Resenha: ‘SNK vs. Capcom: The Match of the Millennium’
Embora não ofereça experiência competitiva, título disponível no Nintendo Switch acerta ao entregar diversão casual
O console Nintendo Switch recebeu na última semana game de luta "SNK vs. Capcom: The Match of the Millennium", lançado em 1999 para o console portátil Neo Geo Pocket Color (NGPC), fruto de uma parceria entre as publicadoras japonesas SNK e Capcom. O jogo está disponível na eShop americana por US$ 7,99, e no Brasil pode ser adquirido por meio dos cartões pré-pagos da Nintendo, por cerca de R$ 55.
O título reúne lutadores das franquias "Street Fighter" e "Darkstalkers", da Capcom, e "The King of Fighters" e "Samurai Shodown", da SNK. Por ser um jogo do NGPC, existe uma simplificação na jogabilidade quando comparada a outros jogos de luta, pois apresenta apenas um comando para soco e outro para chute, que eram distribuídos nos únicos dois botões de ataque do console original.
A simplicidade de “SNK vs. Capcom: The Match of the Millennium” não entrega ao jogador uma experiência competitiva, mas agrada aquele que busca diversão casual. Embora tenha poucas variações nos golpes físicos, o game permite diferentes combinações. Técnicas clássicas, como a tradicional magia hadouken, do personagem Ryu, executado por meio do comando meia lua mais soco, marcam presença no título.
Existem três modos principais de jogo. O Single permite ao jogador escolher um lutador e encarar sequências de lutas de um contra um e, ao final, enfrentar em um round a dupla M. Bison e Geese Howard, vilões da Capcom e SNK, respectivamente. A modalidade Tag possibilita lutas em dupla, e o modo Team as lutas de três contra três. O título possui alguns minigames, que premiam os jogadores com pontos, e possibilita habilitar novos personagens, um fator comum em jogos antigos.
O visual do game apresenta os personagens em modelos de miniaturas. Na versão do Nintendo Switch, o layout do NGPC, junto aos botões de power, opções, d-pad, e teclas de ataque, ficam visíveis no monitor, tanto para aqueles que optarem por jogar na TV ou no modo portátil. Existem várias opções de template, que são referências a modelos do NGPC, com alterações nas cores do aparelho, e podem ser mudados a qualquer momento no jogo ao pressionar o botão " – " do controle.
O port também acrescenta algumas ferramentas novas, como a possibilidade de ajustar o brilho da imagem, aproximar ou afastar o zoom do game, e um recurso de trapaça, que possibilita retroceder dez segundos na disputa, essencial para aqueles que desejam estudar erros cometidos, treinar execução de técnicas ou apenas buscam por um modo fácil de finalizar o game.
Por se tratar de um relançamento, alguns recursos de "SNK vs. Capcom: The Match of the Millennium" poderiam ter sido adicionadas ao game, como uma biblioteca de Artes Conceituais, com a sinopse de cada personagem, curiosidades do desenvolvimento do título e entrevistas com desenvolvedores. Embora sejam detalhes que não influenciam o gameplay, esses brindes valorizam o produto e são bem aceitos pelos fãs que optam por comprar um port de um jogo clássico, semelhante ao que a Capcom faz nos relançamentos dos jogos de "Mega Man".
No geral, o título pode ser uma novidade para novos jogadores, uma vez que o NGPC não foi um console popular no Brasil, e diversos títulos presentes no aparelho eram de difícil acesso para os jogadores dos anos 1990. Jogar "SNK vs. CAPCOM: The Match of the Millennium" no modo portátil do Switch é a experiência mais próxima do original. As ferramentas de ajuste de imagem e os layouts do portátil da SNK ajudam a tornar o jogo na TV uma opção confortável, mesmo em telas de Full HD.