Bancos perdem R$ 1,4 bi em 2012 com fraudes eletrônicas
Em 2011 as fraudes eletrônicas causaram prejuízo de 1,5 bilhão de reais
O comportamento do cliente é o principal fator de ocorrências de fraudes eletrônicas bancárias, principalmente nas transações por cartões e pela internet, informa Marcelo Camara, diretor da Comissão de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Sem dúvida, é o comportamento do cliente o fator principal [que possibilita as fraudes]. Os computadores têm a possibilidade de estarem seguros, de terem programas seguros e, ainda assim, dependerem de uma atualização e configuração adequada, e quem faz isso é o dono do computador. O bandido aborda o elo mais fraco”.
As fraudes eletrônicas deverão causar prejuízo de aproximadamente 1,4 bilhão de reais aos bancos brasileiros este ano, segundo a Febraban. Em 2011, apesar de terem sido responsáveis apenas por 0,006% do total de transações, as fraudes eletrônicas – que ocorrem geralmente pela internet ou na falsificação do cartão bancário – causaram prejuízo de 1,5 bilhão de reais.
De acordo com a Febraban, 24% de todas as transações bancárias são feitas atualmente pela internet, o que demanda um investimento anual, pelos bancos, de 9,2 bilhões no combate aos crimes virtuais.
Entretanto, o alto investimento em tecnologia não consegue fechar todas as portas aos criminosos. A entidade indica o comportamento dos clientes como a maior fragilidade do sistema.
Entre os comportamentos dos clientes que podem colocar em risco a segurança de uma transação bancária está o de não manter o sistema operacional do computador, o navegador e o antivírus atualizados, além de abrir com frequência e executar arquivos de remetentes duvidosos.
Medidas de segurança
A Febraban recomenda que o usuário sempre fique atente ao fluxo de navegação dos sites bancários. Que repare, em sua disposição visual, a sequência em que as senhas são exigidas.
Qualquer alteração visual ou aumento da quantidade de perguntas sobre dados pessoais, o cliente deve entrar em contato com o banco. É recomendado também a alteração, sempre que possível, das senhas cadastradas.
A entidade destaca que os golpes típicos do final de ano são feitos por meio de e-mails de remetentes duvidosos, com algum assunto curioso, que vai exigir o clique em uma figura ou link, para assistir um vídeo, ver uma foto ou para acessar outro site.
Ao clicar no link malicioso, é instalado um programa espião no computador, que irá identificar a senha do usuário no próximo acesso ao site do banco. “O brasileiro é muito curioso, é colocar 'veja a sucuri engolindo o garoto' que as pessoas clicam”, disse Camara.
Os programas maliciosos podem ainda fazer com que o navegador da vítima a levem para um site falso na hora de entrar na página do banco. “Normalmente a página falsa pede informações que no site do banco não são exigidas. Vai pedir muitos dados, além do que você normalmente está habituado a fazer”, alerta.
*Com informações da Agência Brasil