Pesquisadores criam HD com capacidade mil vezes maior

Novas memórias conseguem a capacidade máxima de 138 terabytes em um quadrado de uma polegada

por Nathália Guimarães seg, 30/07/2018 - 11:45
Reprodução Os pesquisadores advertem, porém, que levará ao menos uma década antes que o processo esteja pronto para o mercado comercial Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, dominaram a arte de escrever memória de computador no nível atômico, uma nova tecnologia que excede as capacidades dos atuais discos rígidos em mil vezes.

"Essencialmente, você pode pegar todas as 45 milhões de músicas no iTunes e armazená-las na superfície de uma moeda de 25 centavos de dólar", disse o pesquisador e principal autor do novo estudo, Roshan Achal.

"Cinco anos atrás, isso não era algo que pensávamos ser possível", informou. A tecnologia funciona em nível atômico e permite escrever e reescrever dados de computador usando átomos de hidrogênio.

O design é perfeito para lidar com a grande quantidade de informações em uma sociedade baseada em dados, disse Achal. Outras tecnologias semelhantes foram desenvolvidas antes, mas só funcionam em condições criogênicas muito frias.

Esses chips de memória, no entanto, são mais estáveis ​​e podem resistir a temperaturas mais altas. Para criá-los, os pesquisadores inserem uma pequena bolacha de silício no que é chamado de microscópio de tunelamento, e cobrem o material com átomos de hidrogênio.

Ao remover cada átomo da superfície com uma ferramenta semelhante a uma pinça, eles codificam o silício com código binário de dados, uma linguagem de uns e zeros usados ​​por computadores.

Uma única bolacha de silício poderia armazenar todas as informações publicadas em sites como a Wikipedia, informaram os pesquisadores. Eles estão construindo estruturas atômicas com precisão de 100% e memórias com uma densidade de 138 terabytes por polegada quadrada.

Os pesquisadores advertem, porém, que levará ao menos uma década antes que o processo esteja pronto para o mercado comercial. Quando chegar a hora, o novo tipo de memória pode ajudar a arquivar grandes quantidades de dados da internet.

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