A Uber encerrará sua operação na Dinamarca no próximo mês, após a introdução de novas leis de táxi, disse a empresa, marcando o mais recente retrocesso europeu para o serviço de transporte alternativo americano. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Um porta-voz da companhia, Kristian Agerbo, disse que o Uber deve enfrentar as consequências das novas regras, que, entre outras coisas, exigirão que os táxis sejam equipados com sensores de ocupação de assentos e contadores de tarifas.

A empresa, que diz ter 2 mil motoristas e 300 mil pessoas usando seu aplicativo na Dinamarca, afirmou que não seria capaz de operar naquele país, a menos que os regulamentos fossem alterados. Tal como aconteceu em outras cidades do mundo todo, sindicatos de motoristas de táxi e políticos alegaram que o Uber não cumpre as normas legais estabelecidas nas leis de transporte e que seu serviço representa uma concorrência desleal.

Desde que chegou à Europa em 2011, a empresa enfrentou inúmeros desafios. Seus motoristas foram atacados fisicamente em Paris, onde dois de seus mais altos executivos também foram julgados por conduzir um serviço de transporte ilegal.

Os tribunais da França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica e Holanda proibiram o serviço de baixo custo UberPop, que utilizava motoristas não profissionais, enquanto um tribunal do trabalho em Londres determinou que os condutores parceiros devem ser classificados como trabalhadores com acesso ao salário mínimo, auxílio doença e férias pagas.

O Uber também foi atingido por problemas recentes nos EUA após as alegações de assédio sexual. Além disso, foi revelado que a empresa usou um programa secreto para fugir da aplicação da lei. O presidente de Uber, Jeff Jones, renunciou na semana passada, dizendo que trabalhar na companhia era incompatível com seus valores.

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