App do FBI ajuda a prender centenas de criminosos no mundo

Segundo informações, mais de 800 foram presos em 17 países

ter, 08/06/2021 - 12:34
Pixabay Pessoa algemada utiliza teclado de computador Pixabay

Ao menos 800 criminosos foram presos nesta terça-feira (8) em diversos países do mundo após uma ação organizada pelo FBI, dos Estados Unidos, e polícias de 17 nações. Para prender o grupo, os suspeitos foram induzidos a baixar um aplicativo, chamado de Anom, onde trocavam conversas sobre diversos delitos.

A operação foi realizada nos EUA, Europa, Austrália e Nova Zelândia por um ano e meio e ainda ajudou a apreender 32 toneladas de drogas (oito de cocaína, 22 de maconha e 2 de meta-anfetaminas), cerca de 250 armas e quase US$ 50 milhões.

A polícia da Nova Zelândia descreveu a operação "como a mais sofisticada no mundo contra a criminalidade organizada já conduzida pela polícia". Chamada de "Trojan Shield", a operação com o aplicativo instalado nos celulares registrou mais de 27 milhões de mensagens de, ao menos, 300 grupos criminosos. As principais conversas falavam de tráfico de drogas e de planos de assassinatos contra organizações rivais.

"O aplicativo acabou circulando e a sua popularidade cresceu entre os criminosos, que tinham confiança na legitimidade do app porque as principais figuras da criminalidade organizada lhe davam integridade", adicionou a polícia neozelandesa.

Já o chefe da Polícia da Austrália, Reece Kershaw, afirmou que os líderes viraram "influenciadores do crime" e acabaram "colocando a polícia federal australiana no pé de centenas de suspeitos de transgressões".

"Fundamentalmente, eles acabaram abraçando uns aos outros e confiando no Anom, comunicando abertamente entre si mesmos, não sabendo que nós estávamos escutando tudo ao mesmo tempo", acrescentou Kershaw.

Já a Europol, a polícia da União Europeia, classificou os resultados da operação como "extraordinários".

Segundo o FBI, a ideia de criar um aplicativo para os criminosos surgiu no fim de 2018, após dois apps usados por eles, que eram criptografados, terem sido desativados. Com isso, a Inteligência norte-americana conseguiu fazer com que os suspeitos usassem o Anom para substituí-los. 

Da Ansa

COMENTÁRIOS dos leitores