Bancos investem em TI e ampliam inclusão na era digital

computerworldpor Nowdigital qua, 20/06/2012 - 13:40

Nos últimos três anos, o investimento em tecnologia da informação por parte dos bancos cresceu 27%, somando em 2011 R$ 18 bilhões. Pioneiras no uso de TI, agora as instituições financeiras estão de olho na ampliação da capacidade de inclusão de clientes na era digital, fazendo com que os meios eletrônicos prevaleçam no topo da preferência de acesso. 

Cada vez mais as pessoas vão poder fazer transações, que irão além do simples ato de checar o saldo, pela TV, smartphones e redes sociais. “Caberá ao banco ajudar na execução dessas tarefas de forma eficiente, simples e segura”, afirma Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O internet banking já é o meio preferido dos consumidores, lembra Luis Antonio Rodrigues, presidente do Ciab Febraban. Seguindo os passos desse canal, o m-banking cresceu e conquistou 3,3 milhões de pessoas em 2011, impulsionado pela venda de smartphones no País. “O mobile banking tem potencial para ocupar espaço relevante no mercado, mas depende de tipos de aplicações e características do dispositivo móvel. Maior convergência tecnológica pode acelerar o modelo”, avalia.

Durante a abertura do Ciab 2012, maior feira para bancos realizada de 20 a 22 de junho, em São Paulo, Portugal lembrou que os investimentos feitos em TI permitiram crescimento na base de clientes, que hoje soma 98 milhões de contas ativas e 54 milhões de pessoas bancarizadas. “A qualidade tecnológica que os bancos acumularam, ao lado da solidez patrimonial e nível ético mantido com clientes, são ativos importantes para a trajetória bem-sucedida do setor”, opina. “O papel que os bancos desempenham tem sido objeto de grandes mudanças motivadas pelo desejo de expandir acesso aos bancos e ao crédito”, completa.

Apesar desse quadro, ele assinalou que o avanço de novos canais vem acompanhado de desafios na TI. “É preciso desenvolver e desenhar sistemas cada vez mais ágeis, reduzindo custos, melhorando eficiência e produtividade, ajudando na inclusão bancária”, opina. Segundo ele, o Brasil, com suas potencialidade e vantagens competitivas naturais, pode criar condições para que tenha sucesso na preparação de um novo cenário bancário.

Outro gargalo indicado por Julio Semenghini, secretário de Planejamento do governo do Estado de São Paulo, para o avanço de canais de acesso ao banco, são as redes de telecom. “Ainda temos muitas limitações de acessos à banda larga. O governo tem avançado no acesso à inclusão digital e temos em 520 cidades pelo menos com uma rede de computador, são quase 10 mil PCs”, contabiliza.

Para Semenghini, a infraestrutura de acesso à banda larga deve avançar e ele indica que o governo está discutindo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras formas para avançar mais rapidamente do que as metas do leilão 4G e tentar ampliar o alcance para que mais pessoas entrem na nova rede bancária, especialmente a população rural, que tem de se deslocar até o centro da cidade para que possa efetuar transações. 

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