Apps de transporte para mulheres surgem como alternativa eficiente Reprodução

Seja no transporte público ou privado, os casos de assédio contra mulheres são inúmeros e crescem diariamente. Muitas vezes, sem muita chance de defesa, a mulher acumula histórias de medo, abuso sexual e falta de liberdade na locomoção pelas cidades.

Na perspectiva de proporcionar maior segurança às passageiras, aplicativos de transporte investem em serviços exclusivos para elas. No Recife, o app Mary Drive começou a operar neste mês e já conta com mais de 1400 motoristas cadastradas.

A iniciativa surgiu com a ideia de dois dos sócios, Leôncio Manso e Felipe Martins, que utilizavam outro aplicativo e perceberam a demanda de um serviço específico para as mulheres, com foco em questões como maior segurança nas viagens, parcerias exclusivas para o público feminino, entre outras novidades. Há menos de um mês operando, já são mais de 3 mil passageiras cadastradas no aplicativo, que funciona como outros apps e tem preço semelhante.

De acordo com o sócio e diretor de Marketing, Rhuan Torres, o MaryDrive é exclusivo para mulheres em todos os sentidos, com a única exceção de crianças até 12 anos. Namorados, maridos, companheiros ou amigos não podem seguir viagem pelo aplicativo, caso estejam acompanhados da mulher. “A gente orienta para que as motoristas sigam a regra para tornar a viagem segura para todos. Mas, não podemos garantir e nem fiscalizar que todas vão levar exclusivamente mulheres”, disse.

Para realizar o cadastro, basta acessar o Play Store e baixar os aplicativos Mary Drive Motorista ou Mary Drive Passageira e realizar o passo-a-passo. A versão IOS do aplicativo estará disponível até o final do mês de janeiro.

“Nossa proposta é oferecer um serviço exclusivo e pensado diariamente nas mulheres, tanto passageiras como motoristas. Viagens mais agradáveis, com menos riscos para os dois lados; presença de parceiros que ofertem serviços diferenciados ou benefícios para nossas clientes, entre outras novidades. Estamos ouvindo muito o público-alvo, debate e discutindo qual as necessidades delas'', informou Rhuan Torres.