RoboCup: resgate coloca robôs em ambientes catastróficos

Em arena com tijolos, paredes e até um carro, robôs simulam o resgate de vítimas de catástrofes

por Guilherme Jacobs ter, 22/07/2014 - 17:47

JOÃO PESSOA (PB) - Uma das competições realizadas nesta terça-feira (22) na RoboCup 2014 é a de Resgate, dividida nas modalidades Junior e Major. Na Junior, os robôs têm que completar um percurso de obstáculos e resgatar uma vítima em uma mesa. Já na Major, eles precisam realizar as mesmas atividades, mas em um ambiente que simula uma catástrofe em tamanho real.

Os robôs são grandes, muitas vezes necessitam mais de um membro da equipe competidora para serem carregados, e tem um visual militar, com esteiras e braços mecânicos. Em sua missão, eles enfrentam um percurso com portas, tijolos e até um carro. “Os robôs marcam pontos tentando resgatar vítimas, representadas por cestas com bonequinhas dentro e com um rádio emitindo um som. Os robôs têm que encontrar essas vítimas, que estão espalhadas pela arena, e fazer a identificação correta delas”, explica o voluntário da RoboCup responsável pela área de resgate, Igor Malheiros.

Outra diferença da Major para a modalidade Junior é a adição de um segundo robô na arena. “Existem dois tipos de robôs que competem ao mesmo tempo, um controlado remotamente, e um que é autônomo, usando uma inteligência artificial própria para se guiar”, conta o voluntário, que os compara com máquinas como o Curiosity, robô que foi até Marte. “Eles podem ser comparados com os que a Nasa manda para outros planetas porque eles andam em terrenos bem irregulares. Então, eles tem que ter um design característico para esse tipo de coisa”.

Durante as partidas, um dos competidores pega um microfone e explica para o público, com a ajuda de um tradutor para português, como o Igor, sobre sua estratégia, seu robô e as dificuldades da missão. O resgate é uma das competições mais assistidas na RoboCup, atraindo crianças e adultos que querem conferir os robôs.

Na Junior, a equipe Positronics representa o Brasil no resgate, já na Major não há nenhum time brasileiro. Neste ano, três equipes do Irã estão competindo na categoria, mas as que chegaram mais longe foram a da Tailândia e a da Alemanha. 

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