maior parte do conteúdo.
O Anonymous também divulgou os números de cinco cartões de crédito que utilizou para fazer "doações involuntárias". Pelo menos quatro dos nomes e outros detalhes pessoais publicados pelo grupo na Internet pareciam genuínos, embora as pessoas contatadas não soubessem se suas informações financeiras foram comprometidas.
Muitas ligações para xerifes dos EUA não foram atendidas, mas pelo menos duas confirmaram o ataque. No Arkansas, o xerife do condado de Saint Francis, Bobby May, disse que seu departamento e muitos outros foram alvo da retaliação à prisão de hackers. "É um grupo internacional que está invadindo websites do país", disse May à Associated Press por telefone. Ele acrescentou que o FBI estava investigando os ataques.
No mês passado, o FBI e as autoridades da Grã-Bretanha e da Holanda prenderam 21 pessoas, muitas delas ligadas aos ataques do Anonymous a empresas como a PayPal, que se recusou a processar doações para o WikiLeaks. As informações são da Associated Press.