Smartphones são para todos

A febre desses aparelhos tomou conta de pessoas de diferentes gerações

dom, 01/04/2012 - 11:13 Atualizado em: ter, 03/04/2012 - 11:14
André Nogueira/LeiaJá Imagens Yasmin Maia, de 8 anos, almeja ganhar um iPhone de sua mãe André Nogueira/LeiaJá Imagens

Aqueles aparelhinhos celulares mais robustos que se caracterizam por permitir conectividade 3G (e muitas vezes Wi-Fi), que dão acessibilidade às redes sociais, permitem o uso de jogos mais modernos e com diferentes perfis, além de servirem como modem para computadores e que costumam quebrar o galho quando não sabemos a direção dos lugares - a opção do GPS - são os smarthphones. Além dessas características, eles possuem qualidades e possibilidades muitas vezes inimagináveis por que já tem um no bolso. De fato: eles vieram pra ficar e costumam ser um ótimo instrumento para tornar sua vida mais fácil.



Com a evolução tecnológica, se percebe que já está no fim a "era das pessoas desconectadas" (já que não é possível ser uma ilha e se isolar, a tendência é entrar na onda). Como é o caso de seu Osvaldo Ferreira (foto), que tem 57 anos e possui um smartphone LG 500 para, além de fazer ligações, utilizar os artifícios dos aplicativos em prol do seu trabalho. “Sou desenhista em artes gráficas e baixei para o meu telefone uma calculadora financeira e uma científica para facilitar o meu trabalho. Também costumo acessar a biblioteca virtual da universidade (Federal de Pernambuco - UFPE) para pesquisar alguns livros”, disse ele.

Além de ser bastante útil para o trabalho, no momento de lazer e estresse, ele pode servir como uma carta coringa. “Eu baixo muitos jogos, pois meus filhos gostam, mas também uso muito o GPS para me localizar quando não sei o caminho para chegar em algum endereço e também para saber como está o trânsito e buscar outros caminhos”, acrescenta. Para Osvaldo, as pessoas precisam acompanhar cada vez mais a tecnologia - ele mesmo, utiliza o aparelho multifuncional há seis meses.

Há mais de um ano, o designer Manassés Alves, 37, adquiriu um Nokia N8 e está bastante satisfeito. Ele explicou que baixa diversos aplicativos e utiliza bastante cada um, para sua comodidade, como é o exemplo do controle remoto que instalou. Segundo ele, a ótima qualidade da câmera do aparelho fez com que ele deixasse de adquirir uma câmera fotográfica e concentrasse tudo em um só aparelho. Além de registrar os momentos de uma viagem que realizou ao Rio de Janeiro, o GPS lhe foi bem útil também. “Utilizei muito o GPS no Rio, porque não conhecia nada por lá”, explica. Ele também conta que para a sua profissão é uma ótima ajuda. “Várias vezes estava na rua e precisava mandar um portfólio para algum cliente, então enviava pelo celular”, conta o designer. “Já fiz 'greve' dele e consegui aguentar bem. Não sou dependente, ele é apenas um facilitador”, acrescenta o designer, mostrando que, apesar de muitas vantagens, não pode se pode deixar criar dependência.

A conectividade, praticidade e boa usabilidade dos smartphones são elementos que contagiam pessoas de diversas idades, incluindo até crianças que, ao verem os pais fazendo uso desses aparelhos, se espelham e passam a aprender e utilizar sozinhas. “Eu pego o celular da minha mãe para jogar, baixo os jogos que tem dizendo que é free, os pagos não, e olho coisas na internet, até vejo o facebook dela”, confidencia Yasmin Maia, de apenas 8 anos e que já sabe os limites do que pode ser feito com esses aparelhos. Segundo ela, muita gente em sua escola tem aparelhos desse tipo. Ao ser questionada sobre qual celular gostaria de ganhar da sua mãe, imediatamente ela aponta para um iPhone. “Pra quê eu vou querer um celular que não faz nada?”, responde Yasmin, mostrando que apesar da pouca idade, já sabe o que quer.

Outro lado - Ao mesmo tempo em que vemos pessoas de diferentes idades buscando cair de cabeça na tecnologia, ainda há aquelas que não utilizam os artifícios que esses aparelhos podem proporcionar, só o básico que oferecem. É o caso do técnico em segurança do trabalho, Carlos Daniel, 33, que possui um smartphone e só o utiliza para realizar chamadas e enviar SMS. “Não utilizo pela lentidão da internet, o tamanho da tela do celular e porque não sei e nem tive curiosidade de utilizar as funções e aplicativos”, conta Carlos. Apesar de tanta resistência, ele já percebe que é necessário se atualizar. “Irei comprar um Samsung Galaxy S para utilizar melhor as funções disponíveis nos smartphones”, acrescenta.

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