Brasil ocupa último lugar no ranking de pirataria

Empresas brasileiras ainda usam software ilegal em quase metade dos casos e pesquisa aponta saídas para o problema

LeiaJa/ Wagner Silvapor Wagner Silva qua, 24/08/2016 - 16:09

A prática de usar software não licenciado (através dos famosos cracks e hacks que renovam ou alteram automaticamente os números de licença e ativam o produto) é um fator que coloca em risco as informações das empresas em todo o mundo. Segundo a pesquisa global sobre software feita pela BSA – The Software Alliance entre 2013 e 2015 o Brasil caiu 3 pontos na lista dos países que se utilizam das cópias ilegais em empresas, ocupando assim a última colocação entre os países da América Latina. Apesar da queda em relação à pesquisa anterior, os dados preocupam: 47% das empresas utilizam software pirata no ambiente de trabalho e 51% dos trabalhadores das empresas que participaram desse estudo disseram não saber se a empresa adota uma política relacionada ao uso de programas de computador.

A vulnerabilidade dos sistemas das empresas cresce de forma expressiva quando são utilizados esses recursos em ambiente cooperativo. Os ataques e sequestros de dados e informações sigilosas das empresas provoca um rombo anual de cerca de US$ 400 bilhões, que são gastos para reparar os danos e reestabelecer a segurança do ambiente virtual invadido. A pirataria é crime, porém poucos países têm legislação específica que pune esse tipo de infração. Conforme dados da pesquisa, os setores bancários, de seguros e de valores são os maiores ofensores, com uma taxa de pirataria de 25%.

Entre as empresas que mais sofrem prejuízo direto e imediato com as fraudes, os fabricantes e desenvolvedores de softwares, a Microsoft, responsável pelo sistema operacional Windows, e a Autodesk, responsável pela plataforma de design 3D AutoCad e outros produtos na mesma linha, são os maiores prejudicados: 70% dos usuários assumem usar os produtos dessas empresas sem o devido licenciamento. Como os governos são os maiores consumidores de softwares no mundo, no final de seu relatório a BSA recomenda a modernização das leis, incentivos fiscais para distribuição de software legal e o aumento da conscientização da população para frear a pirataria.

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